24 maio, 2005

A Geometria ao Serviço do Futebol

Desde tenra idade que aprendi a ser um amante do futebol geométrico praticado pela antiga União das Républicas Socialistas Soviéticas. Ainda recordo com saudade os 5 a 0 com que a turma de Lobanovski brindou Portugal, num jogo de qualificação para o Europeu de 84.
Curiosamente, a URSS não conseguiria estar presente no dito torneio muito por culpa uma "espoliação" que transformou uma falta cometida por Demianenko sobre Nando Chalana a 4 ou 5 metros da área de rigor, numa grande penalidade, prontamente convertida por Rui Manuel Trindade Jordão.
Refeitos do roubo (com todas as letras e mais algumas se as houvesse), os russos conseguiriam o apuramento para o esse mítico torneio que foi o México86.
Quis Deus Nosso Senhor que o grupo C fosse constituído por Canadá (aquele pontapé livre com 2 barreiras), Húngria, França e a própria URSS.
É então que a 2 de Junho, no estádio de Irapuato se defrontam 2 dos mais belos estilos futebolísticos do século passado. De um lado a geometria de Lobanovski e do outro todo o explendor da escola magiar que havia eliminado a Holanda de Gullit, Van Basten e do Frank "o médio invisível" Rijchard.

Pontificavam no lado da geometria, o lendário Rinat Dasev, Protassov, Belanov e Oleg Blochin.

Na Hungria temos o também ele lendário guardião Peter Distzl, o defesa com cara de madeireiro Antal Routh, e os avançados Marton Esterhazy e Tibor Nyalisi.

A geometria saíria vencedora por concludentes 6-0, manientando por completo a sua congenere magiar.
Um grande jogo que tivemos aqui o prazer de recordar.