25 julho, 2005

Bola na Areia

Por esta altura do Verão, quando os jogos são todos “a feijões” e o pessoal só pensa em praia e no regresso da SuperLiga patrocinada pelos pneus Continental(?), cumpre-se a recente tradição que dá pelo nome de Mundialito de Futebol de Praia.
O torneio, realizado na Figueira da Foz, é uma autêntica panóplia de jogadores de futebol de 11 reformados e craques na arte de “brincar na areia”(Roger Galera, por exemplo, tentou mostrar como era bom nesta vertente, mas escolheu os relvados para o fazer). Na nossa selecção, ao longo dos anos, têm constado nomes como o mítico Hernâni Madruga, médio que passou pelo Vitória de Setúbal e Benfica; Nunes, central que representou os mesmos 2 clubes; Marinho, ex-júnior do Sporting que representou também o Estoril e o Atlético, ou mesmo os irmãos Carlos e Pedro Xavier, que dispensam apresentações.

Hernâni numa disputa de bola com o brasileiro Jorginho; Nunes nos tempos do Vitória de Setúbal

O agora seleccionador nacional Zé Miguel chegou mesmo a ser guarda-redes de algumas equipas modestas antes de se dedicar ao futebol na areia.

Zé Miguel - Antes,com bigode, e depois

De lá fora chegam exemplos como Eric Cantona e Júlio Salinas, que já representaram as suas selecções no torneio da Figueira da Foz, ou Beto Acosta e Romário, que estiveram presentes no 1º Mundial de Futebol de Praia organizado pela FIFA, em Maio último.
Mas não é obrigatório ter sentido a relva de um estádio para ser bom na areia. Madjer, a maior estrela da selecção portuguesa, foi mesmo alvo de uma experiência fracassada no Vitória de Guimarães. Amarelle e Júnior Negão, craques da Espanha e Brasil, respectivamente, não contam, igualmente, com historial no futebol de 11.
O Mundialito iniciou-se em 1997 e, desde essa data, o Brasil triunfou todos os anos, excepto em 2003, quando a selecção nacional saiu vencedora.

Bola 7 - O animador das tardes de futebol de praia

Este Verão foi já realizada a 2ª fase da Liga Europeia onde participaram, além da selecção das quinas (vencedora), Espanha (2ª classificada), Itália (3ª) e França (4ª). Os portugueses levaram a melhor em todos os jogos, com especial destaque para a vitória sobre a França, campeã do mundo, por 6-2, com episódios de um desportivismo tremendo por parte dos gauleses. A um minuto do final do jogo, com tudo resolvido no que toca ao resultado, o francês Sciortino teve a infeliz ideia de cuspir na cara do guarda-redes português, Rodrigues. Este dirigiu-se ao adversário para tirar satisfações, visivelmente irritado. Seguiu-se uma verdadeira batalha campal, digna de um Boca Juniors – River Plate, com os jogadores gauleses a mostrarem a sua fúria com tentativas de agressão ao “staff” da organização, enquanto o seu técnico, o mítico Eric Cantona, rapaz que sempre gostou pouco de confusões, ameaçava alguns jogadores portugueses, talvez ávido de relembrar a amizade da sua chuteira direita com um adepto do Crystal Palace. Aqui reproduzimos algumas das afirmações deste senhor depois da partida:
- "Vamos esperar que eles venham a Marselha para ver o que acontece. Este guarda-redes não vai, é um fraco. Nós, mesmo estando a ganhar por 10, respeitamos os adversários e eles não nos respeitaram"
-"Não temos de pedir desculpas a ninguém. Somos mais fortes que isso"
-“Foi um jogo para crianças. Os portugueses sabem que quando for a sério a França vai ganhar”.


Um grande exemplo de fair-play, esta selecção da França que é campeã mundial…

1 Comments:

At 4:44 da manhã, Anonymous Anónimo said...

so falta dizer k na noite apos o jogo o sr cantona foi escurraçado de um conhecido bar figueirense pela maioria dos portugud«ses k la estavam

 

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