03 maio, 2006

O Mourinho de Vila das Aves

A Malta da Tropa saúda um dos homens que figura no quadro de personagens míticas do futebol português, alguém que contribuiu para que este blog pudesse, de facto, existir como consequência da nossa condição de amantes do desporto rei. Professor Neca, o Mourinho de Vila das Aves, bem merece a estátua que lhe foi prometida em caso de subida pelo presidente do clube. A campanha na Taça de Portugal também merece o seu destaque, sendo apenas eliminado nos oitavos-de-final pela Académica num jogo onde a Briosa esteve mesmo a perder. É caso para dizer que santos da casa...fazem milagres. Sentimo-nos, portanto, na obrigação de prestar uma simples homenagem.

Há 6 anos as coisas não correram de feição. O campeonato começou com uma derrota em casa frente ao Belenenses(0-1), batendo o pé ao Benfica de Toni na última jornada por 4-4. Os avenses terminaram na penúltima posição, com 22 pontos(com apenas 4 vitórias, 10 empates e 20 derrotas). Pior só o Estrela da Amadora, com 19 pontos. Em Vila das Aves, o Porto levou de vencida por 1-0(golo de Aloísio), enquanto o Sporting também saiu com um triunfo após um emotivo 4-3. Relembramos assim, resumidamente, alguns dos craques que marcaram presença na última época dos minhotos no escalão primodivisionário:















Quinzinho, já merecedor de um post de Zé Cavra, vinha de mais uma experiência pouco produtiva da sua carreira, desta feita em Faro e após passagem pelo Rayo Vallecano. Formava dupla com Massaudu Naddah e outro africano que mais à frente veremos, sendo o melhor marcador da equipa com 5 golos.
Abílio era um dos pilares da equipa. Formado nas escolas do Porto, os livres magistrais deste trinco não serviriam de nada no que toca ao objectivo da manutenção. Foi no Salgueiros que atingiu o ponto alto da carreira, deixando saudades às gentes de Paranhos.



















Tó Luis, o guarda-redes da escola boavisteira, saía do Rio para o Desportivo, mas a Ave mantinha-se no emblema da sua camisola. Arriscou a saída de Vila do Conde, onde foi, durante anos a fio, titularíssimo, mas já em fase descedente da carreira foi impotente para evitar os 68 golos sofridos.
Douala vinha do Boavista por empréstimo. Uma primeira época prometedora no Boavista foi seguida de outra onde perdeu fulgor. 28 jogos no norte valeram 4 golos ao camaronês, uma marca excelente numa formação que apenas marcou 31 golos. Ainda assim, um dos golos valeu 3 pontos, enquanto outros 2 deram um empate frente ao Benfica.
De realçar também José "Pontapé no Jardel" Soares e o único sobrevivente do plantel, o atacante Octávio, que marcará, em princípio, nova presença com a camisola vermelha-e-branca do Aves na 1ª Liga.

2 Comments:

At 9:50 da tarde, Blogger Apre said...

Uma vez quando fui ver os ex-jogadores do Belem a Salamanca contra o Real Madrid (estando em Viseu de fds), com uns amigos, reparamos num tipo com um andar aqueado, e achamos que devia ser um grande jogador, com andar mais arqueado só o mágico Valderrama.

Quando chegámos perto, pedimos autógrafos ao Abilio.

 
At 11:42 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O Prof. Neca é um injustiçado.
Alem de ser um homem sério.

 

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