29 julho, 2005

Volta a Portugal em Bicleta

Concluímos a semana das modalidades com alusão à volta a Portugal em Bicicleta que se inicia já na próxima semana.
O espanhol David Bernabéu da Maia Milaneza defende o título conquistado o ano passado, contando com o apoio de uma equipa forte de onde se destacamos os portugueses Rui Lavarinhas, Gonçalo Amorim e esse grande "trepador" que é Rui Sousa.

A LA de Sérgio Paulinho e Cândido Barbosa afigura-se como a grande rival dos nortenhos.

Paulinho é sempre um homem a ter em conta, muito por culpa da excelente prestação nos Jogos Olímpicos de Atenas onde se sagrão vice-campeão de elites.
Por sua vez Cândido, um dos ciclistas mais completos do pelotão nacional, aposta forte nesta edição da prova, tentando acabar de uma vez com aquele fatídico dia onde perde bastante tempo hipotecando as hipóteses de vencer a competição.
Dois grandes nomes do ciclismo internacional estarão presentes nas estradas portuguesas, Gilberto Simoni (Saeco), já por duas vezes vencedor do Giro de Itália e o maior sprinter da actualidade (qui ça de sempre) Alexandro Petacchi (Fassa Bortolo) .

Apesar de todo o mediatismo e classe destas duas equipas transalpinas não é de esperar grandes feitos a nível individual, uma vez que os seus líderes visam sobretudo a preparação para a Vuelta.
O mítico Joaquim Gomes, conhecido pelos seus sprints de 5 segundos (onde ganhava 10 metros à concorrência) em plena Serra da Estrela ou na Senhora da Graça é o director da prova.

Por fim vamos prestar a devida e sentida homenagem ao Jan Ulrich do ciclismo português, Vitor Gamito, o eterno segundo, entretando retirado.

Monumental a borra naquele contra-relógio onde perdeu a amarela para o benfiquista David Plaza.
Igualmente épica (ou talvez ainda mais) a borra que anos antes lhe retirou a amarela numa etapa plana de transição. Com suores frios e tremideira nos joelhos Gamito viria a perder cerca de 20 minutos, acabando por desistir.
Apesar de todas as fatalidades viria a triunfar em 2002 num ano em que manietou por completo a concorrência.
E é tudo, amigo leitor, agora é ir para a estrada e seguir atentamente os 10 dias da volta, pode não ser o Tour, mas é a NOSSA volta.
Viva Portugal, viva a seriedade, viva o ciclismo, viva o nosso Porto que matou o Boca-Juniores e viva o Setúbal que venceu o Betis de Sevilha