15 junho, 2006

É um bocadinho acima, ó Becas

Quando hoje liguei a televisão, quase posso jurar que o ouvi dizer: " As equipas da América do Sul são complicadas, mas vamos dar o nosso melhor frente a Trinidad e Tobago".Vá lá, podia ter dito "Ásia"...


Impressionante a diferença entre as declarações de Costinha e as dos outros jogadores da selecção. O "Ministro" tocou ontem num ponto essencial: o facto dos lobbys que sempre estiveram na base das convocatórias raramente terem dado bons resultados. É preciso ter coragem, ainda por cima sendo um jogador que já representava a selecção quando esses grupos de pressão influenciavam a federação. A forma de comunicar do agora craque do Atlético de Madrid é o oposto do típico "estou muito feliz por estou muito contente" que os futebolistas celebrizaram ao longo do tempo. E dentro de campo a sua falta foi sentida...não me digam que o Petit faz o mesmo lugar com uma perna às costas. Sem Jorge Andrade no eixo, a cobertura de Costinha aos centrais é essencial. Pelo menos até que Meira ganhe confiança...

Não gosto da selecção da Alemanha(desculpa, Kataklinsmann), mas fiquei contente com a derrota da Polónia. É impressionante: esta selecção é ainda pior do que aquela que perdeu 4-0 connosco na Coreia. Sem ideias, um jogo feio, pouca qualidade no meio-campo...Salva-se o Zurawski e o guarda-redes Boruc. Odonkor mexeu com o jogo e foi fundamental na vitória germânica. Mas parece-me que a equipa de Klinsmann vai ter muitas dificuldades com as equipas que apresentam argumentos para ganhar o Mundial... Ainda assim, desta vez os centrais não estiveram tão desastrados e o lateral-direito Friedrich não foi um buraco, como no primeiro jogo.