Parabéns Malta da Tropa
Que melhor maneira de assinalar tão nobre data do que falar um pouco de Oliver&Benji a série de animação que partilha com Dragon Ball e Dragon Ball Z, o 1º lugar nas minhas preferências ao nível da 9ª arte.

Vou sim recordar alguns aspectos que fizeram desta série algo único e intemporal, com alguma pós modernidade à mistura.
Os comentários originais em japonês eram do melhor. Um misto de Gabriel, com Rui Tovar, Rui Loura e Carlos Manuel Albuquerque.

O ponto alto talvez seja a fluidez temporal. O jogador demorava 1 episódio inteiro para fazer o trajecto desde a sua grande área até ao meio campo contrário. Enquanto conduzia o esférico lembrava-se da vida, aquele treinador que o marcou, o pai, a mãe, o tio, etc.


Depois de uma grave lesão, por ter salvo um cãozinho de ser atropelado, entrou num jogo contra o Furano de Matsuyana. Estava 2-2 e o Furano tinha um penalty a favor. Wakashamazu aparece no estádio e o treinador ordena de imediato a substituição de guarda-redes.
O novo guardião parou facilmente o penalty de Matsuyana e lançou rapidamente Huyga Kojiro (outro dos meus preferidos, apesar de ser o vilão) que ardendo em febre fez o 3-2 para o Meiwa. Lindo!
Ao nível dos misters não havia nenhum que chegasse aos calcanhares do treinador Kyra, o alcoólico treinador do Meiwa, uma espécie de Jaime Pacheco nos anos de glória do Boavista. Não que Pacheco seja alcoólico, mas ambos privilegiavam o futebol físico em vez dos “rodriguinhos” e dessa coisa a que chamam fair play.
Por falar em alcoolismo, Roberto Cedino antigo craque da selecção brasileira e mentor de Tsubasa, também sofria do mesmo mal. Será que os “japinhas” nos vêem a nós homens da bola como um bando de amigos da pinga?
Para concluir e em jeito de curiosidade, vou desvendar como acabaram os principais craques da série.
Depois de triunfar no Santos, Oliver Tsubasa foi para Barcelona. Começou por baixo e teve que “arranhar” na equipa B. Qual Alex Fergunson, o treinador estabeleceu-lhe a meta de 15 golos e 10 assistências. Na 1ª partida o craque nipónico marcou 6 golos e fez 4 assistências, números que mais parecem de um jogador de andebol.
O objectivo foi conseguido ao fim de 4 ou 5 jogos, tendo Tsubasa sido convocado para jogar contra o Real Madrid. A lesão do “águia da Catalunha” Rivau (que lhe tapava o lugar), permitiu a entrada de Tsubasa que jamais perdeu a titularidade.

Hyuga Kojiro acabou por conseguir vingar na Juventus de Turim (antes do Cálcio Caos) após um empréstimo à Regina. Não foi nada fácil o trajecto do ponta de lança até se conseguir afirmar no exigente Cálcio. Foram derramadas lágrimas de dor, quando com apenas 15 minutos de jogo (qual Zé Kalanga) o treinador da Juve o decidiu tirar de campo.
Misaki Taro e Terry, conseguiram igualmente bons contratos com PSG e Inter de Milão respectivamente respectivamente.
A série termina com o pontapé de saída do jogo de abertura do Coreia-Japão 2002 entre o Brasil e o Japão.
Foi pena porque eu queria mesmo saber quem ganharia o Mundial.