28 outubro, 2006

Estrelinha


Inspirados pelos erros defensivos da defesa leonina, Porto e Benfica provaram hoje que nenhuma equipa portuguesa tem estaleca para grandes voos além-fronteiras. Se a fragilidade benfiquista dos primeiros 20 minutos foi confrangedora(não conseguiram discutir o jogo), a facilidade dada pela defensiva nortenha à movimentação de Nuno Gomes revela falta de rigor defensivo(o primeiro golo foi uma finalização perfeita de um dos 3 melhores jogadores do plantel encarnado). Jesualdo perdeu o controlo do jogo quando tirou Quaresma e permitiu que Nélson tivesse liberdade para subir e assistir o ponta-de-lança no tento do empate, mas lá está...a estrelinha esteve do seu lado quando o substituto Bruno Moraes, completamente solto de marcação, deu a vitória aos portistas.
Como se viu hoje, este Porto está longe de ser imbatível a nível interno e pode claudicar mesmo após alcançar uma vantagem confortável de golos. Quando a equipa de Lisboa subiu a parada, a pior defesa dos últimos anos da equipa do Dragão abriu buracos por todos os lados. As camisolas azuis-e-brancas pesam...mas para os adversários, sempre excessivamente prudentes.

P.S.: Mais um apontamento negativo para a arbitragem espanhola. Hoje, no Barça-Recreativo, o lance que origina o penalty que dá o primeiro golo aos catalães está ao nível do célebre voo de Karadas, na Luz, frente ao Estoril, ou do voo de Jardel frente ao Benfica, pelo Sporting. Gudjohnsen foi única e exclusivamente traído pela força da gravidade e nunca abalroado pelo defesa do Huelva Mário...

27 outubro, 2006

Dupla vergonha

Vergonha é a palavra que melhor define a exibição do Sporting esta noite em Aveiro. Frente a uma das equipas mais fracas da liga, os leões deram de avanço e depois de estarem por duas vezes em vantagem ofereceram sempre o empate à equipa de Inácio. Depois da maneira como o Sporting perdeu com o Bayern e como ofereceu o empate ao Porto, custa muito engolir este resultado frente a uma, repito, fraca equipa da Liga.

Sempre apoiei Paulo Bento e continuo a achar que é o melhor treinador para o Sporting nesta altura. Mas o Sporting, nestes três jogos, voltou atrás no tempo e logo a um tempo horrível, que foi a era Peseiro. Uma qualidade que Mourinho tem é estimular a inteligência dos seus jogadores, dentro do campo. No Sporting os jogadores parecem completamente burros. Porque só os burros não aprendem com os erros e os jogadores leoninos conseguem a proeza de cometerem os mesmos erros consecutivamente. Nos últimos quatro golos sofridos na Liga, todos de bola parada, apenas o primeiro do Beira-Mar não resultou de uma série de ressaltos na área sportinguista. De resto foi o que se sabe, com Ricardo, Polga, Tonel e companhia a fazerem figura de cabeçudos perante os adversários. Oxalá me engane, mas o Sporting pode ter perdido hoje o campeonato. É certo que os golos do Sporting também resultaram de erros adversários, mas por isso mesmo o Beira-Mar está no fundo da tabela.

Não bastava a indignação perante a patética passagem do Sporting por Aveiro, chego à net e vejo outra palhaçada. Mais uma vez, a justiça desportiva italiana amnistiou parte dos castigos aplicados a Juventus, Fiorentina e Lazio, reduzindo a penalização pontual dos três clubes. Só o AC Milan não foi contemplado. Para aqueles que elogiavam a justiça desportiva italiana pela celeridade e contundência da aplicação dos castigos, aqui fica a prova de que o país campeão do mundo não é exemplo para ninguém, em termos desportivos. A notícia diz que esta foi a decisão final e não pode ser mais alterada, mas nada me espantaria, no país que inventou a mafia.

Recordo que a Juventus, inicialmente ameaçada de despromoção à Serie C, foi relegada para a Serie B com 30 pontos negativos. Recorreu e ficou só com menos 17 pontos. Agora fica com menos 8. É por estas e por outras que a Serie A tem uma média ridícula de espectadores, 19 mil por jogo. A Bundesliga, por exemplo, que atravessa a sua maior crise de sempre em termos de qualidade, tem uma média de 39 mil. A seriedade tem algumas vantagens.

Assim também eu

O sindicato dos jogadores anunciou esta quinta-feira que elegeu o excelso Vítor Baía como o melhor guarda-redes da temporada 2005/06. O grande Joaquim Evangelista, sabendo e antecipando os narizes torcidos com que a distinção seria recebida pelos adeptos racionais e imparciais do futebol português, tratou logo de dizer que os critérios eram inteiramente objectivos, como sejam os jogos realizados e os golos sofridos.

Dediquei-me a fazer umas continhas. O que me disseram elas?

- Vítor Baía: realizou 24 jogos e sofreu 15 golos: média de 0,625 por jogo.

- Ricardo: realizou 30 jogos e sofreu 18 golos: média de 0,6 por jogo.

- Helton: realizou 11 jogos e sofreu 1 golos: média de 0,09 por jogo.

Faz todo o sentido, não faz? Faz, aliás, tanto sentido como alguns jornais terem escrito que o guarda-redes mais bonito de todos os tempos ganhou mais um título com a Supertaça deste ano, na qual não jogou um milésimo de segundo. Peço perdão a todos aqueles que idolatram o guarda-redes do mundo que mais estilo tem a sofrer golos (segundo a imprensa espanhola), mas assim também eu!

25 outubro, 2006

Paxson decidiu

Em 1993 os Chicago Bulls enfrentaram os Phoenix Suns nas finais da NBA. As séries foram um duelo entre Michael Jordan e Charles Barkley.
Chicago venceu os 2 primeiros jogos em Phoenix. Os Suns ressuscitaram e venceram o jogo 3, após 3 prolongamentos. Os de Ilinois adiantaram-se para 3-1, contudo os Suns levaram as séries de volta aoArizona vencendo o jogo 5.
A 6ª partida foi um clássico.
À entrada para o 4º período, os Bulls venciam por 87-79, mas subitamente não lograram qualquer ponto durante mais de 6 minutos.
Com Phoenix a liderar por 98-94 a 2:23 do final, o jogo 7 afigurava-se como uma realidade plausivel.
Após nenhuma equipa ter concretizado durante mais de 1 minuto, Jordan foi de costa a costa e reduziu para 2 a vantagem dos locais.
Uma violação de 24 segundos sem lançar, atribuiu posse de bola à turma de Chicago com 14,9 segundos para jogar.
Todos os olhos estavam em Michael Jordan, contudo sua "Alteza Real" passou para Scotie Pipen que descobriu Horace Grant. Em vez de forçar o lançamento o poderoso extremo assistiu John Paxson que se encontrava para lá da linha dos 3pontos.
À vontade o pequeno base converteu passando o resultado para 98-99, ficando 3,9 segundos para jogar.
Em desespero K.J. ainda tentou, mas Horace Grant bloqueou-lhe o lançamento.
Os Bulls eram campeões pela 3ª vez consecutiva.

24 outubro, 2006

4 campeões... 4 membros da ex-URSS

Com alguma surpresa, constatei que as quatro principais federações de boxe têm como campeão um pugilista nascido na antiga União Soviética.
Nicolay Valuev é o actual campeão da WBA (World Boxing Association).
Nascido a 21 de Agosto de 1973, em St. Petersburgo, na Rússia, Valuev tem como profissional o impressionante registo de 45 vitórias (33 KO's) e 1 nulo.
O "Gigante Russo" ou a "Besta do Este", como é apelidado, conquistou o título em17 de Dezembro de 2005 ao vencer John Ruiz por decisão unânime ao fim de 12 assaltos.
No seu último combate, realizado a 7 de Outubro de 2006, Valuev venceu Monte Barret por KO no 11º assalto.

Na WBO (World Boxing Organization), o bielorruso Sergei Liakhovich é o campeão.
O "Lobo branco" nasceu a 29 de Maio de 1976 e apresenta como profissional o registo de 23 vitórias (14 KO's) e 1 derrota.
Em Junho de 2002 Maurice Harms derrubou Laikhovic no 9º assalto, naquele que é o seu único precalço.
O título foi conquistado a 21 de Abril de 2006, com Sergei a vencer Lamon Brewster em 12 assaltos por decisão unânime.

Wladimir Klitschko, o irmão do retirado Vitaly Klitschko, é o detentor do ceptroda IBF (Internacional Boxind Federation).
Nasceu a 25 de Maio de 1976 em Semipalatinsk no Casaquistão.
Com as cores da Ucrãnia, Wladimir conta com 46 vitórias (41 KO's) e 3 derrotas.
Conhecido por "Dr. Martelo de Aço", foi campeão da WBO entre 14 de Setembro de2000 (vitória sobre Chris Byrd) e 8 de Março de 2003 (derrota com CourieSanders).
O título da IBF foi conquistado a 22 de Abril de 2006, após nova vitória sobreByrd, esta vez por T-KO no 7º round.
O seu próximo combate será contra Calvin Brock, no Madison Square Garden a 11 deNovembro.

Oleg Maskaev, cazaque naturalizado norte-americano, é o campeão da WBC (WorldBoxing Council).
A 12 de Agosto de 2006, Maskaev derrotou pela 2ª vez na carreira Hasim Raham, conquistando o título mundial.
Aos 37 anos, conta com 33 vitórias (26 por KO) e 5 derrotas.
Dizem os críticos que o queixo de Maskaev é o seu ponto fraco.
O pugilista já tombou ante Oliver McCall, David Tua, Corey Sanders, Lance Whitaker e Kirk Johnson.
É na nossa opinião o mais fraco dos 4.

23 outubro, 2006

É preciso ganhar estofo...


Pela 3ª vez num espaço de duas épocas, o Sporting malbarata uma vantagem de um golo frente ao Porto. Se da 1ª vez o percalço ficou explicado com um azar de Polga e na 2ª com uma expulsão, não dando tempo à equipa para se adaptar a jogar com 10, o que aconteceu ontem não tem uma explicação tão simples.

-É impressionante a facilidade com que os portistas ganhavam espaços para cruzar. Demasiado receosos do drible de Quaresma, o defesa incumbido de marcar o "cigano" recuava sempre que o seu adversário avançava com a bola. Com ainda mais espaço para a finta, o extremo formado em Alvalade teve muitas vezes a possibilidade de despejar a bola para a área.

- Nani não é o mesmo desde o jogo com o Leiria e de uma semana em que foi considerado, por muitos, o melhor jogador da Liga. Ainda não o é e, se a fama lhe subir à cabeça, poderá nunca o vir a ser. Tentou brilhar sozinho na marcação de livres( se aquilo eram centros então não entendo o que é que eles fazem nos treinos...) e mostrou que, se não sabe jogar com o colectivo, não pode ser um 10 competente. Cruzou para o golo de Djaló, é certo, mas frente a um Porto de consumo interno pedia-se mais.

- Tendo em conta que os avançados leoninos são mais baixos que qualquer defesa da Liga, é impossível fazer um jogo mais directo para a área. Assim, em situações em que é necessário mais um golo para atingir os objectivos o Sporting tem de trabalhar mais, com o consequente desgaste para o meio-campo. Só me lembro de um caso, este ano, em que o jogo directo para o ponta-de-lança resultou em situações em que era necessário dar a volta ao jogo. Como se chamava o marcador do golo? Deivid, que dava um jeitão nesta altura. Alecsandro também conseguiu facturar frente ao Aves, após passe magistral de Moutinho, mas não numa situação de marcação cerrada da defesa.

- O sector mais recuado esteve mal no lance do golo. Os azuis e brancos tiveram a possibilidade de manter a bola naquela zona do terreno, Bruno Alves fez um balão sem ninguém sem problemas de maior e aí sim, Ricardo errou. Um guarda-redes de selecção tem de saber que não se pode afastar a bola com uma palmada para a frente. Ainda por cima era Postiga que lutava com um central sportinguista na zona onde o esférico iria cair. Tendo em conta que o ex-Tottenham nunca se conseguiu impor na frente de ataque, muito provavelmente a jogada teria morrido com um corte de um jogador leonino se Ricardo não tivesse saído dos postes. Minutos depois, ainda afectado com a sua acção, o Labreca hesitou novamente em sair para agarrar uma bola que Tonel protegia desde o meio-campo. Depois de falhar há que o admitir, para ser possível melhorar, e esquecer o lado negativo do que de mal foi feito.

- Moutinho é fantástico e esteve novamente bem, ontem. Porém, como frisou o Kataklinsmann, falta-lhe capacidade para aparecer no último terço do terreno, a finalizar, como fazem os grandes médios de classe Mundial(Lampard ou Deco, por exemplo).

- O meio-campo do Porto perdeu muito com Anderson:a sua acção ofensiva ficou muito limitada à ala onde aparecia Quaresma. Vale Lucho, que mesmo fora de forma é do melhor que há em Portugal.

- O Porto tem a pior defesa dos últimos anos. Sem o emblemático Jorge Costa( podem crer que fazia ali muita falta...), perde-se raça e concentração. Bruno Alves é uma nódoa: ainda ofereceu um golo ao inconsequente Liedson, graças a uma intervenção em que tirou a bola das mãos do exímio Helton. Pepe é o mais talentoso, ainda que com algumas falhas de posicionamente, como se viu no golo de Yannick. Cech e Fucile cumprem, mas não estão ao nível da Champions(pelo menos para quem quer chegar longe).

- Nota de destaque, para Yannick, que se pode tornar um caso sério quando aprender a soltar a bola no momento exacto. No Porto, Quaresma chegou para levar perigo à área de Ricardo sempre que a equipa queria. Já agora, não se entende como é que o principal candidato ao título tem em Postiga o seu principal avançado: numa série de jogos com equipas médias-baixas da Liga serve, mas assim não se ganham jogos a grandes equipas. E ainda digo eu que o Sporting tem ir buscar um finalizador em Janeiro.O muitas vezes injustiçado Rodrigo Tello(não foi ele que obrigou o clube a pagar 1 milhão contos pelo passe) tem feito o lugar de defesa-esquerdo como nunca. Tivesse o Sporting ganho ao Bayern e ao Porto e toda a gente o estava a elogiar neste momento.

Deixo uma palavra de esperança para o resto do campeonato e para a Champions. Talento, que é o mais difícil de encontrar, os miúdos têm. Falta estofo, que demora tempo a ganhar...

19 outubro, 2006

Longe do topo

Depois de uma vitória justa sobre o Inter Milão e um empate sofrido contra o Spartak, em Moscovo, o Sporting voltou ontem à sua realidade com a derrota caseira frente ao Bayern, na terceira jornada da Liga dos Campeões.

Por muito que me venham falar em infelicidade, falta de sorte e azar (são sinónimos, mas reforçam melhor a ideia), penso que se viu bem em Alvalade a diferença que separa o Sporting das grandes equipas europeias. Tal como já aconteceu inúmeras vezes esta temporada (incluindo pré-época), o Sporting começou muitíssimo mal o jogo. E, normalmente, quando o Sporting começa mal um jogo, sofre sempre um golo, sobretudo frente a equipas mais fortes (Boavista, Spartak, Bayern, para não falar do Sevilha, no Torneio do Guadiana). Parece que os leões não só começam mal, como estão mesmo ausentes do campo.

Ontem não foi por falta de avisos que o Bayern chegou ao golo. Antes do golo de Schweinsteiger, aos 19 minutos, os bávaros já tinham ameaçado com dois ou três remates de fora da área e nem mesmo assim os jogadores sportinguistas tiveram capacidade para tentar evitar esses remates. O golo de “Schweini” leva-me a pensar que nenhum jogador do Sporting deve ter assistido ao Alemanha-Portugal do último Mundial. É natural, férias são sagradas, e mesmo a selecção tuga entrou de férias a seguir ao jogo com a Holanda, pois não voltou a ganhar na prova. Antes do golo já o Bayern se podia queixar de um penalty por marcar, por falta de Caneira sobre Pizarro. E depois do golo o mesmo Pizarro podia ter feito o 2-0, mas cabeceou à rede lateral depois de uma saída disparatada do Labreca.

A partir dos 25 minutos, o Sporting dominou o jogo. Só que, ao contrário do que aconteceu nos jogos atrás referidos, desta vez não conseguiu remediar o mal. Ainda teve uma mão cheia de boas oportunidades, mas a este nível isto não chega. É preciso metê-la lá dentro. E, ao contrário do que os portugueses muitas vezes gostam de fazer crer, falhar oportunidades não é uma questão de sorte ou azar, mas sim de treino e de concentração.

Por vários motivos o Sporting não chegou pelo menos ao empate, a meu ver:
- Kahn, apesar de tudo, continua a ser o “Titã” e a fazer a diferença; aquela defesa ao remate do Liedson foi assombrosa.
- Enquanto esteve 11 contra 11, o Sporting até reagiu bem, mas alguns jogadores estiveram longe do esperado. Nani nunca apareceu no jogo e Carlos Martins continua a não mostrar regularidade nenhuma (será o novo Sá Pinto?). Os avançados continuam sem acertar na baliza.
- Depois da expulsão de Schweinsteiger, o Sporting não soube aproveitar a superioridade. Jogou como o Bayern queria, com um futebol demasiado lento e pensado. Para desmontar esta equipa, o Sporting teria de jogar em velocidade, tanto pelo centro, como pelas alas, com bolas rasteiras. Mais ou menos como o Spartak jogou contra o Sporting, principalmente nos primeiros minutos. Agora tentar construir jogo a partir dos defesas, de forma muito pensada, permite aos defesas alemães posicionarem-se como querem. E aí a diferença de estatura faz a... diferença.
- Para além disso, foi visível a diferença de maturidade táctica na hora de defender. Enquanto estiveram 11 contra 11, o Bayern conseguia muitas vezes colocar dois ou três homens a pressionar o transportador da bola. O Sporting nunca o fez, pelo que mesmo contra 10 tinha dificuldade em tirar a bola aos bávaros.
- Finalmente as substituições. Yannick esteve melhor que Carlos Martins, mas tem que ser muito mais decidido a finalizar; não serve de nada passar por toda a gente e depois oferecer a bola ao guarda-redes. Entre Alecsandro e Bueno não se notou nenhuma diferença, se bem que o primeiro pareça ser melhor que o segundo. A perder ficou o Sporting com a troca de Veloso por Paredes. O paraguaio fez um jogo horrível e foi a partir da sua entrada que o Sporting baixou o ritmo e deu logo a entender que não ia marcar. Não acertou um passe, jogou muito lento e na única vez que subiu para rematar fê-lo de forma ridícula. Pré-reformados não, obrigado.

Agora vêm aí dois jogos fora, frente aos dois favoritos do grupo. Zero pontos é o esperado. Admitindo esse cenário, o jogo com o Spartak, da última jornada, será uma final, para decidir quem vai para a Taça UEFA. Se os russos não ganharem nenhum jogo nas recepções a Inter e Bayern, um empate será suficiente para o Sporting ficar em terceiro lugar.

16 outubro, 2006

Reportagem Choque


O Record continua a manietar a concorrência e a cativar os leitores com reportagens fantásticas. Depois do "Grito da Águia" de Kikín Fonseca, vestido a rigor com um poncho mexicano, e do guerreiro António Leonel, tive o prazer de comprar o jornal no Sábado e de ser presenteado com um artigo pormenorizado acerca da visita de LFV ao bairro que o viu nascer, o das Furnas. Destaque para dois excertos:

- Como estudante, Luis Filipe Vieira ficou-se pela 4ª classe. "Mas não era uma 4ª classe qualquer. Tinha o carimbo de Maria Helena Nunes(professora primária)", destaca o presidente da Associação de Moradores do Bairro das Furnas, José Francisco Silva, que foi colega de escola do presidente do clube da Luz. (...) "Era um bom aluno e muito bonito. Distinguia-se por isso", recorda (Maria Helena Nunes), entre sorrisos.

-
(Sobre LFV) Benfiquista - "Era fanático", asseguram os amigos-, o pai do presidente do clube da Luz não esquece os dias em que ia ver os jogos, em grupo, "com o garrafão do vinho e o bacalhau cru".

A devida vénia ao Record. São reportagens destas que me incentivam a encarar o dia-a-dia de cabeça erguida e a pôr as adversidades para trás das costas. Ainda assim, pedem-se esclarecimentos ao autor da peça, o jornalista Nuno Martins:

- Será a 4ª classe de Maria Helena Nunes superior ao 3º ano de José Nuno Pinto ou de Teresa Emília Lopes? Ou será equivalente, por exemplo, a um bacharelato em Bioquímica ou um mestrado em Filosofia?

- Maria Helena Nunes optava pelos TPC´S propostos pelo manual ou elaborava ela os seus próprios exercícios?

- O que preferia Maria Helena Nunes: o castigo das orelhas de burro ou a "menina dos 5 olhos"?

- O que prefere LFV: Floribella ou Morangos com Açúcar?

- LFV utilizava a unha do dedo mindinho mais crescida que as restantes, para se coçar enquanto comia o bacalhau e bebia o vinho?

- LFV assistia aos jogos calçado com meias brancas e sandálias? E camisa aberta com fio de ouro?

Jornalismo de investigação, meus amigos, é o ponto fraco da nossa imprensa...

O Adeus do "Bicho"

Terminou hoje a carreira de Jorge Paulo da Costa Almeida.
2 dias após completar 35 anos, o carismático capitão põe um ponto final na odisseia iniciada em Agosto de 1991.
Foi com as cores do Penafiel que o jovem central campeão do Mundo de sub-20 em Lisboa fez a sua estreia na divisão maior... e logo contra o nosso Porto.
Depois de novo empréstimo (agora ao Marítimo), Jorge Costa ingressou no plantel principal dos dragões em 1993.
A qualidade dos outros centrais azuis e brancos (Fernando Couto, Aloísio e José Carlos) relegou-o para o banco de suplentes.
Titular na selecção nacional era a 4ª opção no seu clube.
Na visita a Alvalade, Tomislav Ivic escalou um sempre militarista e ambicioso 6-3-1. 4 centrais subiram ao velhinho estádio José de Alvalade. 4 centrais guardaram estoicamente e com alguma (muita) sorte a vantagem que Domingos conseguiu logo aos 6 minutos aproveitando uma saída disparatada de Costinha.
A formula dos 6 defesas haveria de dar uma vez mais resultado na visita a Roterdão, com o nosso Porto a guardar a vantagem de 1 bola conseguida na 1ª mão.
Com o retorno ao esquema com 2 centrais, Jorge Costa voltou ao banco de suplentes.
Em 1996, já com Couto e Zé Carlos fora do plantel, nasceu uma das mais famosas duplas de centrais dos anos 90: Jorge Costa e Aloísio.
Recordamos com saudades (e alguma ira) 2 tentos obtidos no estádio da Luz, na época 1996-97. Na famigerada vitória por 5-0 para a Super Taça, desviou de cabeça um canto, fazendo o 3 a 0. Nessa mesma partida, Jorge Costa partiu o braço de Dimas em 4 ou 5 lugares.
Para o campeonato, aproveitou uma defesa para a frente de Preud´Homme, que não conseguiu segurar um livre de Barroso, e entrou literalmente com a bola pela baliza a dentro.
Entretanto o defesa central converteu-se no sucessor do histórico João Pinto, herdando a camisola nº2 e a braçadeira de capitão.
Em 2001 Octávio Machado chegou às Antas, perdendo Jorge Costa o estatuto de intocável. Reagindo mal a uma substituição, o capitão atirou a braçadeira para o chão. Foi punido e acabou por ser emprestado ao Charlton onde ganhou a alcunha "The Tank".
Com Mourinho regressou e foi peça fundamental em nova era dourada. Foi ele que ergueu a Taça UEFA em Sevilha, Taça dos Campeões na terra do Schalke 04 (assim evitam-se erros escusados) e a Taça Intercontinental em Tóquio.
No entra e sai de treinadores pós-Mourinho, o grande capitão acabou uma vez mais por abandonar o clube do coração. Co Adriaanse comunicou-lhe que era a 5ª opção.
A camisola do Standard de Liége foi a última.
Para trás ficaram 8 títulos de campeão Nacional, 5 taças de Portugal, 7 Supertaças, 1 Taça UEFA, 1 Liga dos Campeões e 1 Campeonato Mundial de sub-20.
Um herói, amado pelos seus, odiado pelos rivais.
Como homenagem, deixamos esta posta de Junho de 2005.

14 outubro, 2006

Juan Ferreyra

Sou daqueles que pensam que Portugal devia pertencer a Espanha. E não é um desabafo momentâneo, como muitas vezes acontece quando a vida nos corre mal. É uma opinião amadurecida*. Por um lado porque teríamos um nível de vida bem superior, por outro porque a nossa maneira de ser não é assim tão diferente dos espanhóis. Ou melhor, as diferenças que há entre portugueses e espanhóis não é maior do que a que há entre galegos e catalães, ou entre bascos e andaluzes, por exemplo.

Uma das semelhanças acontece precisamente no futebol. Descobri isso in loco há três anos, quando assisti a um Atlético de Madrid-Albacete, no Vicente Calderón. Logo no primeiro minuto, Fernando Torres tentou ganhar um penalty, mas o árbitro não foi na conversa. Mas foi o suficiente para a afición colchonera desancar no árbitro pelo jogo fora. O ambiente era muito semelhante aos dos estádios portugueses, descontando o pormenor de estarem umas dezenas de milhar de espectadores a mais do que acontece por cá.

E tal como cá, também em Espanha existem árbitros capazes de coisas incríveis. Acabei de assistir ao Atlético-Recreativo pela TV e, apesar de ser adepto colchonero convicto, no que respeita ao futebol espanhol, não deixei de ficar impressionado pela forma como o árbitro decidiu o resultado do jogo, vitória madrilena por 2-1. Na última meia hora, o colegiado conseguiu fazer isto: inventar um penalty a favor do Huelva; não assinalar um penalty claro a favor da mesma equipa; marcar um penalty duvidoso que permitiu o empate ao Atlético; validar o 2-1 marcado por Agüero, uma fotocópia do golo de Ronny em Alvalade; mostrar dois amarelos a um jogador visitante e esquecer-se de o expulsar, só o fazendo depois de alertado pelo quarto árbitro. O nome do senhor do apito? Não me recordo ao certo, talvez Juan Ferreyra.

* Claro que preferia que Portugal pertencesse à Alemanha, à Suíça, à Suécia ou à Noruega, mas não tenho ilusões, não só por dificuldades geográficas, mas sobretudo pela enorme diferença de culturas entre Portugal e os países citados.

13 outubro, 2006

Eusebiusz da Silva Ferreira


Marcou-nos dois golos e ainda ficámos a saber que o seu 1º nome não se deve ao craque português mas sim a Santo Eusébio, adorado na Polónia. E lá se foram 3 pontos e o orgulho por alguém se lembrar das nossas grandes figuras a tantos quilómetros de distância...

11 outubro, 2006

Não mereciam mais?!

Por mais vitórias que consigam, os clubes pequenos e as selecções jovens nunca conseguirão destaque enquanto o Super Nuno continuar a efectuar exibições de alto calibre, como contra o Azerbaijão. Longa vida à comunicação social...

09 outubro, 2006

Nelson no Setúbal!

Vai continuar a usar o verde e branco...
Nélson é hipótese no Vitória da minha cidade, Setúbal!
Força grande Nélson!
O grande leão, autor da melhor defesa da época o ano passado!

E este Braga?

É dever de todo o adepto tuga de futebol dizer merci beaucoup ao Sporting de Braga.
Não é todos os dias que se elimina uma equipa italiana...e nós sabemos como a sorte tem sido madastra para as equipas nacionais sempre que têm que medir forças com os transalpinos.
O Chievo Verona pode não ser uma grande equipa, mas a Udinese também não o era!
Depois de 2 anos inglórios onde tombaram frente a Hearts e Estrela Vermelha, 2 adversários em nada superiores, os minhotos estão finalmente na fase de grupos da Taça UEFA.
O grupo é complicado, mas eu acredito.
Sendo o Sevilha de outro campeonato e o AZ Alkmaar uma equipa bastante experiente e habituada a estas andanças no passado recente, os bracarenses devem apostar todas as suas "fichas" quando receberem os checos(Sloven Liberec) e os suiços(Grashoppers).
6 pontos certamente serão suficientes para passar em 3º lugar.

A nível interno, o Sporting de Braga cimenta-se cada vez mais como a 4ª melhor equipa nacional. Uma das poucas equipas que não treme quando enfrenta o Futebol Clube do Porto. Há 3 épocas que os bracarenses não perdem com os azuis e brancos.
Será Carvalhal capaz de avançar para o próximo nível, fazendo do Braga o futuro campeão nacional?
Pessoalmente não acredito, mas há muito boa gente neste blog que considera o jovem técnico como um dos melhores nacionais.
O tempo dirá...

07 outubro, 2006

Noites de Emoção


Como penso já ter sido discutido em caixas de comentários de posts anteriores( o Kataklinsmann, pelo menos, já tinha dado a sua opinião sobre isto), as jornadas de qualificação para o Campeonato Europeu conhecem hoje novos momentos de pura emoção e espectacularidade, com encontros marcados pelo equilíbrio entre as equipas.
Olhando para a programação da não menos fabulástica SportTv( pagamos 25 euros para ver esta estação apenas numa divisão da casa, já era altura de arranjarem um sistema mais eficiente), que nos presenteia durante os dias da semana em que não há qualquer jogo com a prova de surf de Peniche ou com os não menos interessantes magazines sobre o campeonato de hipismo de Freixo de Espada à Cinta, podemos passar o serão com o França - Ilhas Faroé, o Inglaterra - Macedónia, o Geórgia - Itália ou o duelo entre as actuais potências do futebol mundial Grécia e Noruega. Aparte alguns encontros que verdadeiramente deixam o adepto colado ao ecrã, raros acasos da imprevisibilidade do sorteio, o resultado dum mecanismo que remete as selecções de topo para o mesmo nível que San Marino e Liechenstein é uma valente seca para aqueles que gostam de futebol. Podemos mesmo dizer que muitas das vezes acontecem verdadeiras humilhações, como o 13-0 aplicando pela Alemanha ao San Marino. Mas o que é realmente importante para o espectador comum é que a realização destas partidas traduz-se em momentos de mau futebol no seu estado puro. Os "grandes" não estão para se cansar contra uns quaisquer "mija na escada", os "pequenos" tentam equiblibrar através do esforço mas , graças à sua natural falta de jeito para a modalidade, raramente obtêm resultados.
Não sei como podiam reagir as federações menos poderosas à criação de uma segunda divisão europeia: entre dar uma abada ao meu vizinho de cima ou ser manietado pelo Henry talvez preferisse a segunda opção. Mas a realidade é que este "presente" para os mais fracos afasta a atenção do público da sua selecção.
Porque não uma primeira fase de qualificação com as federações menos cotadas, de modo a jogarem com as principais selecções apenas aquelas que obtivessem melhores resultados(um pouco à imagem do que acontece na Taça de Portugal, com diferenças de formato)? Ficava ainda resolvido o eterno problema dos clubes em ceder demasiadas vezes os jogadores às respectivas selecções, dado o calendário ser mais curto...

Tommy Morrison quer voltar

Tommy Morrison, o Tommy "The Machine Gun" do filme Rocky 5, afirmou recentemente que não é portador do HIV e que quer voltar aos ringues de boxe.
Tommy, ameaça levar o caso para tribunal caso não lhe seja atribuída nova licença para combater. De acordo com o antigo campeão mundial da WBO tudo não passou de uma patranha com o simples intuito de o prejudicar.
Como profissional obteve um registo de 46 vitórias, 3 derrotas e 1 empate.
A 7 de Junho de 1993, Morrison venceu por decisão unânime o já veteraníssimo George Foreman, capturando o título da WBO que se encontrava vago.
Quando já se falava no combate com Lenox Lewis, para a unificação do título mundial, Morrison tombou na sua primeira defesa como campeão. De forma surpreendente, o desconhecido Michael Bent bateu Tommy Morrison por KO logo no primeiro round.
Em 1995 Lenox Lewis venceu venceu facilmente Tommy Morrison por KO ao 6º assalto.
Poucos dias antes da sua próxima luta, o pugilista acusou positivo nas análises de HIV, sendo-lhe imediatamente retirada a licença para combater.
Já na condição de retirado, Morrison passou 14 meses na prisão devido a drogas e posse ilegal de armas. Mais tarde foi novamente acusado, desta vez por conduzir sob o efeito de álcool.
Actualmente vive com a sua esposa e 4 filhos no rancho da família em White County, Tenessee.

Matthew Le Tissier



Sendo colaborador do Malta da Tropa há mais de um ano, já há muito tempo que estava a dever a mim próprio esta posta. Um dos meus ídolos absolutos desde que comecei a ligar a estas coisas do pé na bola, especialmente ao balompié internacional, era e é Matthew Le Tissier.

Nascido em 1968 em Guernsey, uma das ilhas do Canal da Mancha pertecentes à Grã-Bretanha, Le Tissier fez toda a sua carreira no Southampton, onde jogou entre 1986 e 2002. Realizou 513 jogos no campeonato e marcou 208 golos. Mais que a quantidade, para Le Tissier era importante a qualidade dos golos que marcava e raros eram os seus golos que não entravam nos melhores da jornada.

Matt Le God, como era conhecido pelos adeptos dos Saints, recusou transferências para o AC Milan e para o Chelsea. Chegou a assinar pelo Tottenham, em 1991, mas rasgou o contrato quando a sua mulher lhe disse que não queria mudar-se para Londres. Foi apenas oito vezes internacional A pela Inglaterra, não tendo marcado qualquer golo, mas é uma figura de topo do meu imaginário futebolístico. Fica aqui a homenagem singela, com vídeo incluído.

06 outubro, 2006

Vamos Melhorar, Benfica!

Estava Fernando Santos no comando técnico do Sporting CP quando em conversa com o meu amigo Papá "Diogo Màrio" Urso, um dos nossos leitores mais assíduos, foi questionada a competência do engenheiro.
Dizia ele: "Cavra, o Fernando Santos pega numa equipa que vale 8 e mete-a a valer 5 ou 6. O Mourinho é o contrário. Numa equipa que vale 6 ele faz com que ela valha 8 ou 9. O Camacho consegue um 7."
Mats Jagunço também não ficou nada agradado com o substituto de Ronald Koeman!
Comecei por dar o benefício da dúvida, apoiando o actual treinador encarnado, mas...porra! As coisas têm que melhorar.
Os 4-1 ao futuramente despromovido Desportivo das Aves (vai uma aposta?) não me conveceram.
O Boavista não é mais o Boavistão de outrora, pelo que perder 3-0 no Bessa não lembra ao diabo! Pela margem mínima ainda vá que não vá (e mesmo assim...), mas 3-0?????
E que dizer do empate em Copenhaga? Ou muito me engano ou aqueles 2 pontinhos ainda nos vão fazer muita falta.
Nem sempre empatar fora nas competições europeias é sinónimo de bom resultado. Não quando o adversário é claramente o mais fraco do grupo.
Em Paços de Ferreira tivemos azar, mas não gostei da atitude da equipa. Parafraseando Jorge Kataklisman: parece que Fernando Santos seria bem capaz de tirar a tesão ao Zézé Camarinha.
Sou obrigado a aceitar a derrota contra o Manchester, os ingleses são claramente mais fortes e estávam ávidos de vingança, mas ficou bem patente a falta de classe para romper uma defesa que não é nada de especial.
As lesões de Rui Costa e Miccoli, os castigos de Nuno Gomes e Petit e a preparação tardia de Simão Sabrosa podem servir de álibi ao treinador, mas que se acabem as más exibições.
Vamos jogar com garra e encher de orgulho a nação benfiquista.

Ps: Raios partam o nosso Departamento Médico!

04 outubro, 2006

O que vale realmente este Porto?

Sempre me habituei a ver o Dragão passar os obstáculos com maior ou menor dificuldade, pelo que de certa forma choca-me a atitude e, sobretudo, a inferioridae manifestada ante Arsenal de Londres e Sporting de Braga.
Demolidor face à grande maioria das equipas da Super Liga, o campeão nacional tomba quando o grau de dificuldade do adversário aumenta.
As 5 vitórias convincentes frente a Setúbal (Super Taça), União de Leiria, Estrela da Amadora, Naval 1º de Maio e Beira-Mar permitem concluir que se trata de uma equipa para consumo interno.
Talvez o principal candidato à conquista do título nacional, o nosso Porto apresenta lacunas irreversíveis a nível europeu, afigurando-se o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões uma tarefa hercúlea.
Analisando a equipa sector a sector, começamos por constatar que na Invicta mora o melhor guarda-redes a actuar em Portugal e um dos melhores mundiais.
Na direita da defesa, José Bosingwa é um grande jogador, sendo injusto nunca ter feito parte das escolhas de Scolari.
No miolo e à esquerda da defesa começam as grandes dificuldades dos azuis e brancos.
Cech, apesar de chegar para as exigências internas, é facilmente ultrapassável pelos virtuosos médios direitos da Liga dos Campeões. Ezequias é um jogador ao nível do seu companheiro de sector: não acrescenta nada quando joga, mas também não compromete.
Ao nível dos centrais, Pepe parece sentir-se mais à vontade no esquema de Co Adriaanse (3 defesas), enquanto Bruno Alves e Ricardo Costa não têm pura e simplesmente categoria para jogar no Futebol Clube do Porto. O nº2 é um caso gritante de paragem no tempo. Um azelha do caraças a quem Mourinho um dia preveu um futuro risonho. Urge o regresso do experiente e competente Pedro Emanuel.
João Paulo, o Patrick Vieira de Leiria, poderá igualmente ser um dos 2 centrais a usar por Jesualdo, se bem que o jogador parece render mais quando joga à frente da defesa.
No zona central do meio-campo, Paulo Assunção está longe do fulgor da época passada, perdendo claramente a corrida para Raúl Meireles, que se está a tornar um senhor jogador.
Lucho é igualmente uma sombra do fantástico médio de outrora, mas o argentino tem faro pelo golo, podendo fazer a diferença.
Nas alas, Quaresma é um talento nato que numa jogada de génio é capaz de decidir um jogo. Em Portugal, o "ciganito" (sem ofensa para a raça) é possivelmente o jogador que mais desiquilíbrios pode criar. Estranho o "embirro" de Scolari!!!!
Tarik e Alan são jogadores banais, a quem os adeptos não devem gostar de ver vestidos de azul e branco.
Por sua vez, Anderson e Vieirinha são 2 jovens talentos com uma margem de evolução incrível. 2 diamantes que podem valer títulos e render aos cofres da SAD muitos milhões de Euros. É preciso ter cuidado com estes 2 jogadores e sobretudo saber protegê-los, como Sir Alex Fergusson fez com o nosso Cristiano Ronaldo. Jorginho, o homem do golo em Alvalade, perde influência no meio-campo ofensivo. É mais um caso de um jogador exclusivamente para consumo interno.
Lisandro, que pode jogar na ala esquerda ou como homem mais avançado, é alguém com qualidade, sendo de estranhar o facto de não ser títular indiscutível.
Os pontas-de-lança são, neste momento, a par do defesa-esquerdo e do 2º central, o calcanhar de Aquiles do campeão nacional.
Sokota foi uma provocação ao Benfica que saiu bastante cara.
Bruno Moraes é um excelente jogador, daqueles que fazem a bola parecer mais redonda, mas tal como o Croata tem sido cliente assíduo do departamento médico.
Sobram Adriano e Postiga, 2 jogadores esforçados, mas que não passam disso. Falta a classe para ludibriar a forte oposição da Liga dos Campeões.
Com o regresso de Pedro Emanuel e a aquisição de um ponta-de-lança e um defesa-esquerdo de nível mundial, esta equipa do Porto pode fazer coisas bonitas. E, já agora, o que acham de Jesualdo? Será o timoneiro correcto para guiar a nau azul e branca?

Novo Presidente da Liga

Propostas de Hermínio Loureiro:
1) Grande Evento de Pré-Época no Algarve;
2) Taça da Liga;
3) Profissionalização dos árbitros;
4) Organização da Taça pela Liga e Federação;
5) Novos métodos de treino para os árbitros;
6) Utilização das novas tecnologias na resolução de casos polémicos.

Novo Presidente... Nova Liga?