31 agosto, 2006

Cada vez mais perto do Real Madrid...

Beto reforça Recreativo de Huelva

O central português Beto é o mais recente reforço do Recreativo de Huelva, informou esta tarde o clube espanhol. Depois de uma temporada ao serviço dos franceses do Bordéus, onde chegou após muitos anos de leão ao peito, representando o Sporting, o jogador de 30 anos junta-se a Pablo Amo (Deportivo) e Javi Guerrero (Celta de Vigo), como reforços de última hora do emblema de Huelva. Recorde-se que o Recreativo começou a edição 2006/07 da Liga espanhola com um empate (1-1) frente ao Maiorca.

in Record Online

The Fan Match

O combate que se segue é considerado por muitos como o mais bizarro da história do boxe.
Foi em 1993, que o campeão Ruddick Bowe e o antigo detentor do ceptro, Evander Holyfield, se defrontaram num evento cheio de militarismo e alguma pós-modernidade.
No 7º assalto, Holyfield massacrava Bowe junto às cordas, quando subitamente o público se levanta, começando alguns a gritar e a protegerem-se. Holyfield "cessou o fogo", mandando o adversário olhar para o céu.O que eles viram foi um homem de parapente que viria a aterrar no ringue junto ao canto de Bowe. Alguns membros do "staff" do campeão apressaram-se a espancar o pobre coitado. 20 minutos mais tarde, após a calma ser restabelecida, Holyfield viria a reconquistar o título por decisão unânime. O homem do parapente viria a ficar conhecido como "The Fan Man", enquanto o combate ficou para a história como "The Fan Match".Foi a única derrota de Bowe como profissional.

30 agosto, 2006

Goleadores no principado

Esta é uma posta que já estava para escrever há um tempo, mas só agora consegui encontrar a informação que pretendia. O AS Monaco é um dos clubes que mais me fascina. É um dos grandes do futebol francês e um clube respeitado na Europa. Venceu o campeonato francês em sete ocasiões (1961, 1963, 1978, 1982, 1988, 1997 e 2000), a Taça de França em cinco (1960, 1963, 1980, 1985 e 1991) e a Taça da Liga numa (2003). Foi ainda finalista vencido da Taça das Taças (1992) e da Liga dos Campeões (2004). Um currículo interessante, sem dúvida.

Há duas coisas que me fascinam neste clube. Em primeiro lugar, o facto de, ao contrário do que normalmente acontece com os clubes grandes, este praticamente não ter apoio popular. O Estádio Louis II, um dos meus preferidos arquitectonicamente, não leva mais de 18.523 espectadores e mesmo assim só enche nos jogos grandes da Liga dos Campeões e nos derbies contra o Marselha (sobretudo graças aos adeptos marselheses). Mesmo assim, o clube tem-se mantido no topo, completando este ano 30 anos consecutivos na I Divisão. Melhor só o Nantes e o PSG.

Outro aspecto extraordinário é a capacidade incrível que o clube tem de adquirir grandes pontas-de-lança. Já tinha reparado no assunto há algum tempo e agora resolvi pesquisar. Aqui vai a lista de goleadores de renome internacional que passaram pelo Monaco, só desde 1990:

- Ramon Diaz, Argentina (90 - 91)
- Georges Weah, Libéria (90 - 92)
- Jürgen Klinsmann, Alemanha (92 - 94)
- Victor Ikpeba, Nigéria (93 - 99)
- Sonny Anderson, Brasil (94 - 97)
- Thierry Henry, França (94 - 99)
- David Trezeguet, França (95 - 00)
- Marco Simone, Itália (99 - 03)
- Dado Prso, Croácia (99 - 04)
- Shabani Nonda, R. D. Congo (00 - 05)
- Florin Raducioiu, Roménia (00 - 02)
- Oliver Bierhoff, Alemanha (01 - 02)
- Emmanuel Adebayor, Togo (03 - 06)
- Fernando Morientes, Espanha (03 - 04)
- Javier Saviola, Argentina (04 - 05)
- Javier Chevanton, Uruguai (04 - 06)
- Mohamed Kallon, Serra Leoa (04 - 07)
- Marco di Vaio, Itália (05 - 07)
- Christian Vieri, Itália (05 - 06)
- Jan Koller, República Checa (06 - 07)

É uma lista impressionante! É verdade que alguns destes jogadores foram para o principado em final de carreira. Outros revelaram-se verdadeiros flops. Mas não deixa de ser invejável a atracção que o clube (e a cidade, quiçá) exercem sobre estes jogadores, sempre os mais requisitados, pela sua competência em meter o esférico na rede. E digo invejável porque é um pouco de inveja que sinto, quando vejo que o meu clube não consegue mais do que dar tiros no escuro, esperando que saia um novo levezinho na taluda.

28 agosto, 2006

Subsídios para o caso Mateus

Até agora mantive-me em blackout sobre o caso Mateus, aqui no Malta da Tropa. Aliás julgo que os meus companheiros também, mas não tenho a certeza e reconheço que neste momento me falta paciência para procurar nos nossos arquivos. Se estou errado peço desculpa. Resumindo já a questão, a minha opinião é a seguinte: a Liga Betadine (este ano resumida a Liga Bine) devia ser disputada por 15 clubes.

A maioria das opiniões afirmam que o Gil Vicente desrespeitou as regras do futebol profissional português, ao recorrer aos tribunais comuns neste caso. A lei diz que esse recurso é proibido quando se trata de questões técnico-desportivas. O Gil alega que a sua é uma questão laboral. Há quem diga que não, porque os galos podiam contratar o jogador, desde que não o colocassem a jogar. Ora bem, se não for para jogar, qual o interesse de um clube contratar um jogador? Que eu saiba no futebol ainda não há “jogadores de testes”, fazendo um paralelo com os pilotos de testes da Fórmula 1. Ou seja, o Mateus estava proibido de exercer a sua profissão, que é jogar à bola, e isso, no meu ponto de vista, é uma questão laboral. Mas admitindo que o Gil cometeu uma infracção, aceita-se a descida.

Quem deve beneficiar com isso? A meu ver, ninguém. O Belenenses desceu de divisão, o Leixões não conseguiu subir. Podem achar injusto terem descido quatro equipas ou terem subido apenas duas, mas a verdade é que as regras estavam definidas à partida. Se os dois clubes não alcançaram os seus objectivos foi por pura incompetência própria. Além disso, a lei não é clara. Ela diz que quando um clube não cumpre os requisitos para participar num determinado escalão, deve ser substituído pelo clube melhor classificado dos despromovidos. Não é este o caso, claramente. O Gil cumpre os requisitos para disputar a I Liga, se descer é por castigo disciplinar. Ora aqui a lei é omissa.

Recordando o que aconteceu na época passada na II Divisão, alguns clubes acabaram por não poder participar na prova, já depois de realizados os sorteios. E o que aconteceu? Foram repescados clubes que tinham descido de escalão ou que tinham falhado a subida por pouco? Não. Simplesmente prosseguiu-se a prova com o número de clubes aptos para tal. Nalgumas séries havia inclusivamente dois clubes a folgar por semana. Penso que seria este o melhor caminho a percorrer para esta edição da Liga. Serviria igualmente de exemplo para todos: para os clubes prevaricadores, para os que esperam por erros alheios para ganharem na secretaria o que não conseguiram no campo e para as entidades que gerem o futebol português, para fazerem leis e regras claras para todos, que permitam resolver estes casos em tempo aceitável.

Novo caso Bosman?

Mas há outra questão, se calhar ainda mais importante. Este caso pode transformar-se num novo caso Bosman. Como disse ontem Marcelo Rebelo de Sousa na RTP, a FIFA não é nenhum órgão de soberania, mas sim uma multinacional que gere o negócio do futebol a nível mundial. E tem-se habituado a viver num mundo à parte, com regras próprias e por ela definidas sem qualquer pudor.

A lei fundamental de Portugal e de todos os países civilizados prevê que os cidadãos, individuais ou colectivos, possam recorrer aos tribunais comuns quando se sintam lesados. As regras da FIFA vão contra este princípio. Se o Gil Vicente, ou outro clube qualquer, levar este caso aos tribunais europeus, tenho a certeza absoluta de que a FIFA vai voltar a sair com o rabinho entre as pernas, como aconteceu com o caso do até então obscuro Bosman. E como, mais cedo ou mais tarde, vai acontecer na questão das selecções nacionais, que usam e abusam dos jogadores quando e onde querem, ficando os clubes sempre a arder, quando investem milhões nos atletas.

25 agosto, 2006

Sorteio fabuloso!

Não podia ter sido mais fantástico o sorteio da Liga dos Campeões para o Sporting. Se formos consultar o histórico leonino nas provas europeias diremos que estamos condenados. Se calhar a fazer ainda pior do que na última participação, em 2000/01, onde terminámos com exuberantes dois pontos. Mas confesso que estou quase eufórico com o resultado das bolinhas. Se a coisa correr mal, podemos dizer que não é nada que outras equipas do Sporting já não tenham feito. Se correr bem, a moral e o prestígio leonino na Europa aumentam brutalmente. Vamos a isso!

O adversário mais forte é o Inter, de Milão. Nada que eu não tivesse previsto. Em 2000/01 também realizámos o nosso jogo de apresentação frente ao Real Madrid e o sorteio ditou que o gigante espanhol seria o nosso primeiro adversário na Champions. Infelizmente vencemos 2-1 no jogo a brincar e empatámos 2-2 no a sério. Desta vez empatámos 0-0 no a brincar, pode ser que no a sério vençamos. Facto comum a presença de Luís Figo em todas as ocasiões. Quem disse que a história não se repete?

A história diz que o Sporting defrontou duas vezes o Inter nas provas europeias: meias-finais da Taça UEFA em 1990/91 e pré-eliminatória da Champions em 2002/03. Curiosamente, com resultados exactamente iguais: empates a zero em Alvalade na primeira mão, derrotas por 0-2 em San Siro no jogo de retorno. Ou seja, nenhuma vitória e nenhum golo marcado. Para além disso, em 10 eliminatórias frente a equipas italianas o Sporting apurou-se três vezes (Atalanta, Fiorentina e Bolonha) e foi eliminado sete. Por aqui, estamos condenados.

Já o Bayern Munique é um adversário inédito na história do Sporting. Mas a Alemanha é a grande besta negra do clube de Alvalade nas provas europeias: em seis eliminatórias, num total de 12 jogos, o Sporting soma quatro empates e oito derrotas! Naturalmente, foi sempre eliminado. Kaiserslautern, Colónia e Bayer Leverkusen (duas vezes), bem como as então equipas da RDA Carl Zeiss Jena e Magdeburgo foram os carrascos leoninos. Tendo em conta que agora vamos defrontar o maior clube alemão, a história diz-nos que, mais uma vez, o futuro promete ser negro.


E que dizer do Spartak Moscovo? Os russos já foram nossos adversários em 2000/01. Resultados? 1-3 em Moscovo, 0-3 em Alvalade. Além desta, o Sporting só defrontou equipas do maior país do mundo em mais uma ocasião: a tenebrosa final da Taça UEFA de 2004/05, que perdemos por 1-3 frente ao CSKA. Ou seja, mais uma vez o passado condena-nos. Em resumo, grande e aliciante desafio tem o Sporting pela frente!

Porto e Benfica mais folgados

Confesso que não estou tão documentado em relação à história europeia dos meus rivais, mas sempre dá para avançar com umas ideias. O FC Porto vai defrontar Arsenal, CSKA Moscovo e Hamburgo. O Benfica medirá forças com Manchester United, Celtic e FC Copenhaga.

O Arsenal é vice-campeão europeu, logo, uma equipa de respeito. Mas se bem me lembro, o último contacto que os londrinos tiveram com o futebol português deram-se mal, quando foram eliminados pelo Benfica antes da fase de grupos da Champions, no início dos anos 90. O CSKA volta a Portugal dois anos depois. Mas se Benfica e Sporting não podem ouvir falar dos russos, o Porto não tem tantas razões de queixa. Os dragões empataram em casa 0-0 e venceram em Moscovo 1-0, seguindo em frente na Liga e relegando o CSKA para a UEFA, para mal dos nossos pecados. Quanto ao Hamburgo, recordo-me de ter eliminado o Porto numa prova europeia no início dos anos 90, ao vencer 1-0 na Alemanha e perder 1-2 nas Antas. Tudo visto e revisto, acredito que os portistas têm condições para seguir em frente. Mas, com a imprevisibilidade que o futebol apresenta, não me surpreenderia se terminassem em primeiro ou em quarto no grupo.

O Manchester United era um nome de pesadelo para o Benfica. Tudo mudou na época passada, quando os encarnados venceram na Luz por 2-1 e seguiram em frente na prova, deixando os red devils em último no grupo. Acredito que nenhum benfiquista se importa de repetir os resultados de há um ano. O Celtic é um adversário acessível, se o Benfica for rigoroso. Em Glasgow pode ser complicado, pelo entusiasmo da equipa e do público, mas nada de inultrapassável. Já o Copenhaga é a equipa mais fraca da Liga dos Campeões. Digam o que disserem, falem-me no Ajax (muito longe dos tempos áureos), mas os dinamarqueses só podem ficar em último no grupo. Tudo o resto será escândalo.

24 agosto, 2006

Boa, Engenheiro

Já dizia Sócrates, na Grécia antiga, "A verdadeira sabedoria está no reconhecer a própria ignorância"... E o engenheiro que lidera a "nau benfiquista" reconheceu o erro emendando-o a tempo.
Sempre defendi o chamado losango. Fiquei fã quando Mourinho escalava Costinha, Maniche, Pedro Mendes e Deco. Aquele meio campo era demolidar, chegando a ser penoso o sufoco que infligia ao adversário.
Fernando Santos tentou, mas ficou provado que Petit e Karagounis (ou Nuno Assis) não tinham capacidade para se desmarcarem sobre as alas, nem Rui Costa tem a disponibilidade física de Deco. Ficou provado que o Benfica não tem jogadores para este esquema táctico e ponto final. Contudo, as experiências fazem-se nesta fase da época. Para perder que se perca quando os jogos são a feijões.
Há um ano atrás, Koeman persistiu no erro táctico e o Benfica entrou no campeonato com 8 pontos de atraso. Foi fatal!
Do jogo frente aos austríacos não entrarei em euforias (o adversário era acessível), contudo sabe bem estar na Champions. Há muito tempo um clube português na passava a 3ª pré-eliminatória... e eu ainda me recordo de Bruxelas.
Com Simão Sabrosa no 11 a equipa só tende a melhorar, podendo claramente ombrear com 2 adversários de muita nomeada.
Em Alvalade respiram-se confiança, ambição e futebol de muita qualidade. Quanto ao Porto, é e será sempre (pelo menos num futuro a médio prazo) o principal candidato ao título.
Boa sorte, Sr. Engenheiro, não deixe a ordem (da qual me orgulho de fazer parte) ficar mal.

23 agosto, 2006

Quem sabe nunca esquece


E prontos, mais cedo ou mais tarde tinha de ser. Ao quarto jogo com a camisola do Standard de Liège, Ricardo Sá Pinto conseguiu a sua primeira expulsão. E, por acaso ou talvez não, foi logo no jogo mais importante da época até agora, aquele que podia dar ao clube belga o acesso à Liga dos Campeões, onde nunca esteve. À hora a que escrevo, ainda não consegui descobrir os motivos para a expulsão, apenas que se deveu a dois amarelos, aos 75 e aos 82 minutos. Na altura o Standard já perdia por 1-2, depois do 2-2 da primeira mão. Altura, portanto, em que todos eram poucos para tentar igualar a eliminatória. Mas, como tem sido uma constante na sua carreira, o velho Ricardo eximiu-se de responsabilidades da pior maneira. Li num site qualquer português que ele tinha feito a assistência para o golo dos belgas. Mentira. Já vi o vídeo e ele limitou-se a saltar sem nexo na área romena, o que iludiu o defesa da casa e permitiu a Jovanovic isolar-se e fazer o golo.

Quem também não esquece é Benni McCarthy, que à segunda jornada já se estreou a marcar pelo Blackburn. Não serviu para mais que um empate frente ao Everton, mas é um bom prenúncio para o que o amigo de Co Adriaanse pode fazer durante a temporada. Depois do que Diego e Hugo Almeida têm vindo a fazer na Alemanha, mais um ex-portista mostra que a gestão de recursos humanos no Dragão também tem alguns podres.

Já que falo de portugueses e ex-portistas no estrangeiro, uma palavrinha para Ricardo Carvalho. Há muito que defendo que o homem é demasiado sobrevalorizado pela Imprensa e adeptos tugas. Esta noite o Chelsea sofreu a segunda derrota em três jogos oficiais na temporada e Ricardo deu um bom contributo. Primeiro fez penalty sobre Yakubu, mas o árbitro foi amigo. Depois adormeceu e permitiu a Pogatetz empatar o jogo. A continuar assim, o Bolo de Arroz, como diria o meu amigo Gilberto, não vai demorar muito a calçar.

O rigor da Bíblia

Estava eu a folhear a edição de A Bolha de domingo passado quando me deparei com duas situações curiosas, ambas interligadas. O centro de estágio do Benfica, oficialmente designado por Caixa Futebol Campus, é sempre chamado na “Bíblia” de... Caixa Futebol Campus. O centro de estágio do Sporting, que esta época se passou a chamar Academia Sporting / Puma, é sempre apelidado de... Academia. E depois venham-me cá dizer que o Benfica é muito mais interessante para os investidores do que o Sporting!

22 agosto, 2006

Bem Feito, Mister


Cinco tiros, cinco melros. As novidades da renovada selecção nacional dão garantias. Hugo Almeida acabará por se afirmar como ponta-de-lança nº1 da selecção, mais jogo menos jogo, uma vez que o brasileiro continuará a usar Ronaldo nas alas. O "panzer" do Bremen parece querer crescer na Alemanha. E em 2 jogos já marcou tantos como Postiga na sua 1ª experiência além-fronteiras. Carlos Martins e Moutinho ainda não atingiram o patamar de Maniche, mas facilmente lá chegarão. Um mais fantasista, o outro mais pragmático, rigoroso e trabalhador. Complementam-se muito bem. Os benfiquistas há anos que reivindicavam Rocha na selecção... e com razão. Tanto ele como Tonel poderiam ser o central alternativo no novo grupo das quinas. A questão é que a sua aparição na lista está ligada à necessidade de encontrar um suplente para Paulo Ferreira. Ricardo Costa poderia ter saído para dar lugar a Rocha, apostando em Abel para rivalizar com o lateral do Chelsea. Mas Scolari tem uma relação especial com os seus e dificilmente poderá prescindir de uma aposta pessoal como foi o portista. Quanto a Quaresma, é o substituto natural de Figo. Continuará a figurar nas convocatórias, até porque Simão tem problemas de afirmação quando não está ao serviço do seu clube. O único jogo em que fez a diferença no Mundial, frente ao México, não chegou para me convencer.
Nota globalmente positiva para Scolari na primeira convocatória pós-Mundial. Algumas decisões são discutíveis, mas a verdade é que no tempo dos unanimismos não chegávamos a lado nenhum.

Arrepiante, a homenagem a Figo em Alvalade. Miserável e vergonhosa, a crónica do Sportugal ao jogo.

19 agosto, 2006

Quando é a boda?

18 agosto, 2006

Zé Mário contrata Bolo de Arrroz


"O Chelsea anunciou, esta sexta-feira, ter chegado a acordo com o Hamburgo para a contratação do defesa internacional holandês Khalid Boulahrouz."

Farto de prima-donas com tiques de estrela que fazem birrinhas pela titularidade ou para sair do plantel, o nosso Zé Mário começa a forma uma equipa com uma diferente mentalidade. Os talentosos e meio panhonhas jogadores do Chelsea deverão integrar no grupo verdadeiros homens de barba rija. Sedento de um Jorge Costa no eixo defensivo(essencial na conquista na Champions), Mourinho vê como essencial a contratação de um "varredor" na zona em que os avançados contrários costumam fazer das suas. Depois de ver Terry e Carvalho batidos por um lingrinhas como o Crouch, o setubalense perdeu a cabeça e talvez tenha exagerado na sua reacção, ao contratar o conhecido autor de uma tentativa de homicídio a Cristiano Ronaldo, Boulahrouz. Depois de tentar amputar uma perna ao madeirense e de ter encostado o braço ao Figo, o holandês mostrou-se emocionado. "A ser transferido sempre pensei que fosse para Custóias, nunca para o Chelsea", confessou o central a amigos próximos, antes de lhes aplicar uma dupla patada à lá Tarzan Taborda. "Rosé Maurinhou" não deve ficar por aqui: Charles Manson deverá ser anunciado, por Peter Kenyon, na próxima semana, de forma a colmatar o buraco na lateral-esquerda. Para prevenir a eventual reforma de Makelélé, deverá chegar a Stamford Bridge Jack o Estripador.

13 agosto, 2006

Do Tamisa ao Weser

Finalmente está a começar a época de futebol a sério. Depois de um Mundial que, como sempre, foi uma festa, mas que, na minha opinião, não representa o que é a essência do futebol, o início dos campeonatos nacionais e das competições europeias é um motivo de grande alegria para os verdadeiros fans do jogo. Durante o Mundial vi pessoas “doentes” com a selecção nacional, mas que não sabiam distinguir um livre directo de um livre indirecto. Como não acho piada nenhuma a estes patrioteirismos instantâneos, fico feliz por só haver Mundial de quatro em quatro anos.

Depois de a Liga francesa já ter começado na semana passada, este fim-de-semana teve início a Bundesliga, o meu campeonato fetiche, e disputou-se o Community Shield, a versão inglesa da Supertaça. Na primeira competição, merecem destaque o facto de o Lyon já ter perdido dois pontos, e em casa, e de Pauleta manter o mesmo ritmo do Mundial: ainda não marcou e o PSG ainda não ganhou.

Em Cardiff, como tem acontecido nos últimos anos, enquanto Wembley não fica pronto, disputou-se mais um capítulo da guerra entre Chelsea e Liverpool ou, se quisermos (como diria Joaquim Rita), entre Mourinho e Benitez. E tal como tinha acontecido no último encontro, então para as meias-finais da FA Cup, o espanhol levou a melhor, vencendo por 2-1. Mourinho já tinha avisado que o Liverpool se ia apresentar em melhor condição, por ter mais tempo de trabalho e mais jogos realizados. O Special One não mentiu, os reds foram claramente melhores.


Na equipa inicial Mourinho apresentou apenas dois reforços, e os mais sonantes, Ballack e Shevchenko, além do regressado Bridge. Também Benitez colocou dois novos em campo, os extremos Pennant e González. O Liverpool marcou dois golos, um a abrir e outro a fechar, que o Chelsea não costuma sofrer: no primeiro Riise correu uns 70 metros com a bola, sem ninguém o importunar, e rematou de longe, batendo um surpreendido Cudicini; no segundo foi Bellamy quem deixou Paulo Ferreira a dormir, tirou Ricardo Carvalho da frente como quem tira um bidão de gasolina e cruzou para Crouch cabecear facilmente, perante um Terry travestido de barata tonta. Pelo meio Shevchenko marcou o seu primeiro golo oficial, concluindo com classe um grande passe de Lampard.

Mourinho perdeu já um dos cinco troféus da época, sendo certo que é o menos importante deles. Tenho para mim que esta é uma época importantíssima para o treinador sadino. Se a vitória na Liga dos Campeões voltar a fugir, acredito que nem Abramovich nem os adeptos blues ficarão muito contentes. O Chelsea tem que fazer uma época melhor que as anteriores (Campeonato e Taça da Liga na primeira e Campeonato e Supertaça na segunda). Até porque os londrinos parecem ter regredido um pouco nestas duas épocas.

No campeonato, depois de uma época em que o Chelsea sofreu apenas uma derrota em terminou com 12 pontos de avanço, a temporada passada ficou um pouco abaixo. Os blues fizeram menos 4 pontos (91 contra 95), sofreram mais 4 derrotas (5 contra 1) e sofreram mais 7 golos (22 contra 15), tendo mantido o número de vitórias (29) e de golos marcados (72). A diferença para o segundo classificado foi também reduzida para 8 pontos. Na Liga dos Campeões, o Chelsea passou de eliminado nas meias-finais para derrotado nos oitavos-de-final. Para além disso, voltou a falhar na FA Cup, não chegando à final, e na Taça da Liga, onde defendia o título, também ficou cedo pelo caminho. Por isso, e tendo em conta que o Chelsea continua a não se poupar no reforço do plantel, penso que Mourinho está obrigado a dar um passo em frente nesta temporada, se quer manter o seu prestígio intacto. Isto é, vencer a Liga dos Campeões, para além do campeonato, naturalmente.

Eu sempre defendi que a escolha pelo Chelsea não foi a melhor para Mourinho provar que é o melhor do mundo. Recordo-me que o setubalense também foi falado para o Liverpool, antes deste optar por Benitez, e penso que aí sim, Mourinho poderia cobrir-se de glória. Pegar no maior clube inglês, que não vence o campeonato há quase 20 anos e levá-lo ao título seria um feito inesquecível. No Chelsea, por muito que trabalhe e por muito que ganhe, Mourinho ficará sempre ligado ao dinheiro de Roman Abramovich. E se não ganhar tudo aquilo a que é “obrigado”, ainda pior. Ou seja, penso que Mourinho, nesta altura, tem muito mais a perder que a ganhar no Chelsea.

“Porto” ganha em Hannover

Na primeira jornada da Bundesliga, algumas ideias fortes já transpareceram. O Bayern, mesmo sem Ballack e sem brilhar, continua a ser o maior favorito ao título. Por seu lado, os assumidos candidatos ao título Hamburgo e Schalke 04 entraram em prova logo a mostrar que se calhar ainda não são ameaça ao domínio bávaro. Ambos empataram em casa, e ambos a um golo, e ambos frente a candidatos à descida: Arminia Bielefeld e o meu Eintracht Frankfurt, que tem tudo para dar mais um passo no regresso ao estatuto de grande clube alemão. Para já, queremos fazer um campeonato tranquilo, depois das aflições da época passada. Acho que temos condições.

Quem demonstrou que vai ser o grande desafiador do Bayern foi o Werder Bremen. Uma semana depois de ter derrotado os bávaros por 2-0 na final da Taça da Liga, o Bremen iniciou a Bundesliga de forma concludente, ao vencer no terreno do rival Hannover 96 por 4-2. Os verdes inauguraram o marcador por Diego, um grande amigo de Co Adriaanse que tem a responsabilidade enorme de substituir o maestro (Rui Costa, perdoa-me) Micoud, que regressou ao Bordéus. O Hannover empatou e deu a volta na segunda parte. A 11 minutos do fim, um tal de Hugo Almeida, entrado três minutos antes, fez o 2-2. Co Adriaanse também deve ter ficado muito contente. Nos 10 minutos finais, o Bremen meteu mais duas batatas, a primeira das quais pelo inevitável Klose. Quem fez as assistências? Diego, pois claro. Se Benfica e Sporting têm muitas histórias de desperdício de capital humano para contar, o nosso Porto também vai contribuindo com umas larachas...

12 agosto, 2006

A Última Ceia

Uma pérola no Período.

10 agosto, 2006

Leão de Ouro


Admito que tive medo que o torneio do Guadiana não passasse de sol de pouca dura. A exibição na 2ª parte em Braga recuperou o cepticismo tipicamente português e ninguém esperaria que o detentor da Taça Uefa(ganhou por 4-0 ao Boro, resultado mais dilatado de sempre numa final da competição) levasse 4 na pá em 45 minutos, com jogadores da qualidade de Daniel Alves, Renato, Adriano, Navas, Chevantón e Kanouté em campo. Nem ninguém esperaria que uma equipa, seja ela qual for, vencesse tão facilmente duas equipas da Liga espanhola em dias seguidos, ainda por cima em condições algo adversas( o Huelva teve mais um dia de descanso). Bueno e Deivid desperdiçaram golos feitos e vão ter de melhorar muito, principalmente o brasileiro, visto que a situação de "Charlie Good" se compreende. Quanto à "cantera"...nem um apontamento negativo a referir.Depois das exibições de Miguel Veloso, Carlos Martins e Nani subscrevo as palavras de Paulo Bento: ele tem tudo o que podia querer. Não foi Mourinho que disse que um clube que forma a quantidade de atletas da qualidade dos que a Academia do Sporting apresenta devia andar a nadar em dinheiro? As estratégias aquando das vendas de Quaresma, Viana e Ronaldo não resultaram: os leões não ganharam nada com aquilo que entrou no cofre(em termos desportivos, compreenda-se). Se a situação se mantiver, o Sporting será, com uma gestão competente, o clube com maior poderio financeiro em Portugal dentro da próxima meia dúzia de anos. A não ser que se concretizasse a utopia de manter todos os craques das escolinhas. E aí seria um dos gigantes da Europa no plano desportivo.

P.S.: Chamo a atenção para a nossa nova secção da sidebar, a poll. O Jorge Kataklinsmann sugeriu a novidade e a 1ª questão. Eu cá tenho sempre que optar. Se não houver nenhum clube de verde com um leão ao peito patrocinado pelo BES nem o Chelsea ao barulho, sou sempre pelos pequeninos.
Ainda uma nota para o site da Marca e a notícia principal: " El "madrileño" Obikwelu se corona como "rey" de la velocidad europea". Isto porque o nosso Francisco treina em Madrid com um espanhol.Hijos de Puta, que eu saiba foi "A Portuguesa" que tocou duas vezes em Gotemburgo...

Twilight Zone


Depois de uma época de constantes pressões(e muitas delas ultrapassaram as barreiras do aceitável), mister Co sai da forma mais esquisita possível. Terá o experiente PC hipotecado toda uma preparação de nova época por causa de um hipotético ponta-de-lança que nunca mais chegava? Ou anda a perder qualidades e esqueceu Del Neri/Fernandez ou então algo muito mais grave se passou. Com um carácter disciplinador dentro do grupo de trabalho mas pacato fora dele, não se esperava um conflito entre o holandês e a direcção. Será que os Super Dragões vão ver normalizadas as suas relações com os quadros superiores do clube? Para bem do futebol, espero que não.

P.S.: Um treinador com mais de 20 anos de carreira não pode dizer que "o talento é limitado" ou que não conhece um jogador do clube,com 20 anos e formado na casa, quando já devia ter um profundo conhecimento acerca do funcionamento das camadas jovens...

08 agosto, 2006

O Maior

...que só num país como este é secundário nas manchetes dos jornais desportivos de amanhã.

04 agosto, 2006

Uma época de exigências

Depois de largas semanas sem contribuir para o blog, e depois de instigado pelo meu “patrão” Gilberto Mandamil, venho agora divulgar as minhas impressões para a nova época do Sporting. A meu ver, a temporada 2006/07 vai ser umas das mais importantes da história recente do leão. Em caso de falhanço total, o Sporting poderá cair na ameaça de novo jejum prolongado de títulos.

Vários factores concorrem para esta minha ideia:
- Depois de um final de século XX e um início de século XXI bem sucedidos, o Sporting já soma quatro anos sem quaisquer títulos oficiais conquistados.
- Depois da tripleta de 2001/02, o Sporting já viveu de tudo, sendo que o “tudo” acabou sempre mal. Em 2002/03, ainda com Bölöni no comando, a crise psicológica de Jardel e o castigo a João Pinto colocaram desde logo em causa a época leonina. Ambos os dois ainda voltaram a jogar nessa época, mas os leões falharam todos os objectivos, num final de época penoso. Valeu a descoberta de Cristiano Ronaldo. Na época seguinte, com Fernando Santos no comando, apenas o novo estádio parecia dar alma nova ao clube. Depois de duas eliminações ridículas na Taça UEFA e na de Portugal, o Sporting encarrilou no campeonato e chegou a parecer dar luta ao FC Porto para o título. Mas três derrotas nos últimos quatro jogos significaram a não presença na Liga dos Campeões, e lá o engenheiro teve de ir outra vez tentar a sorte na Grécia. Em 2004/05 o treinador também não entusiasmava, e a época voltou a terminar de forma horrível. Perder o título, o acesso à Liga dos Campeões e a final da Taça UEFA numa semana devia ser motivo de empalamento, mas, sabe-se lá porquê, José Peseiro teve direito a continuar a destruir a equipa. Dessa forma, 2005/06 era uma época da qual eu não esperava nada de bom. E os meus receios confirmaram-se, com as três derrotas sofridas em sete jornadas e as inenarráveis eliminações da Liga dos Campeões e da Taça UEFA, frente a equipas de vão de escada. Mesmo assim, ninguém foi capaz de atirar Peseiro do sétimo andar do Edifício Visconde de Alvalade e lá foi o campino/campónio a demitir-se, no único acto positivo que fez no Sporting. Com o inexperiente Paulo Bento no comando, as coisas mudaram, como mostrarei na próxima alínea.
- Paulo Bento chegou à equipa principal do Sporting depois de um magnífico trabalho nos juniores do clube. A conjuntura nos seniores não era a melhor, com uma equipa destruída moral e tacticamente e um balneário onde cada jogador mandava em si mesmo. Com alguns acidentes de percurso pelo caminho, tanto a nível de resultados, como de indisciplina, Paulo Bento lá foi melhorando a equipa, tornando-a quase imbatível. E foi isso que permitiu aos leões lutarem pelo título até quase ao fim e chegarem às meias-finais da Taça. Em ambos os casos, a maior experiência e felicidade do FC Porto significaram as derrotas leoninas.


Para a nova época, o Sporting parte com novas responsabilidades. Depois do que fez na época passada, Paulo Bento, que construiu o plantel e trabalha a equipa desde o início, tem a obrigação de fazer (ainda) melhor que o ano passado. Melhor será o título, mas sabemos que isso depende de nós, mas também dos nossos rivais. Por isso, pede-se a Paulo Bento que faça, pelo menos, mais que os 72 pontos da época transacta, o que assegurará, no mínimo, nova presença directa na Liga dos Campeões. Para a Taça de Portugal, o objectivo é sempre ganhar, mas sabe-se que tudo depende dos sorteios, e nos dois últimos anos o Sporting não foi feliz, sendo eliminado na casa dos dois rivais nas grandes penalidades. Prova de fogo será a Liga dos Campeões. Desde que o actual modelo foi implementado, os leões apenas por duas vezes participaram na prova. E com resultados bastante maus: em 1997/98 terminaram em terceiro no grupo (ainda não dava acesso à Taça UEFA), com sete pontos e em 2000/01 fizeram ainda pior, com apenas dois pontos conquistados, terminando em último no grupo. Numa altura em que a Liga Milionária é a maior montra do futebol europeu, é lá que o Sporting tem que se mostrar à Europa, de forma a ser visto como um clube incómodo para os grandes e não como um “carapau” que de vez em quando aparece por ali, como o Sturm Graz ou o Thun. É difícil apontar objectivos, até porque ainda não se conhece o grupo em que vamos ficar, mas a meta mínima deverá ser lutar pelo apuramento até ao fim, sendo que o terceiro lugar, que dá acesso à Taça UEFA, pode ser um mal menor. Pior que isso será difícil de engolir.

Analisados os objectivos, vamos ver agora o plantel com que o Sporting vai atacar a temporada. Aparentemente, os leões já desistiram de contratar um novo central, pelo que o grupo deverá estar fechado com os actuais 24 jogadores. O plantel parece-me mais forte que na época passada: não saíram jogadores importantes, chegaram alguns novos e os jogadores mais jovens têm maior maturidade. Vamos ver como é sector a sector:


Baliza:

Ricardo vai manter a titularidade e parece mais forte que nunca, depois de um Mundial que lhe correu bem. Tiago vai ser o suplente, que garante alguma tranquilidade, devido à sua experiência. Nélson deixou o clube, devido ao fim do contrato. Pessoalmente, preferia Nélson a Tiago como segundo guarda-redes, mas penso que não é grave. E ter três guarda-redes na casa dos 30 anos não faz muito sentido. Rui Patrício, de 18 anos e recém-campeão de juniores, será o terceiro guardião, numa época de aprendizagem. Dizem que tem grandes qualidades, mas nunca o vi jogar.

Defesa:

Em princípio, Paulo Bento não abdicará do quase intransponível quarteto da segunda volta da época passada: Abel, Tonel, Polga e Caneira. Miguel Garcia é solução para a direita e para o centro da defesa, enquanto os jovens Miguel Veloso (central) e Ronny (defesa-esquerdo), que já estavam no clube, terão certamente algumas hipóteses de se mostrarem. A qualidade existe, a quantidade nem por isso. Talvez não fosse má ideia sempre ir buscar o tal central. Da época passada saíram seis elementos do sector defensivo, mas nenhum deles essencial: Rogério, Paíto, Edson e Beto deixaram Alvalade no mercado de Inverno, enquanto André Marques e Hugo saíram no final da época.

Meio-Campo:

Está mais forte. Da época passada saíram Rochemback, logo no início, e Luís Loureiro. Entraram Paredes, um reforço seguro, e Farnerud, um desconhecido, apesar de ser internacional sueco. De resto manteve-se a estrutura, com Custódio, Moutinho, Nani, Carlos Martins e Tello um ano mais velhos, logo mais experientes. Há que contar ainda com Romagnoli e João Alves, que pouco mostraram na época passada e que, portanto, só podem melhorar. É um meio-campo interessante, que mistura trabalho e qualidade técnica em doses altas, no entanto sem que haja um Petit para partir pernas e um maestro, um mágico, um príncipe como Rui Costa (esqueci-me de algum adjectivo?).



Ataque:

Igualmente mais forte. Dos jogadores que alinharam na época passada saíram oito (!), mas nenhum deles relevante. Varela e Silva jogaram pouco e saíram durante a época, Tomané e David Caiado foram emprestados pelos juniores apenas num jogo. Wender voltou ao Braga a meio da época e por lá continua, Pinilla foi despachado de vez para o Hearts e Koke regressou de onde veio. Por último, e para minha grande alegria, Sá Pinto lá descobriu finalmente a porta de saída, embora com dificuldade. Os liègeois que o aturem agora. Como se vê, nada se perdeu no ataque leonino. Em contrapartida manteve-se o abono Liedson, com salário revisto e aumentado. Deivid também fica e acredito que vai fazer melhor que na época passada. Qualidade ele tem, falta-lhe alguma alegria a jogar. Outro que se mantém, talvez contrariado, é Douala. Mas pode ser que a Liga dos Campeões lhe permita mostrar o que tem de bom, como fez na Taça UEFA de há dois anos. Chegou ainda Carlos Bueno, um internacional uruguaio. É desconhecido, o que pode significar duas coisas: sairá um novo Liedson da cartola ou teremos mais um Mota ou um Koke? Se fosse um meio-termo não seria mau de todo... E finalmente Yannick / Djaló. Se mantiver o nível da pré-temporada, já temos revelação do ano. É cedo para falar, mas parece-me mais jogador que Lourenço e Varela.

Pré-Época:

Para já, apenas três jogos, todos eles concluídos com vitórias. Depois de um natural 6-1 ao Real Massamá, seguiram-se duas vitórias indiscutíveis frente a rivais mais fortes, que valeram a conquista do Torneio do Guadiana, onde somos bicampeões, carago! No futebol tudo pode mudar de um momento para o outro, mas a minha ideia actual é: o Sporting está mais forte que na época passada e vai fazer uma temporada melhor, de preferência com a conquista de títulos. Que os deuses do pé-na-bola me ouçam!

02 agosto, 2006

Jorge de Brito


A Malta da Tropa que curte Bola expressa as mais sentidas condolências pela morte de Jorge de Brito(na foto acompanhado por Shéu), presidente do Benfica entre 1992 e 94, vítima de doença prolongada. Apesar dos seguintes títulos apresentarem um valor muito diminuto perante a sua qualidade enquanto pessoa, que está acima de quaisquer resultados ligados à sorte e não à dignidade humana, Brito ficou ligado à conquista de um campeonato nacional(93/94) e de uma taça de Portugal(92/93), bem como a chegada às meias-finais de uma Taça das Taças. Prestou um bom serviço ao futebol português.

01 agosto, 2006

Boa Sorte, Benni

Como é de conhecimento geral, sou um benfiquista dos 7 costados que sofre e vibra com o seu clube, contudo sou o primeiro a tirar o chapéu ao Futebol Clube do Porto pela hegemonia conquistada nos últimos anos. Só os leigos não reconhecem que o glorioso Benfica dos anos 60 e 70 foi substuído por um grande Porto no passado recente. Há que saber reconhecer a superioridade de um clube e não usar argumentos patéticos para justificar o sucesso de um clube. Por favor não me venham com á velha história do proteccionismo dado ao Benfica pelo Dr. Oliveira Salazar. Já enjoa! Será que o ditador era do Sporting nos anos 40 e 50? Ah..ok ok, o amigo leitor tripeiro irá argumentar que Salazar tinha uma simpatia pelos clubes de Lisboa... Eu não me imagino a ser adepto de Benfica, Sporting, Belenenses, Estrela da Amadora e afins...Vamos aceitar as vitórias dos outros com desportivismo.
As equipas vencem porque são mais fortes, trabalham mais e têm a chamada estrelinha que acompanha os campeões. E vendo partir um campeão, não deixo de lhe prestar uma homenagem neste espaço da blogosfera criado em Fevereiro de 2005, altura em que Benni Mccarthy, já longe do fulgar apresentado na era Mourinho, se entretinha a mandar cotoveladas e murros nos adversários. Chegando no Verão de 2003 a um Porto vencedor da Taça Uefa, Benni afirmou que a concorrência interna não se podia comparar ao FCP. Eram demasiado fracos! Confesso que fiquei deveras agastado, sempre defendi a humildade e o respeito pelo adversário como partes integrantes de um campeão...e Benni demonstrou arrogância! Apesar do futuro lhe ter dado razão, o Porto sagrou-se bi-campeão nacional e campeão europeu, só tombando no Jamor ante um Benfica que em nada lhe foi superior, poderia e devia ter sido mais elegante nas suas declarações. Com a saída de Mourinho, o sul africano (vencedor da bola de prata) entrou em perca, pautando a época de 2004-05 pela indisciplina. 4 expulsões para um avançado fariam corar de vergonha JVP nos seus tempos de menino de ouro. Mesmo assim marcou 11 golos. A polémica e a vontade de sair marcaram a última época de McCarthy na cidade invicta. Os golos tardavam a surgir. A chegada de Adriano permitiu libertar o ponta de lança que fez com o brasileiro uma boa dupla atacante. No momento da despedida recordo o grandes golos obtidos amte Manchester United, Benfica (na Luz) e Chelsea.
O futebol português vê partir um grande jogador, que apesar de lidar mal com a concorrência, é temível quando motivado. Como benfiquista fico contente, como adepto do futebol não posso partilhar do mesmo sentimento.
Ao fim de 3 anos, já só restam, do Porto campeão europeu, Vitor Baía, Ricardo Costa, Pedro Emanuel e Bosingwa.
Terá Benni sucesso em terras de sua majestade? Acho que sim.