26 março, 2005

"Trincos"

Sempre tive uma relação umbilical com médios defensivos ou trincos como são carinhosamente chamados no nosso país.
O homem que joga à frente da defesa e a quem a redondinha atrapalha mais doque ao próprio central de marcação, o maior recuperador de bolas da equipa, o que erra mais passes por jogo e aquele que é mais vezes expulso numa época.
Apesar de serem a par dos laterais os únicos jogadores da equipa que não fazem o gosto ao pé, foram apelidados por Octávio "o Palmelão" Machado (tb ele outrora um trinco) como os melhores avançados da equipa.
A sua importância ao longo dos anos tens crescido no seio das equipas, tendo os misters em rasgo de sapiência impar abrido mão de um elemento do ataque para jogar não com 1 mas com 2 trincos.
Mas...e pq não 3 trincos?
Era usual as equipas para evitarem a "Borra"(o trinco pela sua raça não é atacado por essa síndroma) apresentarem-se no já demolido estádio das Antas coma seguinte desenho táctico. 1guardiola que iria fazer a exibição da sua vida, 4 defesas, 3(trincos), 2 alas e um ponta de lança alto e tosco que tinha a missão prender os centraiscontrários, não deixando de vir ajudar a defesa sempre que a sua equipa sofria um pontapé de canto.
Alguns treinadores viram no trinco potencial até então desconhecido, o trinco dá um bom lateral. Casos como Tahar El Kalej a defesa direito , Paulinho Santos a defesa esquerdo ,Rogério a lateral direito, Andrade a lateral direito, Valtinho como falso lateral esquerdo e até mesmo Andrade da Cruz Oceano a lateral direito. São parefraseando o poeta Artur Jorge de Melo Braga situações perfeitamente normais, perfeitamente naturais.
Para quando o trinco a ponta de lança?
A época de 2002-03, viu nascer o trinco goleador com 5 golos em outros tantos jogos, encarnando nesse grande jogador de futebol que é Fernando "Robtcop"Aguiar.

Saudações desportivas e reflictam sobre o assunto.