25 maio, 2006

Giro de Itália 2006

A 14ª etapa da Volta a Itália em bicicleta ligou Aosta a Domodossola, na extensão de 223 kms, grande parte dos quais em território Suiço.
Numa etapa de transição, um grupo de 25 ciclistas fugiu ao pelotão.
A pouco mais de 5 kms do fim os espanhois Luís Laverde da Panaria e Francisco Perez das Ilhas Baleares, escaparam-se aos colegas de fuga.
Sobre a meta Laverde foi o mais forte, superiorizando-se ao antigo pupilo de Manuel Zeferino na Maia.
Os restantes fugitivos chegaram 7 segundos depois com Paolo Tiralongo á cabeça.
O pelotão apareceu com 7:44 de atraso.
Na geral, o francês Sandy Casar que foi 7º na etapa, subiu ao 6º lugar a 8:01 do intocável Ivan Basso.

O campeão Olímpico, Paolo Bettini da QuickStep foi o primeiro na chegada aBréscia, terra onde Jorge Cadete espalhou o perfume do seu futebol em meados dadécada de 90.
O sprint final foi emotivo com, Bettini a superiorizar-se por menos de meia roda ao alemão Olaf Pollack da T-Mobile.
Na geral nada de novo a assinalar.

Ao 16º dia, a montanha voltou, numa etapa com chegado ao Monte Bondone.
Em jeito de brincadeira Simoni perguntou: "Basso estás preparado para amontanha?" , ao que o camisola rosa retorquiu: "Com uma equipa como esta só possoestar preparado" .
Os 2 deram grande espectáculo, contudo Basso provou uma vez mais, ser o homem mais forte do Giro.
Com a CSC a tomar a frente da corrida, logo que se chegou à última subida, o numeroso grupo que seguida na frente foi-se fraccionando.
Di Luca foi o primeiro, seguindo-se Salvodelli e Cunego.
O jovem italiano da Lampre foi inclusive o maior prejudicado chegando com mais de 4 minutos e meio de atraso. Pensamos que Cunego preparou mal a época, uma vez que ficou em forma demasiado cedo, dando agora um estouro monumental.
Voltando à etapa... quando o trabalho da CSC acabou, restavam na frente, Basso, Simoni, Gutierrez e Leonardo Piepolli.
Simoni atacou.
"Da minha casa vejo toda esta subido. Conheço cada metro de estrada. Se Bassonão estiver forte eu vou atacar" --> Simoni momentos antes da partida
Basso seguiu na roda, deixando para trás o líder da Saunier Duval. Gutierrez era 3º, seguindo com Piepolli, colega de equipa de Simoni, que tinha ordens para não ajudar em nada o espanhol.
Na meta Basso foi 1º, Simoni chegou com 1:26 de atraso. Piepolli (1:37) roubou os segundos de bonificação ao bater Gutierrez no sprint para o 3º lugar.
Salvodelli perdeu 3:27 e viu o seu 3º lugar ameaçado, uma vez que só tem 17 segundos de vantagem sobre Simoni.
Belli, Pelizotti e Casar confirmaram o bom momento.

A 17º etapa, ficou marcada pelo encurtamento devido à neve e ventos fortes. Os últimos 5 kms a subir e em terra batida, acabaram por ser eliminados.
Basso deu mais uma demonstração de classe, contudo o líder da CSC teve um ataque de generosidade ao permitir a vitória de Leonardo Piepolli, a 2ª do carequinha da Saunier Duval na presente edição do Giro.
De salutar igualmente a atitude de companheirismo de Simoni que ao constatar que não conseguiaseguir no ritmo do camisola rosa, deu carta verde a Piepolli. Foi a 2ª vez na presente edição do Giro que o pequeno grande ciclista permitiu ao seu valoroso companheiro brilhar.
Apesar de ter chegado na 8º posição a 48 segundos do vencedor, o líder da Saunier Duval subiu ao pódio, trocando de posições com Paolo Salvodelli.
José Enrique Gutierrez (Phonack) confirmou a 2ª posição da geral ao ser 3º somente a 15 segundos. Franco Pellizotti (4º a 19s) afirma-se cada vez mais como o líder da Liquigas, em deterimento de Danilo di Luca (desceu para a 13ª posição), que está a ser um verdadeiro fiasco. Para concluir, uma palavrinha para John Gadret (AG2R), o homem que veio do cross. Parece que os franceses encontraram um trepador.

Ao 18º dia, o alemão Stephan Schumacker venceu na chegada a Gemona del Friuli.
O alemão foi um dos grandes animadores da tirada, juntamente com os 4 companheiros de fuga, Marzio Bruseghin (Lampre), Jose Ivan Gutierrez (Caisse d'Epargne), David Lopez (Euskaltel) e Charlie Wegelius (Liquigas).
O quinteto decidiu entre si a vitória com Stephan a repitir a façanha da 3ª etapa.
O pelotão chegou com 2:43 de atraso liderado por Paolo Betini. Desta forma o homem da CSC roubou a camisola dos pontos ao compatriota Ivan Basso (líder da montanha e da geral individual).

Para finalizar, um olhar sobre o que se está a passar com Manolo Sainz e a Liberty Seguros. Depois de Isidro Nozal, Nuno Ribeiro e Roberto Heras, só faltava mesmo este escândalo para abalar a poderosa equipa espanhola.
Como amante da modalidade fico triste ao assistir a estes factos. Por favor façam alguma coisa.

2 Comments:

At 5:57 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Nice colors. Keep up the good work. thnx!
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At 7:58 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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