06 setembro, 2006

Vuelta 2006

Fruto do brilharete de Sérgio Paulinho na 10ª etapa da Vuelta, a Malta da Tropa decidiu levantar o embargo ao ciclismo. O vice-campeão olímpico de estrada aproveitou uma jornada de transição para conseguir aquilo que Portugal já não conseguia desde os tempos de Acácio da Silva: uma vitória numa das 3 competições mais importantes da UCI. Consideramos o feito do português da Astana equiparável ao duplo ouro de Francis Obikwelu nos campeonatos da Europa ou, quiça, ao 4º lugar da selecção portuguesa de futebol no mundial da Alemanha.
Como fã incondicional da modalidade vibrei como se de um golo do glorioso se tratasse quando Paulinho (para o ano na Discovery Channel) cruzou a linha de meta em Santillana.
Numa altura em que José Azevedo parece abandonar a carreira internacional em benefício dessa enorme instituição desportiva que é o Sport Lisboa e Benfica, Paulinho afigura-se como a única saída para o ciclismo nacional além fronteiras.
Desafio o amigo leitor a sintonizar o aparelho na Eurosport 1 e acompanhar esta grande prova (o próximo Sábado promete espectáculo com o contra-relógio). Os espanhóis costumam mandar na sua volta, contudo este ano sofrem a concorrência dos 2 "Kazaques" da Astana. Depois de perder mais de 2 minutos na 1ª etapa de montanha, o fantástico Vinokourov encetou uma curiosa recuperação encontrando-se neste momento no 5º lugar a cerca de 1 minuto e meio do camisola dourada Alejandro Valverde.
O 1º dia de montanha (Danilo DiLuca venceu) ficou igualmente marcado pelo falhanço de nomes importantes como Denis Menchov (vencedor da prova no ano passado), Ivan Mayo (líder da Euskadi) e o vencedor do Tour 2006 Oscar Pereiro (será que este gajo vai recuperar outra vez 30 minutos numa etapa?).
Tentando minorar os estragos, "Vino" atacou na etapa seguinte (também ela de montanha), sendo somente surpreendido por uma ponta final impressionante de Valverde que lhe roubou a vitória sobre a linha de meta. O espírito guerreiro daquele que é possívelmente o ciclista mais excitante da actualidade valeu-lhe 2 vitórias nas 2 etapas seguintes.
Na 1ª surpreendeu os sprinters já no km final.
No dia seguinte assistimos uma demonstração de classe, que só não foi mais acentuada porque a determinada altura Alexander tentou ajudar o seu colega de equipa Andrey Kashechkin (melhor colocado). Amigos, a Vuelta está ao rubro. Valverde e Sastre levam alguma vantagem mas a Malta da Tropa tem um carinho especial pelos lutadores e Vinokourov é um lutador.

5 Comments:

At 8:28 da tarde, Blogger Rika said...

Amigo Cavra, este feito do Paulinho é de facto notável. Sinceramente sempre pensei que a prata no JO tivesse sido um pouco obra do acaso, mas a prestação na Vuelta mostra que afinal tem mesmo potencialidades.

Já agora, aproveito para lhe sugerir o jogo pro cycling manager... Se quiser é só saltar o muro que lhe empresto o cd com todo o agrado!

 
At 8:45 da tarde, Blogger José Cavra said...

llllllllllooooooooollllllllll!
Mto obrigado. aceito com todo o gosto. Já agora, o amigo arranja-me o colin mcrae e o pes4?
Atenção o meu pc so aceita cds... nada de dvds

 
At 8:46 da tarde, Blogger José Cavra said...

Só mais uma coisa... correm rumores que o amigo entrou no mundo da blogosfera.
Sendo o amigo um benfiquista dos 7 costados... está convidado caso queira a ser um defensor da nação gloriosa, valente e imortal no Malta da Tropa.

 
At 8:20 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O S. Paulinho devia ser a última razão para levantarem o embargo ao ciclismo. Senão esperem uns 10 ou 11 meses, se tanto, e verão...
zedajana

 
At 6:44 da tarde, Blogger José Cavra said...

Quem?

 

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