23 março, 2007

Nunca ganhámos à Bélgica? Pudera!

Alertou Scolari que Portugal nunca bateu a Bélgica em jogos oficiais.
Realmente é verdade, mas o enguiço esteve prestes a ser quebrado naquela famigerada partida a contar para a fase de qualificação do Itália 90.
Orientado por esse monstro da cultura táctica que era Júlio Cernadas Pereira (Juca), Portugal discutiu até à última o apuramento com belgas e checoslovacos.
A partida com a Bélgica, disputada no velhinho estádio da Luz, ainda hoje está atravessada na garganta daquela geração de jogadores e adeptos (eu incluído).
Vítor Paneira abriu o activo e encaminhou a selecção para terras transalpinas.
Quando os “olés” já entoavam nas bancadas, Silvino presenteou-nos com a maior frangalhada que há memória em jogos da selecção nacional.
Perante a estupefacção lusitana e o riso dos belgas, em especial do autor do golo Marc Vanderlinden, Silvino destruiu o que Paneira construiu.
Em Bruxelas Cleujmans, Eric Gerets, Enzo Scifo e seus pares despacharam-nos com concludentes 3-0.
No final os belgas foram lá, os checos também, nós não.
Quanto a Silvino, voltaria a fazer das suas em Praga. Com o resultado em 1-1, já perto do final, o guardião do Benfica ficou pregado ao solo não detendo um livre que entrou mais ou menos a meio da baliza...

2 Comments:

At 11:47 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Não deixa de ser um facto curioso Portugal nunca ter ganho à Bélgica em jogos oficiais, se bem que hoje em dia parece-me que a selecção Nacional é bem mais forte que a sua congénere belga.
Scolari criou uma base, incutiu um novo tipo de mentalidade, a vencedora, tirou o máximo proveito da qualidade técnica dos jogadores portugueses, aboliu os grupos de pressão e principalmente conseguiu fazer pereceber a 75% do povo português que a Selecção Nacional é um todo e não uma mescla de jogadores de vários clubes, com toda a importância que os clubes merecem como é por demais evidente.
A "clubite" que afectava os adeptos em relação à composição dos jogadores da equipa das quinas esvaneceu-se, contribuindo para isso também o facto da maior parte do onze titular actuar no estrangeiro.
Hoje temos uma selecção em fase de renovação,porventura mais enfraquecida, mas como referi mais forte que a selecção belga.
As carências de Portugal prendem-se essencialmente com a falta de laterais esquerdos de um ponta de lança fixo,e de um substituto à altura de Deco para pautar o jogo. Quanto ao resto existem alternativas de sobra para as restantes posições.
Uma palavra de repúdio para as declarações do guarda redes belga,mesmo irónicas que as tivessem sido, dão azo a tipos de situação muito desagradáveis, como as que se passaram ontem com a agressão do nosso conhecido Stephan Demol aos jornalistas portugueses.No entanto,penso que as declarações do guarda redes belga funcionarão como um estímulo a Cristiano Ronaldo e Companhia.
No entanto amanhã, é imperioso para as duas equipas vencerem o encontro, por serem as duas grandes favoritas ao 1º lugar do grupo, ocupando ambas neste momento um lugar que não se coaduna com o seu historial e todo o seu potencial.

 
At 5:19 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O Silvino largava o seu franguito, é verdade, sim senhor, que eu estava lá muita vez e vi.

O Veloso, na final com o PSV, falhou um penálti a mais que o Silvino, mas em compensação, defendeu tantos penaltes quanto o gajo das praias do sado.

Hoje o Veloso mantém o bigode e tem um filho a jogar muito bem no Sporting. O Silvino tem uma profissão deveras invejável, denominada "técnico-adjunto-do- mourinho".

Quanto aos belgas, acho que nós - em particular o Cristiano Rónaldo - é que os vamos partir. Se tal não acontecer, continuarei a dormir lindamente.

Obrigadinho.

 

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