13 outubro, 2006

Eusebiusz da Silva Ferreira


Marcou-nos dois golos e ainda ficámos a saber que o seu 1º nome não se deve ao craque português mas sim a Santo Eusébio, adorado na Polónia. E lá se foram 3 pontos e o orgulho por alguém se lembrar das nossas grandes figuras a tantos quilómetros de distância...

11 Comments:

At 3:39 da tarde, Blogger Jota said...

Gilberto, não se foram três pontos, mas sim um, que era o objectivo de Portugal na visita à Polónia.

Vi o jogo em diferido num hostal de Granada e tirei algumas notas:
- Quem joga para empatar muitas vezes perde.
- O resultado não foi mau para Portugal; um 4-1 seria mais justo.
- Ricardo Rocha voltou a provar que é um Hugo mais enérgico.
- Ricardo Carvalho voltou a mostrar que é um bom produto de marketing; mais uma falha monumental, que com sorte acabou no poste; já tinha tido uma frente ao Azerbaijão, mas esses... coitadinhos.
- Costinha continua a mostrar que aquilo não é nada com ele; já o tinha feito, por exemplo, no Euro 2004, mas um lugar cativo é um lugar cativo.
- Se Scolari quer fazer melhor no Euro 2008 do que fez no 2004, não seria melhor começar a fazê-lo na qualificação?

 
At 7:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Os centrais, longe de terem feito uma exibição porreira, foram os menos culpados pelo que de muito mau se passou defensivamente. A sua velocidade (ou "garra" como gostam de dizer em relação ao Rocha) ainda nos poupou de um ou dois golitos eusébianos. O mal foi colectivo, mas da desgraça destacam-se a negro as prestações em débito de Petit (fora de forma há meses), Costinha (futebolista reformado desde 2003), Miguel (que é um grande jogador, mas passou o jogo inteiro a ser papado pelas costas...) e o Valente que de valente teve nada.

Lá mais na frente a desinspiração foi total.

Palpita-me que esta derrota, à semelhança do que se passou no Euro 2004 após o primeiro confronto com a Grécia, ditará algumas mudanças nos eleitos. Não me parece mal. O Moutinho merece.
O Quaresma não sei.

 
At 11:27 da tarde, Blogger Tiago Gonçalves said...

Já agora, o Record atribuiu nota 1 ao CR, enquanto Costinha, Petit ou Deco tiveram 2( Rocha foi também um dos poucos com 1). Tendo em conta que o Ronaldo até foi dos mais mexidos e que ficou condicionado durante grande parte do jogo, após uma cacetada de um polaco, penso que a comunicação social está a transportar para cima dos seus ombros aquela pressão que existia sobre o Figo: ou fazia uma exibição de indubitável bom nível ou era o "pesetero" miserável.

P.S.: Porfírio, sendo tu homónimo de um médio de ataque com alguma qualidade, porque é que na blogosfera usas o nick de outro bem pior? Não seria mais lógico "Robben", "Ronaldinho", "Kaká","Zidane",...
E tendo em conta que o teu verdadeiro homónimo só joga bem contra clubes pequenos, e rubricando tu sempre boas exibições no Pinhal Novo, será que os nossos adversários são fracos?

 
At 11:18 da manhã, Blogger Mats Jagunço said...

Confesso que não vi o jogo da selecção e tão pouco li as crónicas dos jornais. Contudo, continuo a ver um "endeusamento" do Cristiano Ronaldo que sinceramente não compreendo e me faz alguma confusão!!! Se Carvalho é um belo produto de marketing, eu diria o mesmo de Ronaldo. É muita parra e pouca uva. Muito bonito para o circo mas mtas vezes (demasiadas) pouco para o jogo colectivo da equipa. Querem fazer dele o melhor do mundo, mas ainda tem de comer muita sopinha para chegar à classe de um Figo, de um Zidane, de um Kaká,de um Deco e por aí fora!
E tanta gente chocada por ele não ter ganho o prémio de melhor jovem do mundial... Não ganhou e bem!

 
At 2:42 da tarde, Blogger Jota said...

Mats, desculpa mas não concordo com a comparação entre o Carvalho e o Ronaldo. O primeiro continuo a dizer que é um bom central, mas está muito longe de ser um dos melhores do mundo, como a Imprensa portuguesa quer fazer crer. E com 28 anos, não acredito que progrida muito. Já o Ronaldo tem todas as condições para ser dos melhores do mundo: técnica, habilidade, velocidade, bom remate com ambos os pés, bom jogo de cabeça. Não te esqueças é que só tem 21 anos. Se ele não se tornar num dos melhores do mundo será apenas por uma questão de cabeça (mais concretamente, de falta dela), não por falta de condições técnicas e físicas. Claro que também não foi o melhor jovem do Mundial, como clamava a chauvinista Imprensa tuga. Esse foi indiscutivelmente Podolski.

 
At 5:00 da tarde, Blogger Mats Jagunço said...

Mas eu não os comparei, nem pouco mais ou menos. O que disse é que se um é produto de marketing, o outro não fica atrás. Claro que o Ronaldo tem umas potencialidades acima da média, mas apesar de não se "ter perdido" como o Quaresma (graças a Sir Alex), penso que para chegar a melhor do mundo tem de melhorar muito o seu jogo colectivo, perder um pouco do vedetismo e ser mais regular. Para se ser o melhor do mundo pode-se não fazer sempre grandes exibições de levantar um estádio, mas joga-se no mínimo sempre bem!

 
At 6:51 da tarde, Blogger José Cavra said...

Mesmo lesionado na mão, o Mats continua a tecer comentários... e dos bons.
Neste momento Carvalho´(posição à parte) é mais jõgador dq ronaldo. (merda pro teclado do PC da minha namorada)!

 
At 6:53 da tarde, Blogger José Cavra said...

Carvalho é campeao nacional há 4 anos seguidos, Deco idem.
é um excelente jogador com lugar em qualquer equipa do mundo.

 
At 11:43 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Gilberto,

"Passo por uns miúdos - nove, dez, onze, doze anos - que jogam à bola no mesmo lugar onde eu jogava quando tinha a idade deles. Aos onze anos não havia para mim nada de estranho em chamarmos ao lugar o «jardim do Salazar». Será que ainda lhe chamam assim? Será o do Cavaco? O do Guterres? O do Durão? É aquele jardim ao lado da residência oficial do primeiro-ministro, que hoje está muito mais bem tratado do que no meu tempo. Mas o jogo dos miúdos - parei e fiquei a ver - é igual ao que era: mais gritaria que talento, os miúdos naquela idade parecem meio desengonçados e pequenos demais para o tamanho e o peso da bola.
No entanto, entre nós havia uma estrela, o Hugo Porfírio - que depois jogaria no Sporting, no Benfica, em Inglaterra, em Espanha e, da última vez que li num jornal desportivo, em Chicago. O Hugo não era só incrivelmente talentoso para os nossos padrões; mesmo entre os futebolistas profissionais deve ter sido dos mais talentosos que apareceram nos últimos quinze anos. O que é curioso é que, ao contrário do que se possa imaginar, para jogar bem futebol não basta saber fintar e, embora o Hugo tivesse um talento quase inexcedível nesse aspecto (o Dominguez, que andou no meu liceu, também tinha), como jogador não chegou a grande coisa (ainda que tenha sido o mais jovem convocado da selecção nacional no Europeu de Inglaterra, em 1996).
Acho que o problema é que o Hugo não gostava - não gosta - particularmente de jogar à bola. Lembro-me de termos dez, onze anos e ele gozar com a minha paixão exagerada pelo futebol. Ele tinha um talento desmedido para a finta - e não só no futebol, mas também no andebol, que jogámos federados, no Pedro Nunes. Quando tinha dez anos, eu ia com o Filipe Hasse Ferreira à tarde para a escola só para assistir aos jogos da turma do Hugo e do Gil. O Gil, se não me engano, nem chegou a ir estudar para o secundário nem se tornou futebolista - tinha muito talento mas foi ajudar o pai na loja, ou coisa parecida. O Hugo foi meu colega mais tarde também no Pedro Nunes.
No ano em que vivi em Inglaterra o Hugo Porfírio estava a jogar no West Ham e lembro-me bem do primeiro jogo dele que fui ver - que foi também, se não estou em erro, o último jogo da carreira do Futre, que tinha sido o nosso herói de infância quando fomos colegas. O Estádio do West Ham vinha abaixo com o público a gritar «Hugo! Hugo!». Os ingleses estavam malucos com as fintas daquele português que tinha chegado havia poucas semanas. Mas por isso mesmo: porque tinham sido poucas semanas. Dois meses depois e, embora fosse a estrela da equipa, já nem convocado era, presumo que por ser incorrigivelmente insubordinado e não se dar ao trabalho de correr nem defender. A história repetir-se-ia em Espanha, no Racing Santander, onde o Hugo recebia para aí o dobro do segundo jogador mais bem pago do clube e se tornou reservista ao fim de uns meses, e também no Benfica.
Tenho pena que ele não tenha chegado a ser um grande jogador. Em compensação, fez mais dinheiro do que eu alguma vez poderei sonhar e agora possivelmente vive em Chicago, sem muito trabalho. No final das contas, quem gostava mesmo de jogar à bola não era ele, era eu."
O texto é do Ivan Nunes e está em
http://a-praia.blogspot.com/2003_11_01_a-praia_archive.html

 
At 8:04 da tarde, Blogger José Cavra said...

Belo texto Porfírio.
Realmente o Hugo Porfírio foi a par do Dani e do Gil grandes talentos que desapareceram por culpa própria.
Eu e o Mats temos um caso parecido na nossa terra. Chama-se Joel Pires e jogou no Beira-Mar, Boavista, Chaves, Navanl...

 
At 10:15 da tarde, Blogger Tiago Gonçalves said...

Muito bom o texto, sem dúvida.

 

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