17 setembro, 2006

Um móvel feito à mão

E prontos, chegou o dia. A euforia em Alvalade sofreu esta noite o primeiro revés da temporada. Era uma questão de tempo, depois de um início de temporada quase perfeito. Na verdade, o que se passou no Sporting-Paços de Ferreira não me surpreendeu, é uma situação natural no seio de uma equipa que quer ser grande mas ainda não é. Basta ver o que aconteceu ao Benfica no ano passado, e na diferença entre as prestações na Liga e na Champions.

O jogo de Alvalade, na verdade, foi muito parecido com o da primeira jornada, frente ao Boavista. O Sporting fez uma primeira parte demasiado passiva e tentou dar a volta no segundo tempo. No primeiro caso correu bem, no segundo não. Talvez tenha faltado a frieza de Deivid, desta vez.

Na terça-feira o Sporting venceu o Inter e fez sensação na Europa. No sábado o Paços de Ferreira venceu o Sporting e fez sensação em Portugal. Mas, deixem-me que diga, são sensações algo diferentes. O Sporting foi melhor que o Inter e mereceu inteiramente o triunfo. Já o Paços não foi melhor que os leões, mas teve a chamada vaca, que aparece em certos momentos de uma época. Infelizmente, calhou-nos a nós. Várias vezes aplaudi adversários que ganharam ou empataram em Alvalade. Não foi o caso da equipa de Mota, que jogou para o 0-0 e viu sair-lhe a lotaria. Não fiquei a respeitar nem a temer mais o Paços depois de hoje. É legítimo jogar assim, na luta pela sobrevivência, mas só reforça a convicção de que a redução do número de equipas foi ineficaz, no que respeita ao aumento da competitividade e da qualidade da Liga. Isto porque tirando os primeiros seis ou oito classificados, as restantes equipas têm sensivelmente a mesma (pouca) qualidade. Por isso, mais que oito equipas já permite indigência futebolística a mais.

O Sporting tem de rever rapidamente a forma como entra nos jogos, especialmente nestes frente a equipas inferiores. Se não entrar a matar está a dar trunfos ao adversário. Escusadamente. Mas até acho que reagimos bem no segundo tempo. Percebendo que, desta vez, Nani e Moutinho não estavam a conseguir criar jogo, a equipa começou a optar por passes longos para as alas, de onde saíram inúmeros cruzamentos. Foi o suficiente para criar quase duas mãos cheias de oportunidades flagrantes. Três defesas incríveis de Peçanha, uma bola na trave e uma batelada de remates para fora impediram a equipa de Paulo Bento de somar três justificados pontos. Penso que não há que desanimar, um jogo deste tipo acontece de tempos a tempos. Recordo-me que no ano do último título também perdemos em casa com o Alverca nas primeiras jornadas e recuperámos do choque. Se a equipa reagir com uma vitória já na Vila das Aves, tudo voltará à normalidade.

Nos quatro jogos oficiais já disputados o Sporting foi sempre superior ao adversário, criou mais oportunidades e gerou maior volume de jogo. Mas Liedson anda desinspirado e Bueno e Alecsandro ainda têm muito que provar. Infelizmente não somos o Chelsea, onde Mourinho começou por ter Kezman; o sérvio não vingou, não faz mal, traz-se o Crespo de volta; o argentino queria regressar a Itália, tudo bem, venha daí o Shevchenko. Convenhamos que assim é mais fácil.

Claro que, depois do belo título que dei à posta, não podia deixar de falar no assunto. Houve muita mãozinha no triunfo do Paços. Além do golo de Ronny, que provou ser um ponta-de-lança completo (será que já marcou de bunda, o sonho de Jardel?), por três vezes os jogadores pacences cortaram intencionalmente jogadas leoninas com a mão. Nunca mereceram sanção disciplinar. Li nos jogos em directo da Bolha e do Jogo que os lances em que Moutinho e Liedson caíram na área eram mesmo merecedores de penalty. O que me leva a reflectir: nunca a suspeição sobre os árbitros foi tão grande como agora, mas eles enganam-se cada vez mais e de forma mais grosseira. Será que se perdeu toda a vergonha e o pudor e o sentimento de impunidade é cada vez mais forte? Ou será que eles são mesmo maus, pior ainda do que se pensava? Qualquer que seja o caso, é muito grave. Se as equipas portuguesas (incluindo a selecção) têm evoluído desta maneira com estas condições, o que seria se a organização do futebol tuga fosse um mundo são?

24 Comments:

At 1:51 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Quando uma equipa perde um jogo em q o seu GR não faz uma única defesa, falha 2 ou 3 "golos" de baliza aberta, vê um ladrão roubar-lhe 2 penaltis e validar um "golo" metido com a mão..., há mais alguma coisa para dizer?
Acho que não sei..., só me ocorre... GATUNO, filho de uma grande puta, como lhe chamou o "pitbul" depois de lhe ter escarrado nas trombas e dado uma cabeçada!

 
At 10:30 da manhã, Blogger Rika said...

Perdoem-me caríssimos sportinguistas, mas agora já doi? Agora já percebem melhor o que sente várias vezes um benfiquista!
Não vi o jogo é verdade, apenas vi o golo na sic notícias à 1h pouco depois de ter chegado a casa. Só não percebo tanta indignação. Ou melhor, percebo mas não compreendo. Percebo porque realmente é injusto sofrer-se um golo absurdo como aquele. Sim, é verdade, não deveria ter sido validado. Mas mais escandaloso foi aquele golo que não foi mas deveria ter sido o ano passado com o leiria. Aliás, nem é preciso recuar tanto. Basta recuar uma semana. Não vi indignação alguma quando o sporting venceu na choupana com um golo também irregular. E não venham com tretas que uns são mais irregulares que outros. Ou é ou não é! Nem me venham dizer que o sporting foi superior e que por isso a vitória foi justa. Balelas!!! O que conta são os golos e sem aquele provavelmente o sporting não tinha ganho. Claro que o inverso também se aplica ao jogo de ontem, mas há uma semana não vi indignação com erros grosseiros da arbitragem (e não falo apenas do sporting-acional; lembram-se da expulsão do Ricardo Silva que não chegou a acontecer quando o benfica ainda tinha onze? Claro que não jogámos a ponta de um corno, mas tal como ontem, ninguém pode garantir que o resultado não seria completamente diferente). Tão pouco vi manchetes das capas dos jornais com a falta do Nani. Claro que não há nada mais importante para fazer manchete. Todos os anos ganhamos duas vezes a Israel e nos qualificamos para o Europeu de Basquetebol por isso o apuramento de ontem é pouco relevante. Falem agora do benfica, que os jornais isto, os jornais aquilo. Infelizmente (ainda que compreensível) as capas dos jornais são feitas para vender. Hoje, vende o sporting. Normalmente, vende o benfica... Por muito que vos custe!

 
At 11:06 da manhã, Blogger Jota said...

Rika, eu também não vi manchetes com a falta do Nani, mas vi manchetes a dizer "Foi golo", após um célebre Benfica-Porto em que ninguém conseguiu provar que a bola entrou. No Nacional-Sporting houve realmente falta do Nani, mas compreendo a não marcação da falta à luz do critério que o Paulo Paraty (péssimo árbitro, mais um) utilizou no início do jogo. Se na falta do Fernando Cardozo sobre o Bueno, seguida de peitaça para o árbitro, ele entendeu que só merecia amarelo, claro que o que o Nani fez ao Ávalos não podia ser sancionado. O Paraty fez uma má arbitragem, mas não tendenciosa, pois foram inúmeros os lances de prejuízo leonino, incluindo uns injustificáveis 7m 30s de compensação.

Ontem eu estive em Alvalade e percebi a tendência da coisa. Não foi só o golo, não foram só os penalties, foi muito mais. Foram os cortes com a mão não sancionados disciplinarmente, foram os poucos minutos de compensação, em ambas as partes. Claro que tão culpado como o árbitro foram os jogadores do Sporting que falharam inúmeros golos. Como disse no texto, jogos destes acontecem de tempos a tempos, tanto na quantidade de erros arbitrais, como nos golos falhados. Saiu o brinde ao Paços, não que tenha feito por o merecer.

Quanto ao Benfica, o choradinho tem mais a ver com manias de grandeza (entretanto perdida) do que por razão efectiva. Quando dizem que têm que lutar "contra tudo e contra todos" fico confuso. Se 60% da população portuguesa torce pela águia, no máximo lutam contra 40%. Tendo em conta que desses 40% muitos não se interessam por futebol, lutarão para aí contra 25 ou 30%. Se mesmo assim o poder do futebol está contra vocês, é um grande galo. E uma grande improbabilidade estatística.

 
At 11:36 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Foda-se, mas foi o Paulo Paraty que fez aquele chapéu ao guarda-redes do Nacional???

É possível comparar o lance do Nani com o de ontem?

Irra...

 
At 1:22 da tarde, Blogger Rika said...

Caro Jorge, como disse, não vi o jogo de ontem, nem sequer um resumo. Apenas vi o lance do golo e é verdadeiramente escandaloso. O que tentei evidenciar relativamente aos jornais é que o interesse económico fala mais alto do que o interesse jornalístico.


"Se na falta do Fernando Cardozo sobre o Bueno, seguida de peitaça para o árbitro, ele entendeu que só merecia amarelo, claro que o que o Nani fez ao Ávalos não podia ser sancionado."

Por acaso tinha ideia que o golo tinha sido antes da bárbara entrada do Cardozo, mas também é irrelevante. Aquilo não era vermelho; eram dois ou três!!! Mais um ou dois pela peitada dada no árbitro. Mas isto só me dá razão! Como ganharam, niguém se mostrou indignado nem se fizeram capas de jornais com a péssima arbitragem! Dessa vez não ouvi os senhores dirigentes do sporting chorar. Mas esse é um mal que não afecta só o vosso clube. Não há quem tenha a coragem e dignidade de admitir que foi beneficiado. Por exemplo, também na jornada passada, aquando da flash interview perguntaram ao Paulo Machado (penso eu) se o penálti a favor do Leiria era de facto falta para grande penalidade. O que respondeu ele? "Se o árbitro marcou, é pénalti!" Vai prá puta que te pariu é o que apetece dizer. Mas como a mãe dele não tem culpa nenhuma e eu não digo palavrões, não digo!

Quanto ao choradinho e à grandiozidade do benfica, o que me apraz dizer é que não concordo e concordo. Ou seja, não concordo que estejamos sempre a chorar e muito menos sejamos os que mais choram. Mas não entremos por aí... No que o amigo Jorge escreve sobre a grandiosidade do benfica, confesso que os números também me baralham um pouco. Não tenho dúvidas que o benfica é o maior clube desportivo português (o maior clube é o ACP), mas tenho dúvidas que 60% da população esteja a torcer pelo clube da águia. Que é o maior, é! O melhor, isso já é subjectivo!

Caro precípio alves... Ninguém comparou o golo de ontem ao do Nani. Mas que são os dois precedidos de falta, são e como tal não deveriam ter sido validados. Nunca disse que a execução técnica do Nani não tinha sido perfeita!!!

 
At 1:25 da tarde, Blogger Rika said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 
At 1:27 da tarde, Blogger Rika said...

Ah... Quanto ao golo do Petit na Luz frente ao nosso Porto, e apesar de ter estado no estádio por acaso no enfiamento dessa baliza e de me ter dado a nítida sensação de golo, também acho que é impossível alguém dizer que a bola tenha mesmo entrado, tal como era impossível o fiscal de linha ter visto!

Já agora, e também só para meter pirraça, também estive no estádio e o golo do luisão ao sporting foi um frango de todo o tamanho do ricardo. Eu sabia que ele era benfiquista desde pequenino...

 
At 2:39 da tarde, Blogger José Cavra said...

Erros de arbitragem acontecem e irão smp acontecer.
Contudo nao posso deixar de enaltecer os comentários de José Mota: "Peço desculpa mas ainda não vi o lance".
Incrivel como os treinadores nunca vêm os lances em q são beneficiados.
Paulo Bento o ano passado no jogo contra o Leiria tb disse: "É possível q a bola tenha entrada, eu não vi, mas disseram-me q é possível".
Hilariante.
Comentários q merecem 1 blog inteiro.

 
At 4:02 da tarde, Blogger Tiago Gonçalves said...

Hilariante é escolher árbitros e depois dizer que isso é prova de honestidade e desejo de transparência. Isso sim é ridículo.

 
At 4:38 da tarde, Blogger Jota said...

Rika, ainda bem que falas no golo do Luisão. Eu li vários comentários a dizer que o lance tinha sido falta, até do próprio Collina. Mas na minha opinião aquilo é sobretudo um grandessíssimo perú do Ricardo. Aliás ainda me lembro de ter mandado um sms para alguém a seguir ao jogo com uma frase do género: "Sendo o Ricardo benfiquista desde pequenino, é natural que tenha querido entrar para a história do clube." Além do mais meteu-me nojo a forma como o Sporting encarou esse jogo, nitidamente a jogar para o 0-0 quando podia ter ganho o jogo a um Benfica ainda mais nervoso que nós. Mas o grande Peseteiro resolveu colocar uma dupla ofensiva formada por Sá Pinto e Douala...

Como deves calcular, essa derrota doeu-me muito mais que a de ontem, que não decide nada. Mas ontem senti mesmo que estávamos a ser travados e não só pelo anormalmente fabuloso Peçanha.

 
At 6:53 da tarde, Blogger Tiago Gonçalves said...

- Amigo Rika, quando quiseres começar a postar força. Se puderes criar uma nova conta para teres um novo "display name" agradeço, mas o importante é contruibuires com a tua qualidade para este antro de isenção e rigor.

- Segundo Coroado e Rola(ambos insuspeitos), do Tribunal do Jogo, ficaram ainda 2 penaltys por marcar a favor do Sporting. Porém, tenho de desculpar o juiz da partido, ainda em estado de choque devido ao assédio sexual do Petit.

 
At 1:09 da manhã, Blogger leão verde said...

Bem, hoje já estou mais calmo e com a cabeça mais fria.
De facto demos 45 m de avanço e isso, contra equipas deste calibre, é, por vezes, fatal. Mesmo sem o golo.
Na 2ª parte fizemos o suficiente para ganhar, apesar de todas as incidências.
E essas incidências são miseráveis. O golo é ilegal! ILEGAL! Não foi um corte a meio campo em falta que dá origem à jogada de golo, com conclusão difícil mas vitoriosa. Não foi um arranque em fora-de-jogo, onde era ainda era preciso contornar o guarda-redes. FOI UMA MÃOZADA A 6 METROS DA LINHA DE GOLO! Não ver isto e querer comparar com a semana passada não é cegueira, é tentarem fazer-nos de parvos. E que gostem de viver no engano e no populismo é convosco, que nos queiram fazer de parvos isso é que não.
Por isso aceito o desafio.
Na semana passada o golo do Sporting nasce de um corte ilegal. Falta sobre o Ávalos na intermediária do Nacional. Depois? Nani contorna-o, passa a Bueno que corre para a área, pára, levanta a cabeça e atrasa a bola para o Nani. Este vê a posição do guarda-redes e faz a bola passar-lhe por cima (o guarda-redes estava de pé). Ontem: bola atirada para a área do Sporting, mãozada a 6 m da linha e bola dentro da baliza.
Continuemos. Depois do golo de Nani, mais nenhum erro do árbitro beneficiou o Sporting. Em compensação houve vários a prejudicá-lo. Cardozo ficou em campo mais tempo do que devia (esta nem vou explicar), o cotoveleiro Ávalos passou o tempo a dar cotoveladas e não viu nenhum amarelo, o caceteiro Cléber só tarde e a más horas viu amarelo, depois de todo o pau que deu.
Ontem, além do golo vergonhoso, ficou um penalty por marcar (confesso que não consigo, em consciência, considerar penalty o lance de Moutinho, mas também não me pareceu simulação). Ainda: 4 foras-de-jogo mal assinalados (para sermos justos, o Paços também teve 1), todos com perigo para a baliza contrária, e ainda dois amarelos por mostrar a jogadores do Paços que cortaram dois contra-ataques com a mão. Podiam até nem ter sido expulsos a seguir, mas condicionava-os. Assim, puderam continuar a fazer o que bem lhes apetecia.
Não há dúvida que foi parecido.
Não costumo discutir árbitros. Hoje abro uma excepção, em face da má-fé existente nos paralelismos entre o jogo na Madeira e o jogo de ontem. Não me queiram fazer de parvo, nem queiram fazer os sportinguistas parvos.

 
At 11:36 da manhã, Blogger Tiago Gonçalves said...

Subscrevo, Leão Verde.

 
At 9:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Caros lagartos e em especial Leão Verde,

Compreendo a vossa indignação em relação à arbitragem do sadino João Ferreira, em Alvalade, frente ao Paços. Estar a discutir o lance que ditou o desfecho do encontro é rídiculo. Julgo que até o Stevie Wonder "via" a mão do Ronny.

O que me deixa abismado é a postura da massa associativa verde-e-branca perante dois erros das arbitragens. Segundo os olhos esverdeados, a actuação de Paulo Paraty na Choupana foi má, mas, dos muito erros que cometeu, o único que teve influência no resultado foi aquele que favoreceu o Sporting. Isso é irrefutável.

De acordo com a opinião do Leão Verde (LV), corroborada pelo Gilberto Mandamil, a falta de Nani sobre Ávalos não é motivo suficiente para conferir a ilegalidade do lance que veio a dar em golo. Ou seja, qualquer lance que seja precedido de falta e que dê em golo, na opinião do LV não justifica a invalidação da jogada. Nunca tinha ouvido ou lido tamanho absurdo.

Recuando uns meses atrás, o célebre lance do golo ( que acabou por não ser) da U. Leiria não motivou indignação por parte dos dirigentes leoninos. Infelizmente, e não acontece só com o clube dos viscondes, em Portugal quando se é beneficiado há mil e desculpas para relativizar as falhas, mas quando se é prejudicado, o discurso é demolidor. Desde cabalas até à teoria da conspiração tudo é valido. Mas como disse anteriormente, é um mal que afecta todo o mundo futebolístico nacional.

Não quero com isto dizer que o Sporting não tem razão, muito pelo contrário, tem muito por onde se queixar, mas minimizar um erro que deu ao Sporting a vitória e potenciar outro que lhes "roubou" pontos é inadmissível, por muito que justo que seja. Há que saber ter um discurso coerente e não "puxar a brasa à nossa sardinha" quando nos convém.

 
At 11:39 da manhã, Blogger Tiago Gonçalves said...

O livre que deu origem ao golo(ilegal, na minha opinião) de Luisão contra o Sporting em 2004/2005 teve origem numa falta que não existiu. Pinilla não fez falta, mas apesar das análises de alguns árbitros que partilhavam desta opinião(Jorge Coroado, por exemplo) ninguém ligou muito ao facto. Talvez porque tenha ocorrido um erro mais grosseiro a seguir...Um exemplo de uma falha que foi minimizado por não estar, segundo algumas interpretações, directamente ligada ao golo.
As atitudes dos árbitros perante a conclusão de que tinham cometido erros foram totalmente diferentes e ambas erradas.
Paraty não teve "tomates" para expulsar Cardozo após ter sido agredido, enquanto João Ferreira respondeu aos assobios com mais erros clamorosos que prejudicaram aqueles que o tinham contestado. Um tentou equilibrar os pratos da balança de forma ilegítima, outro foi "abrindo a ferida" apitando cada vez pior. Se só os erros que têm influência no resultado são passíveis de crítica, então pode haver irresponsabilidade quanto aos cartões que são mostrado e as faltas cirurgicamente mal assinaladas e que enervam os jogadores prejudicados? Ninguém está a conferir legalidade ao golo do Nani. Agora que há um fosso entre esse lance e o do Ronny acho que é óbvio. Uma coisa é a travagem a Ávalos que, à primeira vista, deixa dúvidas e onde se põe a hipótese do argentino se ter atrapalhado com a pressão do jovem leonino, sem que tenha sido cometida falta(o que não aconteceu).Até os benfiquistas que estavam comigo a ver o jogo só barafustaram após a repetição. Outra completamente diferente é um jogador que, tal e qual um Ricardo Andorinho, coloca a bola ao cantinho da baliza com um gesto técnico perfeito de andebol. Se o amigo Ciclone dos Açores não concorda com esta hierarquia de erros está no seu direito. O que eu sei é que, quando o Petit rematou para o golo fantasma frente ao Porto, a invasão ao Iraque passou para 2º plano e o sr.Olegário Benquerença foi ameaçado com um processo em tribunal. E, ao que parece, isso conta mais que as faltas que só o senhor Hélio Santos viu num célebre Benfica - Estoril.

 
At 12:28 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Caro Mandamil,

Um erro não se desculpa com outro erro. O lance do golo do Nani e lance do golo do Ronny só tem uma interpretação: ou há falta ou não há. É como a história dos buracos, não há meios buracos.

Apesar de ser benfiquista não sou cego. No ano em que o Benfica foi campeão há arbitragens completamente escandalosas, como o do Benfica-Estoril, com um penalti de fazer bradar os céus, entre outras. Como é (mau) hábito em Portugal, o Benfica não veio para os jornais dizer que o penalti sobre o Karadas tinha sido um "mergulho" para a piscina. Tal como os dirigentes do Sporting não vieram dizer para os jornais que o golo da U. Leiria tinha entrado um metro dentro da baliza, entre outras situações.

Quanto ao lance do suposto golo do Petit frente ao FCP, para mim, também não há muita discussão. Até hoje não há ninguém que possa asseguar que a bola entrou, nem com recurso às imagens televisivas. Concordo que os dirigentes encarnados empolaram em demasia o caso, talvez por ser o FCP. Mas como disse na "posta" anterior, só reclamamos quando somos prejudicados.

 
At 7:21 da tarde, Blogger Tiago Gonçalves said...

Estamos de acordo no cerne da questão, Pauleta. Porém, continuo a achar que há erros que são mais incompreensíveis que outros. É que faltas a meio-campo não assinaladas há muitas, golos com a mão é que não vemos todos os dias.

 
At 8:33 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O golo do Leiria o ano passado.. não foi tão polémico como este.
Correcto?

 
At 9:44 da tarde, Blogger José Cavra said...

Amigo anónimo, aí o discurso do Paulo foi bem diferente.
Não encontrou um desporto onde fosse possivel ao GR defender dentro da baliza.

 
At 1:23 da tarde, Blogger Jota said...

Como aqui foi dito, comparar os golos do Nani e do Ronny é ridículo. O golo do Nani não foi ilegal, foi sim precedido de falta. O do Ronny foi ilegal. Muitas faltas ficam por marcar durante um jogo e as que não dão em golo acabam esquecidas. Aquela por azar deu em golo, e logo num dos melhores do campeonato. Recordo que foi assim que o Benfica conquistou o seu último título, a Supertaça. Geovanni teve uma entrada canina sobre Ricardo Chaves (o Nani pelo menos ainda tocou na bola) e na sequência Nuno Gomes fez o golo. Em ambos os casos o árbitro esteve mal, mas a equipa que sofreu o golo também, pois tardou a reagir. No golo do Ronny, obviamente, não havia hipótese de reacção. Logo, não há mesmo comparação possível. Até porque se alguém disser que o Paraty entrou em campo para beneficiar o Sporting é no mínimo faccioso. Já o João Ferreira teve uma tendência claramente definida durante todo o jogo.

Quanto ao golo do Leiria não vou acrescentar mais nada, já foi o ano passado. Se não vou recordar também que o golo do apanha-bolas brasuca não foi inédito, já tinha acontecido num Porto-Sporting nos anos 70. Numa noite de nevoeiro um gandula portista meteu uma bola na baliza da mesma forma, mas lá ganhámos 3-2. O grande Damas disse que só conseguiu esmurrar o relvado depois do golo ter sido validado, visto que não podia esmurrar mais ninguém sem ser punido.

 
At 8:46 da manhã, Blogger José Cavra said...

Damas um grande GR, para qdo um post sobre ele?

 
At 5:29 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Os pacenCes, como escreve aqui o cromo do blog, ainda são credores de vários golos, não com uma mas com as duas mãos, depois de décadas a serem roubados pelos "grandes" merdas do campeonato. Contra o Leiria, o Ricardo tirou a bola de dentro DA BALIZA. E o que se leu, o que se ouviu? Problemas de visão do assistente foram comentados apenas no dia seguinte ao gamanço. Fair-play? Deixem-me rir. Vcs lagartos, mas também lampiões e andrades também têm que saber aguentar e não chorar. Mai nada. Ronny, o robin hood dos pobres! E não se esqueçam da mão de Vata, eleito herói da nação marroquina da Luz depois de um golo tão ou mais escandaloso do que o de Ronny. Espero que os "grandes" continuem a pagar os pecados do passado e do presente.

 
At 8:30 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Relembro um benfica - scp ha uns anitos atras em q Mário Jardel "inventou uma grande penalidade".
Na 2ª época de Camacho na Luz foi a vez de Silva. Aí as hostes leoninas enalteceram a simulação do avançado. Temos que lhe dar mérito pq enganou o árbitro...
E que tal os mergulhos de Liedson?
Onde está o fair play?

 
At 10:56 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Bom, a minha opinião sobre o assunto é a seguinte: Parece-me que terá sido uma conspiração criada pelo próprio governo norte americano, não cairam apenas as 2 torres, cairam 3.
Nesta jornada de futebol dos ditos champions, cairam apenas 2 torres. A terceira torre, não caiu hoje em Moscovo..........

 

Enviar um comentário

<< Home