31 julho, 2005

De Volta ao Berço

Após uma semana dedicada a outras modalidades, eis-nos de volta ao desporto rei.
Uma palavrinha para as equipas portuguesas que têm dado valentes ensaboadelas nas suas congéneres europeias nestes jogos de pré-época.
Os ingleses do West Bronwich foram esmagados por Benfica e Sporting.
O histórico Boca Juniores foi manietado pelo nosso Porto, que se encontra em boa posição para vencer o torneio de Amesterdão. Vamos a ver o que nos reserva o jogo de hoje à tarde contra os ingleses do Arsenal.
Midlsbrough e Bétis de Sevilha acabaram nos 2 últimos lugares do Torneio do Guadiana, onde o Sporting foi brilhante
... e que dizer dos 4-0 com que o Boavista de William Sousa e João Vieira Pinto brindou o Valladolid?
Parafreando o meu amigo José Mário Mourinho dos Santos Félix, apesar de os jogos serem a feijões, é sempre bom esta dinâmica de vitória.
Falar mal, só do jogo de ontem à noite entre Guimarães e Benfica, onde o Vitória mostrou excesso de virilidade e do lado dos encarnados (neste caso azuis) ficou patente uma vez mais as lacunas no ataque.
Finalmente, e como hoje é dia de retorno às origens, presenteamos o leitor com a mítica equipa do Vitória de Guimarães que fez furor na época de 1984-85.

Em cima e da esquerda para a direita temos, Bábá, Valério, Nascimento, António Jesus, Cerqueira e Miguel.
Em baixo, também da esquerda para a direita: Costeado, Paulinho Cascavel, Teixeirinha (cap), Rodolfo e Costa.
Destaque para António Jesus, futuro dono da baliza da selecção nacional, Nascimento e Costeado também eles futuros internacionais no pós Saltilho, Miguel que haveria de assinar pelo Sporting, José Alberto Costa já na fase descendente da carreira ... e claro a estrela da companhia e terror das balizas Paulinho Cascavel, também ele futuro leão.

29 julho, 2005

Volta a Portugal em Bicleta

Concluímos a semana das modalidades com alusão à volta a Portugal em Bicicleta que se inicia já na próxima semana.
O espanhol David Bernabéu da Maia Milaneza defende o título conquistado o ano passado, contando com o apoio de uma equipa forte de onde se destacamos os portugueses Rui Lavarinhas, Gonçalo Amorim e esse grande "trepador" que é Rui Sousa.

A LA de Sérgio Paulinho e Cândido Barbosa afigura-se como a grande rival dos nortenhos.

Paulinho é sempre um homem a ter em conta, muito por culpa da excelente prestação nos Jogos Olímpicos de Atenas onde se sagrão vice-campeão de elites.
Por sua vez Cândido, um dos ciclistas mais completos do pelotão nacional, aposta forte nesta edição da prova, tentando acabar de uma vez com aquele fatídico dia onde perde bastante tempo hipotecando as hipóteses de vencer a competição.
Dois grandes nomes do ciclismo internacional estarão presentes nas estradas portuguesas, Gilberto Simoni (Saeco), já por duas vezes vencedor do Giro de Itália e o maior sprinter da actualidade (qui ça de sempre) Alexandro Petacchi (Fassa Bortolo) .

Apesar de todo o mediatismo e classe destas duas equipas transalpinas não é de esperar grandes feitos a nível individual, uma vez que os seus líderes visam sobretudo a preparação para a Vuelta.
O mítico Joaquim Gomes, conhecido pelos seus sprints de 5 segundos (onde ganhava 10 metros à concorrência) em plena Serra da Estrela ou na Senhora da Graça é o director da prova.

Por fim vamos prestar a devida e sentida homenagem ao Jan Ulrich do ciclismo português, Vitor Gamito, o eterno segundo, entretando retirado.

Monumental a borra naquele contra-relógio onde perdeu a amarela para o benfiquista David Plaza.
Igualmente épica (ou talvez ainda mais) a borra que anos antes lhe retirou a amarela numa etapa plana de transição. Com suores frios e tremideira nos joelhos Gamito viria a perder cerca de 20 minutos, acabando por desistir.
Apesar de todas as fatalidades viria a triunfar em 2002 num ano em que manietou por completo a concorrência.
E é tudo, amigo leitor, agora é ir para a estrada e seguir atentamente os 10 dias da volta, pode não ser o Tour, mas é a NOSSA volta.
Viva Portugal, viva a seriedade, viva o ciclismo, viva o nosso Porto que matou o Boca-Juniores e viva o Setúbal que venceu o Betis de Sevilha

27 julho, 2005

André Lima

Continuamos com a chamada semana das modalidades amadoras para falarmos de futsal, mais concretamente daquele que é o melhor jogador nacional da actualidade, André Lima.

Campeão em 2000 pelo histórico Miramar, transferiu-se na época seguinte para o Sport Lisboa e Benfica, clube que tentava recuperar o ecleticismo de outrora.
Muito por culpa da elevada e por vezes exagerada exposição televisiva do clube das águias, André torna-se o conhecido do grande público.
2 títulos, 2 taças de Portugal, 2 supertaças (mas não Cândido de Oliveira) e uma final da uefa chalenge, são o saldo de 4 anos à Benfica.
A época de 2004-05 foi sem dúvida fenomenal, o Benfica conquistou a "dobradinha" tendo André manietado por completo o rival Sporting nas 4 vezes em que os clubes se encontraram.
Magistral a sua exibição no 2º jogo das finais dos playoff, onde o Benfica venceu o rival da 2ª circular por 7-4.
E pronto... foi o que se pôde arranjar.

25 julho, 2005

Bola na Areia

Por esta altura do Verão, quando os jogos são todos “a feijões” e o pessoal só pensa em praia e no regresso da SuperLiga patrocinada pelos pneus Continental(?), cumpre-se a recente tradição que dá pelo nome de Mundialito de Futebol de Praia.
O torneio, realizado na Figueira da Foz, é uma autêntica panóplia de jogadores de futebol de 11 reformados e craques na arte de “brincar na areia”(Roger Galera, por exemplo, tentou mostrar como era bom nesta vertente, mas escolheu os relvados para o fazer). Na nossa selecção, ao longo dos anos, têm constado nomes como o mítico Hernâni Madruga, médio que passou pelo Vitória de Setúbal e Benfica; Nunes, central que representou os mesmos 2 clubes; Marinho, ex-júnior do Sporting que representou também o Estoril e o Atlético, ou mesmo os irmãos Carlos e Pedro Xavier, que dispensam apresentações.

Hernâni numa disputa de bola com o brasileiro Jorginho; Nunes nos tempos do Vitória de Setúbal

O agora seleccionador nacional Zé Miguel chegou mesmo a ser guarda-redes de algumas equipas modestas antes de se dedicar ao futebol na areia.

Zé Miguel - Antes,com bigode, e depois

De lá fora chegam exemplos como Eric Cantona e Júlio Salinas, que já representaram as suas selecções no torneio da Figueira da Foz, ou Beto Acosta e Romário, que estiveram presentes no 1º Mundial de Futebol de Praia organizado pela FIFA, em Maio último.
Mas não é obrigatório ter sentido a relva de um estádio para ser bom na areia. Madjer, a maior estrela da selecção portuguesa, foi mesmo alvo de uma experiência fracassada no Vitória de Guimarães. Amarelle e Júnior Negão, craques da Espanha e Brasil, respectivamente, não contam, igualmente, com historial no futebol de 11.
O Mundialito iniciou-se em 1997 e, desde essa data, o Brasil triunfou todos os anos, excepto em 2003, quando a selecção nacional saiu vencedora.

Bola 7 - O animador das tardes de futebol de praia

Este Verão foi já realizada a 2ª fase da Liga Europeia onde participaram, além da selecção das quinas (vencedora), Espanha (2ª classificada), Itália (3ª) e França (4ª). Os portugueses levaram a melhor em todos os jogos, com especial destaque para a vitória sobre a França, campeã do mundo, por 6-2, com episódios de um desportivismo tremendo por parte dos gauleses. A um minuto do final do jogo, com tudo resolvido no que toca ao resultado, o francês Sciortino teve a infeliz ideia de cuspir na cara do guarda-redes português, Rodrigues. Este dirigiu-se ao adversário para tirar satisfações, visivelmente irritado. Seguiu-se uma verdadeira batalha campal, digna de um Boca Juniors – River Plate, com os jogadores gauleses a mostrarem a sua fúria com tentativas de agressão ao “staff” da organização, enquanto o seu técnico, o mítico Eric Cantona, rapaz que sempre gostou pouco de confusões, ameaçava alguns jogadores portugueses, talvez ávido de relembrar a amizade da sua chuteira direita com um adepto do Crystal Palace. Aqui reproduzimos algumas das afirmações deste senhor depois da partida:
- "Vamos esperar que eles venham a Marselha para ver o que acontece. Este guarda-redes não vai, é um fraco. Nós, mesmo estando a ganhar por 10, respeitamos os adversários e eles não nos respeitaram"
-"Não temos de pedir desculpas a ninguém. Somos mais fortes que isso"
-“Foi um jogo para crianças. Os portugueses sabem que quando for a sério a França vai ganhar”.


Um grande exemplo de fair-play, esta selecção da França que é campeã mundial…

Tour de França

A pedido de vários cibernautas decidimos dedicar a semana que agora se inicia a outras modalidades que não o futebol.
Cabendo-me a mim o 1º post, decidi começar com o ciclismo, pela simples razão de ser o único desporto que tolero para além do proclamado (e com toda a justiça) desporto rei.

Lance Amstrong retirou-se após a conquista do seu 7º Tour consecutivo. A sua superioridade foi de tal forma vincada, ao ponto de nos recordar os títulos (europeus incluídos) conquistados pelo nosso Porto na era Mourinho.
O seu mais que provável sucessor sairá do trio composto por Jan Ulrich, Ivan Basso e Alexandre Vinoukorov.

O Alemão afigura-se como o principal favorito, caso a organização opte, ao contrário deste ano, por 2 contra-relógios de grande extensão.
Na situação inversa não arriscamos qualquer prognóstico.

O ciclismo fascina-me porque conseguimos estabelecer facilmente paralelismos com o futebol, por exemplo a brilhante prestação do dinamarquês Michael Rasmussen no contra-relógio de Saint_Etienne, fez-me por breves momentos pensar que se tratava de Paulo Almeida ou até mesmo de Fernando Aguiar.
2 quedas e trocar 5 vezes de bicleta, fizeram com que o vencedor do prémio da montanha entrasse para o circulo restrito dos deuses de pedal.

E depois temos a borra constante de Roberto Heras, denominado pelos entendidos (??!!) como o melhor trepador da actualidade.
Heras claudica sempre que a Volta chega aos Alpes ... e aos Pirineus.
Tal Borra só é comparável à de Tavares naquele saudoso AC Milan - Benfica em 1995, contudo a Borra de Heras sendo anual, assume contornos de especial.

... e que dizer de Jans Voigt, da CSC, que chegou a envergar a camisola amarela?!!! Uma vez mais os analistas desportivos, ávidos de derrota por parte de Lance, chegaram a afirmar que Voigt poderia fazer coisas, muito interessantes...
Os Alpes deram-lhes razão, chegando o alemão fora do controlo de tempos... realmente um facto interessante!
E pronto, amantes do ciclismo este foi o vosso espaço. Ide para a estrada apoiar o Sérgio Paulinho, o Rui Sousa e o Rui Lavarinhas.
A nossa Volta é já em Agosto.

23 julho, 2005

Parabéns Gonçalo

Chegou agora aos nossos escritórios(não são bem escritórios,é uma salinha com um computador,vá lá...) a informação, divulgada pelo nosso colaborador Dipil, relativa à data de aniversário de um leitor assíduo do Malta da Tropa que curte Bola. A equipa do blog dá os parabéns ao Gonçalo Barbosa,que hoje completa 20 verões e que é um fanático sportinguista. Viva o Outtara,viva o Missé-Missé e parabéns, Gonçalo.

Malta da Tropa Polémica

Chegou à nossa redacção um artigo que inverte por completo a conjuntura da novela Apito Dourado. Algo cuja confidencialidade do conteúdo nos obriga somente a colocar o link, de modo a minorar os problemas que teremos no futuros com os emblemas visados.
http://img347.imageshack.us/img347/6272/asmulheresdeking4zk.jpg
Apesar das represálias que sabemos que iremos sofrer, é nossa obrigação expôr tudo o que sabemos.
Lembrem-se que, com excepção do Octávio que é do Porto, do Alexi do Boavista e do Gilberto do SCP, este blog prima pela isenção clubística.
Este é o vosso melhor site de informação, se aconteceu nós estivemos lá, se vai acontecer... nós lá estaremos, se não aconteceu, mas possivelmente irá acontecer, então nós mandamos o Octávio para lá e esperamos que ele traga notícias,... se nos dizem que vai acontecer, mas afinal não aconteceu, nós vamos lá, mas depois tratamos mal quem nos informou erradamente.
Viva a transparência, viva a informação livre, vivam os brasileiros que querem jogar na selecção nacional, viva a excelente réplica dada pelos ingleses West Bronwich ao campeão nacional.

Simpósio do Futeblog Total


Realizou-se, nos dias 2 e 3 de Julho, o simpósio comemorativo dos 2 anos do Futeblog Total. A convite do presidente do comité responsável pela organização do espectáculo, Augusto Justo, a Malta da Tropa marcou presença. José Cavra e Gilberto Mandamil foram os representantes (Octávio Cagado e Alexi Lilás não tiveram disponibilidade devido aos exames) e deram de beber os seus conhecimentos aos pós-modernos presentes:
"Senhoras e senhores, gente do futebol em geral, pós modernos em particular. É com grande ufania que estou aqui diante vós, neste dia tão importante que é o aniversário do Futeblog Total. Obrigado, Professor Doutor Augusto Justo por endereçar o convite à Malta da Tropa, para orar em tão nobre gala, você é um abnegado! E perguntam vocês: “Porque é que Augusto Justo é abnegado?” Meus amigos Augusto Justo é a personificação da pós modernidade, Augusto Justo fez mais pela pós modernidade do que todos nós juntos. “Augusto! Augusto! Justo! Justo!” (AJ levanta-se e recebe a uma sentida ovação) Certo dia o pensador Millor Fernandes afirmou que o futebol era o ópio do povo. Pois bem, hoje podemos referir o pós-modernismo como o ópio do futebol. Como seria encarado o desporto rei sem as portentosas figuras de um Marco Almeida, um Diogo Luís ou um Tonel? Algo de insonso , sensaborão, insípido. Enfim, um lote infindável de adjectivos que fariam o mestre Gabriel Alves ficar com água na boca. O pós-modernismo tem, como seus principais alicerces, factos que, por vezes, nos passam tão despercebidos como a passagem de Frank Rijkaard pelo Sporting. Ora é fácil para o adepto relembrar com saudade as míticas declarações do candidato à Câmara Municipal de Palmela, Octávio Machado, interagindo com todos nós para avisar da constante perturbação provocada pelos “Big Ladens”. Eu próprio não escondo a lágrima no canto do olho ao referir as sessões terapêuticas (ou nem tanto) oferecidas por Peter Schmeichel aos defesas da sua formação após um golo sofrido. Não ouso, no entanto, divagar sobre as contínuas tentativas de Brian Deane para tratar a bola por tu, pois para isso precisaria de discursar em mais 5 ou 6 simpósios promovidos pelo Augusto. Costumo dizer no seio do meu grupo de amigos e familiares que o futebol não é uma ciência exacta. Normalmente sou mandado calar com frequência nessas alturas, mas, nesse caso, dirijo-me de cabeça erguida para um banco de jardim com um livro de poemas de Ary dos Santos numa mão e com a biografia de Lazlo Boloni na outra. Dissecar o pós-modernismo exaustivamente é algo que não me atrevo a tentar, pois é difícil explorar de forma tão determinada o que é subjectivo. Porém não me canso de falar regularmente das destemidas saídas da baliza de Ivica Kralj (de meter inveja a Labreca) ou de repescar nas entranhas do futebolês a solidez entre os postes de Carlos Bossio. Ainda há relativamente pouco tempo fui interpelado em Leça da Palmeira por meia dúzia de idosas que queriam observar a apresentação da minha teoria acerca da limpeza do equipamento de Tamagnini Néné. Depois desta quantidade industrial de deambulações por esse mundo fora, é com satisfação que constato que ainda tenho muito mais a descobrir no que toca à vida desportiva. Confesso que ainda não consigo compreender casos como a queda livre de jogadores como Diogo Luís ou Akwá ou o súbito desaparecimento do mapa de craques como Gil, vencedor do Campeonato do Mundo de juniores em Lisboa. A presença assídua de Nuno Gomes dentro das quatro linhas é outra coisa que me remete para uma reflexão profunda. Um dos conceitos que mais me fascina é sem dúvida o do chamado “tosco”. O “tosco” está para o futebol como Sigmund Freud para a psicanálise ou como os Monty Phyton para a comédia “nonsense “. É o indivíduo que mais facilmente consegue soltar o riso da malta, sem que para isso tenha de recorrer à arte e audácia. É aquele sujeito que nos faz dizer “se a bola fosse quadrada, ele seria muito bom”. Apesar de ser um apetecível alvo de piadas, ele está sempre lá para animar o nosso quotidiano. O futebol inglês tem uma admirável quantidade desta espécie. Como exemplos dentro das nossas fronteiras podemos apontar expoentes nesta área como Karadas e Hugo. Muito obrigado, mas já nos estão a fazer sinais. O tempo deve ter ido acabar e a malta quer ir para os comes e bebes. Não se esqueçam de passar pela recepção e pedirem a vossa K7 do jogo das meias finais da taça entre o Vitória de Setubal e o Boavista."

20 julho, 2005

Vitória do Sado

Nos últimos meses não foi dado,neste blog, o devido relevo à grandiosa vitória sadina na Taça de Portugal. Se isto já era suficiente para nos penitenciarmos,então o facto de José Rachão e Carlos Cardoso estarem metidos ao barulho leva-nos a pensar que mereciamos ser espancados pelo Paulinho Santos ou obrigados a ouvir um discurso do Fidel Castro na íntegra por não termos cumprido aquilo que era nossa obrigação. Por tudo isto,as nossas sinceras desculpas.

Pretendemos,portanto, aplaudir o trabalho da equipa técnica e jogadores que levaram o Vitória de Setúbal à conquista do prestigiado troféu. E aproveitamos para relembrar outras equipas sadinas cujos nomes constam ainda no léxico futebolístico.
José Rachão(o 1º jogador a usar fita na cabeça em Portugal),por exemplo,após a sua saída da Académica, fez parte de uma famosa equipa, na qual era companheiro de meio-campo de Fernando Tomé e Jacinto João,um dos maiores dribladores(produtivos) da história do futebol.

Vitória de Setúbal 77/78 - José Rachão(3º,em cima,a contar da direita),com o sua imagem de marca: o visual estilo "viking"

Nesse mesmo plantel estavam Ricardo Formosinho, ex-treinador do Santa Clara e Penafiel, agora na frente do projecto da equipa B sadina, José Mendes e Rui Palhares,ambos vindos do Sporting, e o ex-júnior Silvino Louro.

Carlos Cardoso(à direita) com os 4 juniores promovidos ao plantel principal,sendo um deles o guarda-redes Silvino,com a bola nas mãos.


Igualmente memorável a turma das riscas verdes e brancas verticais da época 82/83. Na baliza o titular era Padrão,oriundo das escolas de Alvalade. Da mesma "cantera" veio o defesa Nunes, que mais tarde viria a brilhar também nas areias da Figueira da Foz, representando a selecção nacional de futebol de praia. De referenciar também a presença de Baltemar Brito no Bonfim, com a bem característica barba já ostentada no Rio Ave, mas que viria a ser preterida em prol de um bigode simples nos tempos do Varzim,talvez por influência do outro defesa da equipa principal,Cerdeira,também possuidor de uma invejável pilosidade facial.

No meio-campo, o número de estrelas aumentava. Rui Nascimento,eterno adjunto de Manuel Cajuda, juntava o seu nome ao de Octávio (Machado), o inventor da frase "eu só não lhe chamo palhaço porque tenho um grande respeito pela classe dos palhaços" e homem que nos abriu os olhos para a questão dos "Big Ladens", bem como (Jorge) Jesus,hoje um conhecido treinador ainda á procura de colocação esta temporada.



No sector mais ofensivo o quarteto era formado por Fernando Cruz,eterna esperança vitoriana,uma espécie de Hugo Leal do Sado que viria a ter uma passagem pelo Sporting;Rui Lopes,jogador formando no Benfica;o leiriense Reis e o ponta-de-lança com uma força fora do normal, Narciso.


De enorme relevância o sistema táctico utilizado, um 4-4-3 muito ofensivo mais parecido com um 3-3-4, provando a vertente aventureira da equipa.
É com enorme emoção que relato os feitos do clube da minha terra,ainda por cima sendo este um histórico do futebol portuguêse que tantas alegrias deu a esta cidade à beira-mar plantada.

Vivó Vitória,gritemos todos bem alto!

18 julho, 2005

Parabéns Calisto

A Malta da Tropa tem o prazer de apadrinhar o sucesso além fronteiras de um dos seus filhos pródigos. Com 2 jornadas ainda por disputar, Henrique Calisto, técnico sobejamente incompreendido em Portugal, sagrou-se campeão nacional do Vietname ao serviço do histórico Dong Pam.

O conceituado mister tem ainda a oportunidade de fazer a dobradinha, uma vez que os Dongs ainda estão nas meias finais da taça. Após o rotundo sucesso do professor Neca à frente da sempre complicada selecção das Ilhas Maldivas, Calisto escreve uma vez mais, a letras douradas, o nome dePortugal no livro do futebol.

Continuando na senda dos deuses do olimpo futebolistico, o meu amigo (e nosso leitor) Tiago "ex-solteirão" Castro rubricou mais um golo de antologia no passado Sábado. Dominando o esférico de costas para a baliza, rodopia deixando o defesa Carlos Nuno "Ninja" pregado ao solo...remate pronto e a bola entra no canto superior esquerdo da baliza à minha guarda .O resultado foi de 12-1 para os amigos de José Cavra.Contudo temos que assumir que a presença de Slowly "Papa Urso" Mário, na equipa contrária poderia perfeitamente ter alterado o rumo dos acontecimentos. Realce igualmente para os 5 minutos de grande classe rubricados por Pedro "o Pulmão" Nuno, o homem que tal como o nome indica, nunca se cansa.
No final, discutiu-se um tema que será abordado num posts vindouros "Porque razão os defesas esquerdos têm alto petardo e os direitos não?"

16 julho, 2005

Recordar o Ginásio de Alcobaça


Estamos no ínicio da década de 80, em 1982 para sermos mais exactos, Guerra Madaleno (esse mesmo que já foi candidato à presidência do Benfica), então presidente do Ginásio de Alcobaça é detido, após ter vendido as mesmas casas a várias pessoas. Caso no mínimo hilariantes que demonstra toda a sua seriedade.

Curiosamente é com o presidente preso, que a turma de Alcobaça consegue a subida á 1ª divisão nacional e alcança as meias finais da taça de Portugal.
No ano seguinte (época 1982/83), já com Madaleno em liberdade, o Ginásio tem uma simpática presença no nacional maior, sendo normalmente deglutinado e manietado pelos adversários.
Contam as gentes de Alcobaça que clube ainda hoje paga o preço da ruínosa gestão do então presidente, que desatou a comprar brasileiros de qualidade dúvidosa. Actualmente a equipa alterna presenças na 3ª divisão nacional e na 1ª divisão distrital de Leiria.
Para finalizar, vamos recordar o onze base do Ginásio de Alcobaça (82-83), de onde é imperativo descatar o épico José Romão.


Viva Alcobaça! Viva o Ginásio! Viva a seriedade!

13 julho, 2005

Amora Histórico

Quando falamos em equipas da margem sul do Tejo de menor dimensão que encantam pela sua tradição ou pela nossa simpatia pelas cidades a memória remete-nos para Barreirense,a extinta CUF,Seixal,Montijo e Amora,por exemplo. É sobre este último que se vão focar as nossas atenções.

Apesar da descida de divisão à 3ª divisão consumada na última temporada, o clube que veste de azul tem acolhido as maiores estrelas do panorama nacional.Ora vejamos:
-O ataque amorense de com baterias carregadas através do matador George Jardel(contratado pelo Benfica em tempos idos,com o objectivo de aliciar o seu irmão a vestir de encarnado),apoiado com um meio-campo experiente comandado por João Oliveira Pinto, histórico do Farense e da Acádemica, fez furor no mítico estádio da Medideira.


De destacar também nos últimos anos a presença imperial de Cláudio Oeiras,antiga estrela dos juniores do Benfica onde formava uma dupla de ataque com Mawete "Novo Eusébio" Júnior,assim como a presença na equipa técnica da antiga estrela dos relvados portugueses, Jaime das Mercês.


Jaime das Mercês - Then and Now

É obrigatório recuar ao ínicio dos anos 80,mais precisamente à temporada de 82/83, para relatar a presença do Amora na 1ª Divisão, ao lado dos míticos Ginásio de Alcobaça e Portimonense.
Na equipa pontificavam valores como a dupla vinda da Argentina Hector Alfredo e Alberto Hernandez ou o avançado que viria a ser transferido do Porto para o Matra Racing de Artur Jorge, Jorge Plácido.

Alfredo e Alberto - O tango presente nos relvados da margem sul



Relevantes também as presenças do temível Caio Cambalhota e do seu companheiro com bigode,Ribeiro.


No onze inicial apresentavam-se Botelho á baliza, João António, Laranjeira, Alfredo e Nélson na defesa,Jorge Plácido, Alberto, Valter, Ribeiro formavam o meio-campo que apoiava Caio Cambalhota e Zé Rafael.

Um abraço para os todos os amorenses e vivam os bravos azuis da bela margem sul.