05 junho, 2006

O Futuro

Com o fim do Europeu sub-21, ficam-nos na memória alguns dos jovens craques que passaram pelos palcos portugueses (para além das fantásticas declarações de “Agostein” Oliveira). Quando esperávamos que os maiores nomes deste torneio fossem os Nanis, os Quaresmas ou os Manuéis Fernandes, eis que se descobre que a humildade é essencial para alcançar o sucesso. Ucrânia, Sérvia, França e Holanda foram os maiores destaques da prova…e apenas os gauleses eram considerados capazes de chegar longe. Assim, aqui ficam alguns dos nomes que me causaram boa impressão:

Lembram-se de um miúdo que gelou a Luz ao marcar o golo do empate(2-2) para o Heerenveen da Holanda, frente ao Benfica de Trap? A equipa dos Países Baixos não ganhou aos encarnados( esse grande tosco que é Karadas lá desbloqueou o marcador), mas Klaus Jan Huntelaar deixou boas referências. Quem diria que seria ele a peça fundamental da vitória da Laranja Mecânica dois anos volvidos? A Maya, quiçá. O Ajax pagou 9 milhões de euros por este ponta-de-lança que, apesar da sua altura, apresenta uma técnica muito acima da média. 33 golos e o título de melhor marcador na liga do seu país seriam mais que motivos para Marco Van Basten( Marco Van Bastos, se escrevesse neste blog) o convocar para a Alemanha, mas aquele que foi um dos melhores avançados do futebol mundial preteriu-o em beneficio de Dirk Kuijt, van Nistelrooy, Ryan Babel e Venegoor of Hesselink. 4 golos em 5 jogos fizeram deste jovem o artilheiro da prova. Marcou ainda o golo mais bonito da prova, frente à França, com um chapéu perfeito. Vai ser um dos grandes pontas-de-lança do futebol mundial…


Artyom Milevsky foi outra das revelações. Um número 10 com muita tendência para atacar no coração da área, descai frequentemente para as alas para tentar assistir os pontas-de-lança da equipa. Actualmente no Dínamo Kiev , Milevsky foi convocado pelo mítico Oleg Blokhin, hoje técnico da selecção ucraniana. Na final foi um dos mais mexidos, da parte dos homens do Leste. Foi um dos destaques principalmente na 1ª fase, quando marcou golos decisivos frente à Holanda e Dinamarca.


António Rio Mavuba tem 22 anos e já é uma peça fundamental no Bordéus. O trinco da selecção gaulesa mostrou que não se limita a ocupar espaços e a dar cobertura aos centrais: é também ele que, não raras vezes, inicia os ataques da sua equipa. Um médio-centro moderno que já mereceu a confiança do treinador da selecção AA, Rayomond Domenech. Não deu hipóteses a Quaresma e Nani no 1ª jogo no Euro. O seu passe está avaliado em 6,5 milhões de Euros.


Também joga em França mas é de nacionalidade dinamarquesa. Thomas Kahlenberg foi o 2º melhor marcador da prova,com 3 tentos apontados. O 1º jogo do torneio, frente à Itália( o melhor jogo do Euro), colocou-o em destaque, numa selecção que também mostrou Nicklas Bendtner, um avançado que revelou pormenores. Kahlenberg actua como nº10 mas apresenta um instinto matador fora do vulgar. Foi o motor da selecção do norte da Europa e actua no Auxerre, tendo feito o seu percurso nas camadas jovens do Brondby.

Voltando à escola holandesa, falta-me referir outros 2 craques: Castelen e Hofs. Romeo Castelen nasceu no Suriname e com 19 anos é uma referência no Feyenoord. Esteve na lista dos 33 pré-seleccionados para o Mundial da Alemanha, mas, tal como Huntelaar, ficou fora dos 23. O extremo-esquerdo esteve endiabrado frente à França, nas meias-finais, e causou uma enorme dor de cabeça ao defesa-direito da Ucrânia na final.


Nicky Hofs é o menos conhecido dos 3 homens referidos que são campeões europeus de sub-21, mas é o único com site de fãs( pelo menos segundo o nosso amigo google). O nº10 holandês bem mereceu o golo que selou o 3-0 na final, com um pormenor fantástico ao tirar um central do caminho, com um toque subtil que fez a bola passar entre as pernas do adversário. É das escolas do Vitesse mas actua hoje no Feyenoord. Foi o 2º melhor marcador do Euro (ex-aequo com Kahlenberg), com 3 golos.

12 Comments:

At 11:09 da manhã, Blogger Rotura de ligamentos said...

mas aquele que foi um dos melhores avançados do futebol mundial preteriu-o em beneficio de Dirk Kuijt, van Nistelrooy, Ryan Babel e Venegoor of Hesselink.

Mas está ao nível do Makaay, já viste? Não é nada mau!

Quanto ao Milevsky, fiquei seriamente de olho nele durante o passado Mundial sub20 da Argentina. Revi os jogos da Ucrânia porque na altura havia rumores acerca do Aliev assinar pelo Benfica. Daí que tenha topado o Milevsky. Se queres que te diga, tenho-o em muito boa conta. Mas isso é agora. Continuo com pequenas dúvidas em relação ao seu progresso no futebol de adultos. Há ali qualquer coisa que me faz estar reticente quanto a ele... dá-me uma sensação de talento que não vai chegar onde se está a pensar que chega. Vamos ver.

Lembro-me do Kahlenberg quando, ainda no Brondby, protagonizou uma convocatória surpresa na Dinamarca. Era muito novo na altura (não sei especificar a idade, agora). Em todas as equipas que joga, Auxerre incluído, é o rei das assistências - bolas paradas, lançamentos em profundidade. Um M. Laudrup mais mecânico?

O Hofs assinou pelo Feyenoord para substituir o Buffel. Ainda lhe falta comer muita sopa.

Mavuba é um caso muito precoce. Cedo foi colocado no patamar dos melhores futebolistas da liga francesa (protagonismo na equipa dividido com Chamakh) e era óbvio que não iria explodir com a mesma velocidade como surgiu aos 16 anos na equipa principal do Bordéus. Não quer dizer que atravesse um período de estagnação. Jogou com o Caneira e fez o meio-campo com o Celades.

 
At 4:40 da tarde, Blogger Jota said...

O Huntelaar foi, juntamente com o Hugo Almeida, o ponta-de-lança que mais me impressionou no Europeu. Claro que por motivos completamente opostos.

De resto, da Holanda só vi 60 minutos contra a França e o jogo da final. Pelo que vi, mereceu claramente o título. Principalmente pela alegria que mostrou em campo. Vermeer, De Zeeuw, Aissati, Hofs, Castelen e Huntelaar formaram uma verdadeira laranja mecânica, capaz de jogar bonito e ganhar.

Aliás a final foi um belo jogo, no qual o resultado justo seria um 3-2 ou 4-3. A Ucrânia deixou boa imagem e acabou por ter azar em vários lances.

Destaque para o fracasso das equipas latinas. Talvez se deva à falta de humildade de putos que dão três pontapés numa bola e pensam que já são alguém na vida.

 
At 8:40 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Realmente, Van Basten parece comprovar que um grande (enorme) jogado não dará grande treinador... não convocar Roy Makaay? Talvez escape, mas duvido muito... está a anos-luz à frente dos outros...
E vamos ver se não dava jeito ter levado o Davids e o Seedorf, em vez de um bando de amélias...
Este rapaz terá esquecido que há uns mesitos levou 4-1 da Itália em casa?

 
At 8:54 da tarde, Blogger Tiago Gonçalves said...

Quem levou 4-1 da Itália em casa foi o Jurgen (Kata)Klinsmann e a sua Alemanha, penso eu de que.

Malta da Tropa que curte Bola

 
At 10:25 da tarde, Blogger Jota said...

Realmente e lamentavelmente quem levou 4-1 foi a Alemanha, mas não foi em casa. Que eu me lembre, Florença não fica na Baviera :-)

Mas foi um jogo a brincar, no Mundial ninguém nos pára!

Quanto ao Marco não ser um grande treinador, a ver vamos. A verdade é que os holandeses na qualificação fizeram 10 vitórias e 2 empates e ficaram 5 pontos à frente da Rep. Checa, que, é sabido, é uma das melhores equipas europeias hoje em dia.

 
At 8:42 da manhã, Blogger Apre said...

Não percebo duas coisas, porque é que o Marco Van Bastos não leva o Huntelar ao Mundial, e porque é que os grandes portugueses não apostam em alguns desses jogadores.

 
At 1:57 da tarde, Blogger Rotura de ligamentos said...

Apre, porque para os jovens holandeses, a liga portuguesa não constitui um acréscimo nas suas carreiras. Se se quiserem dar o salto, não será para Portugal. Para isso ficam na Holanda onde não arriscam faltas de adaptação e mais facilmente conseguem ser transferidos para as principais ligas europeias.

 
At 5:57 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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At 7:44 da manhã, Blogger José Cavra said...

Gil, posta o mundial de 74 pah.
já tenho o de 78 prontinho.

 
At 5:22 da tarde, Anonymous Anónimo said...

E não esquecer o médio-defensivo holandês De Zeeuw, um rapazinho que vai dar que falar

 
At 2:48 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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