Giro de Itália
A 10º etapa consagrou Franco Pelizotti da Liquigas . O ciclista italiano bateu ao sprint o vencedor da volta a Portugal do ano passado, o russo Vladimir Efimkin da Caisse d'Epargne.
A etapa foi dramática para o belga Axel Merckx da Phonac. O filho do "Canibal" atacou a 10 kms da meta, escapando-se a um grupo de sensivelmente 20 unidades que seguia com cerca de 6 minutos de vantagem sobre o pelotão.
O km final coincidiu com uma rampa com 7% de inclinação, com o belga a ver ruir o sonho a 200 metros da meta.
A vitória valeu a Pelizotti a subida ao 4º posto, sendo o homem da Liquigas aquele que mais lucrou com a fuga em termos de classificação geral.
"Sabia que não era o mais rápido, por isso decidi atacar. Acho que fiz bem. Sinto-me cansado, o Giro já teve muita montanha. Posso vir a desistir para estar em forma para ajudar Floyd Landis a vencer o Tour. Ele pode vencer este ano" -- Axel Merckx
Após o dia de descanso, o Giro voltou à estrada para um dia de grande espectáculo.
Foi o contra-relógio individual. 50 kms planos realizados na Toscania.
Um senhor de nome Jan Ulrich saiu vencedor com o tempo de 58 minutos e 48 segundos.
O camisola rosa Ivan Basso terminou com 28 segundo, ganhando bastante tempo à concorrência, em especial a Damiano Cunego que mesmo largando 5 minutos antes de homem da CSC acabou dobrado.
Salvodelli, Honchar e Gutierrez foram os únicos favoritos a defenderem-se mais ou menos bem, podendo ainda sonhar com um dia menos bom de Basso.
Com esta etapa podemos concluir que Ulrich no auge da forma, ganhará sempre 1 minuto e meio a Ivan Basso num contra-relógio do Tour.
Com 2 contra-relógios o alemão terá sempre uma vantagem de 3 minutos para gerir na montanha, terreno onde o italiano é mais forte.
Promete!
A 12ª etapa ligou Livorno a Sestri Levante, numa extensão de 171 Kms.
O espanhol Joan Horrach antigo ciclista da Maia Milaneza, agora na Caisse d'Epargne/Balears foi o primeiro a cruzar a linha de meta, escapado-se aos seus colegas de fuga já no último km.
Realce pela negativa para o azar de Emanuelle Sella (Ceramica Panaria-Navigare) e Manuele Mori (Saunier Duval) que caíram 2 vezes no espaço de 5 kms.
Apesar da fatalidade estes 2 autenticos guerreiros conseguiram acabar a escassos 5 segundos de Horrach.
Com o pelotão a chegar com 7 minutos de atraso, Wladimir Belli (Selle Italiaque) que foi 6º a 5 segundos do vencedor, subiu ao 5º lugar, estando agora a 5:31 de Basso.
Muita montanha, na 13ª etapa, com 218 kms a ligarem Alessandria à estância alpina de La Thuile.
No dia em que Leonardo Piepoli (Saunier Duval) foi rei, Ivan Basso deu mais uma prova de força à concorrência. Mesmo sendo 2º a 44 segundos de Piepoli, o italiano ganhando tempo a todos os concorrentes mais directos.
o 2º da geral Jose Enrique Gutierrez e Gilberto Simoni chegaram a 1:19 do vencedor.
Salvodelli poderá ter hipotecado as parcas hípóteses que ainda tinha em renovar o título, ao chegar com mais 2:36, na companhia de Damiano Cunego.
Na geral Basso lidera, Gutirrez está a 3:27 (grande volta do gigante espanhol da Phonac), Salvodelli está a 5:30, Belli continua a ganhar lugares, já é 4º, o velhinho Simoni é 5º continuando a ser um enorme ciclista. Quanto Cunego e Di Luca, são 8º e 9º respectivamente, confirmando a decepção.
O dia 13 foi igualmente fatal para o russo Honchar que se "afundou".
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