12 maio, 2005

Olé Negrete

Dia 3 de Junho de 1986, estádio Azteca 2000, de um lado os demónios belgas com Jean Cleumens, Eric Gerets, Hugo Bros, o teenager Enzo Sciffo e o lendário guardiola Jean Marie Pfaff, do outro o anfitrião da competição com o seguro Larios, Munoz, Thomas Boy, Hermosillo, o mítico Hugo Sanchez e... Manuel Negrete.
A meio da 1ª parte Boy centra para a área dos belgas e Negrete com um pontapé de moínho fantástico abria o marcador! Gritaram-se "olés", nasceu a Hõla, Negrete era o heroi nacional ofuscando o madrileno Hugo Sanchez.

Teria sido possivelmente o melhor golo do torneio não fosse Diego Armando Maradona lembrar-se de nos quartos de final fintar meia equipa inglesa e fazer o 2-0.
Com esta obra prima abriram-se as portas da Europa, a este jovem de 27 anos, com Jorge Gonçalves a resgastar esta pérola latina ao América.
Rumariam a Alvalade também oriundos do mundial de 86, o guardião uruguaio não utilizado, Rodolfo Rodriguez

e o jovem médio brasileiro Paulo Silas.

Era o Sporting sedento de títulos a reforçar o seu plantel para atacar o título de 1986-87, na pose do nosso Porto, que haveria de se tornar campeão europeu.
Os leões concluíram o campeonato num honroso 4º lugar atrás de Vitória de Guimarães, Porto e Benfica, conseguindo igualmente valorosa performance na Taça de Portugal, sendo derrotados na final pelo Benfica (dobradinha) por 2-1.
Foi o reconhecimento das (in) capacidades de Negrete e Rodriguez que rumariam à origem no final de uma época, onde Frank Rijchard se tornou conhecido no mundo do futebol como o médio invisivel.
Saudações desportivas