12 setembro, 2005

Rescaldo do Derby

Tive a oportunidade de assistir ao 1º grande clássico da época na bancada situada entre o DUXXI e os Diabos Vermelhos, o que significa que fui alvo acidental de alguns foguetes e petardos trocados entre as duas claques. Porém, resta-me ainda parte da mão direita(apenas perdi o polegar), o que me permite partilhar a minha visão do encontro com o leitor.

O Sporting apresentou um sistema conservador, apenas susbstituindo os lesionados Edson, Beto e Custódio pelo adaptado Tello, Tonel e Luís Loureiro. Já Ronald Koeman tirou o coelho da cartola e inovou mais uma vez ao apostar numa táctica com 3 centrais, lançando o reforço Miccoli e o nº10 com apenas 1 treino realizado com a equipa, Karagounis. Maior surpresa foi ainda a inclusão de Carlitos que rendeu o homem que normalmente só brilha nos clássicos, Geovanni. Os primeiros 20 minutos foram bastante equilibrados mas, à medida que o cronómetro avançava, o entrosamento da equipa leonina revelou-se fundamental frente aos encarnados que não estavam, nitidamente, familiarizados com o sistema de jogo. João Pereira dava o seu melhor, ou seja, jogava mal, inventando em demasia e perdendo muitas bolas a meio-campo, Carlitos tentava perceber porque estava em campo, Karagounis estava exausto, Manuel Fernandes não estava a ser o mesmo jogador que tantas vezes aguentou o centro do terreno da sua equipa na época transacta. Miccoli, apesar da pouca ajuda de um Simão tapado pelo trabalhador Rogério e por Tonel, mostrava, de quando em vez, alguns bons pormenores. Não critico a tentativa de Koeman em tentar transformar este Benfica, habituado a jogar recuado no terreno por Trap, numa equipa mais ofensiva que assuma as despesas do jogo, mas não se fazem omoletes sem ovos, como chegou a dizer o mítico Manuel José, rei da Arábia.

O Sporting venceu, indiscutivelmente, com todo o mérito. Curiosamente, as opções de recurso foram fundamentais para a conquista dos 3 pontos. Luís Loureiro marcou, fartou-se de destruir jogo recuperando inúmeras bolas; Tello aproveitou Carlitos e João Pereira para mostrar trabalho no corredor esquerdo e dele nasceram os dois golos do Sporting; Tonel esteve sempre seguro. Liedson é definitivamente o pesadelo dos encarnados, João Moutinho mostrou de novo que não sabe o que é jogar mal, Sá Pinto está cada vez mais perto da reforma e só lhe resta raça. Deivid continua a querer evidenciar-se…mas não será a altura de dar uma oportunidade no 11 inicial a Pinilla? Nelson não teve culpas no golo e sempre que foi chamado a intervir fê-lo com segurança.



Boina da Tropa de Ouro:
- Liedson – O Levezinho resolveu mais uma vez com um golo magistral,mesmo com o gigante Luisão na disputa . Como prémio leva uma boina da tropa autografada pelos autores deste blog.

Boina da Tropa de Lata:
- Koeman – inventou, inventou, inventou….e perdeu.Trap sabia o que a casa gastava e por isso adaptava o sistema de jogo aos jogadores que tinha. Como dizia um conceituado cronista, Koeman quer transformar um burro num Ferrari.Irá receber a autobiografia de Luis Campos e um dicionário de castelhano-português.

1 Comments:

At 1:04 da tarde, Blogger José Cavra said...

Amigo Diogo Mário.
eu vou smp à ursolândia. aliás o seu blog está contemplado na nossa barra lateral.
Já agora quem fez este post foi o gilberto...

 

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