30 maio, 2006

Campeonatos do Mundo - Inglaterra 1966

Em 1966, o Mundial chegou finalmente à Inglaterra. A FA organizou o torneio de forma soberba, com os melhores estádios alguma vez vistos à época.
Os meses que antecederam o torneio ficaram marcados pelo roubo da Julius Rimet. Um cão chamado Pickles ganhou a imortalidade ao encontrar a taça embrulhada em jornal entre arbustros na zona sul de Londres.
Após o fracasso rumo ao Suiça 1962, Portugal fez uma fase de qualificação digna, com 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota (num jogo a feijões contra a Roménia). Os comandados de Otto Glória deixaram para trás Roménia, Checoslováquia e Turquia.
Na memória ficará sempre a vitória em Praga por 0-1 ante a Checoslováquia. Fernando Mendes foi selvaticamente agredido por um contrário, tendo que abandonar o terreno de jogo. A jogar com 10 (naquele tempo não haviam substituições), Eusébio atirou uma valente “charutada” ao 1º poste do guardião checo que certamente esperaria um cruzamento.
José Pereira (Belenenses) foi igualmente grande ao deter uma grande penalidade (não existente) já na parte final da partida.

Estiveram presentes em solo britânico 16 selecções, repartidas em 4 grupos.
No grupo A estavam presentes, Inglaterra, Uruguai, França e México. Seguiram em frente ingleses (2V e 1E) e azuis celestes (1V e 2E). De referir o 1º jogo do mundial, um Inglaterra – Uruguai que terminou empatado a zero.
O Grupo B era constituído por RFA, Suiça, Argentina e Espanha. Com os helvéticos a serem claramente o bombo da festa, o apuramento para os 4ºs seria discutido entre as restantes nações em jogos bastante equilibrados. No final sorriram germânicos e argentinos, com nuestros hermanos (salvo erro campeões europeus em 1964) a serem eliminados por culpa de um golo de Seelar (RFA) 84 minutos.
Calhou em sorte aos magriços o bicampeão Brasil, Hungria e Bulgária. Uma 1ª fase irrepreensível valeu a Portugal o 1º lugar do grupo com 3 vitórias em outros tantos jogos. Sofremos contra a Hungria, que nos foi claramente superior (acabamos por vencer por 3-1 não se sabe bem como), contudo búlgaros (3-0) e brasileiros (3-1) foram facilmente batidos.
Este brilharete ficará, contudo, manchado para sempre muito por culpa do valente “tareão” que Morais infligiu a Pelé.
Na luta pelo 2º lugar a Hungria bateu um debilitado escrete.
O grupo D ficou marcado pelo escândalo desportivo. Um golo de Fak Doo Ik aos 41 minutos, mandou para casa a Itália de Albertosi,Rivera e Mazolla. Jogasse o (in)feliz coreano no cálcio e certamente receberia a carta de despedimento.
A União Soviética, passou em 1º lugar ao vencer os 3 jogos do grupo.

Nos 4ºs de final a Inglaterra bateu a argentina por 1-0 (golo de Hurst), num jogo em que Alf Ramsey, seleccionador inglês, chamou os sul americanos de animais, não permitindo que os seus pupilos trocassem de camisola com os adversários no final do jogo.
Portugal foi apanhado de surpresa por uns coreanos que corriam que nem desalmados. Aos 22 minutos, já os magriços perdiam por 3-0. Reagimos e Eusébio com 4 golos (2 de penalty) colocou-nos nas meias finais. José Augusto selou a vitória portuguesa a 12 minutos do final.
Nos restantes jogos, a União Soviética bateu a Hungria por 2-1, enquanto a RFA liderada pelo jovem F. Beckenbauer goleou o Uruguai.

A meia final que opôs portugueses a ingleses ficou marcada pela polémica. Uma alteração de última hora no local do jogo, obrigou os portugueses a viajarem de Liverpool para Wembley, poucas horas antes do jogo.
Debilitados e com José Pereira a facilitar no 1º golo, caímos por 2-1. Perto do final, Simões surgiu isolado, contudo as forças faltaram e a gazua permitiu o corte de Styles.
Os ingleses seguiram em frente e Eusébio saiu a chorar numa das imagens mais marcantes da história dos mundiais.
Na outra meia final, a Alemanha bateu a União Soviética num jogo viril, por vezes violento.Para recordar eternamente o golo que o jovem Beckenbauer marcou à “aranha negra”.
No jogo da consolação Portugal bateu a União Soviética por 2-1, subindo ao pódio.

A final foi realizada em Wembley, perante quase 97 mil espectadores.
Actuaram as equipas com:
Inglaterra: Banks, Cohen, Wilson, Stiles, J.Charlton, Moore, Ball, Hurst, B. Charlton, Hunt, Peters.
Alemanha Ocidental: Tilkowski, Höttges, Weber, Schulz, Schnellinger, Beckenbauer, Haller, Overath, Seeler, Held, Emmerich.

A RFA entrou melhor e fez o 1-0, aos 12 minutos por intermédio de Haller.
6 minutos volvidos Hurst empatou. A 1ª parte terminou com uma igualdade a 1 bola.
A Inglaterra controlou o 2º tempo, conseguindo chegar à vantagem aos 78 minutos com um golo de Peters. Ao cair do pano e já em desespero de causa, o defesa Weler levou o jogo para prolongamento, após uma jogada de insistência.
Hurst bisou aos 98 minutos naquele que é talvez o golo mais polémico de sempre numa final do mundial. 40 anos volvidos e não conseguimos saber se a bola ultrapassouou não a linha de golo. Por acção do seu auxiliar o Sr. Gottfried da Suiça validou o 3-2 para os ingleses. No último minuto, Hurst confirmou o hat-trick fixando o resultado em 4-2. A Inglaterra tornava-se no 3º país organizador a conquistar o campeonato doMundo.

Melhores Marcadores
Eusébio (Portugal) : 9 golos
Helmut Haller (RFA): 5 golos
Geoff Hurst (Inglaterra): 4 golos
Frankz Beckenbauer: 4 golos
Valeri Porkujan (URSS): 4 golos
Ferenc Bené (Hungria): 4 golos

Giro de Itália 2006

Ao 19º dia o Giro terminou no alto de São Peligrinno, uma mítica etapa que está para os italianos, assim como a Sra da Graça está para nós portugueses.
“Sei que hoje posso voltar a fazer coisas bonitas, contudo não vou abandonar Simoni, mesmo que ele assim o ordene” Leonardo Piepolli
Um grupo de ciclistas (entre os quais Danilo di Luca) adiantou-se ao pelotão. Na chegada à última escalada restavam o campeão espanhol Juan M. Garate (QuickStep) e o alemão da CSC, Jans Voigt. Sobre a linha de meta, Voigt num gesto de nobreza sem paralelo ofereceu a vitória a Garate. Foi o reconhecimento de todo o trabalho que o espanhol teve na subida.
Entre os favoritos, Piepolli destroçou o grupo, abrindo caminho para o ataque de Simoni. Só Basso conseguiu acompanhar o 3º da geral.
Gonzallez confirmou o excelente Giro ao acabar a 25s do camisola rosa.
Cunego ressurgiu! O líder da Lampre subiu ao 5º lugar, a cerca de 2:17 de Salvodelli.
Di Luca, voltou ao top 10, fruto da fuga.
O vencedor do dia, Garate, ascendeu à 8º posição. O grande perdedor foi Wladimir Belli que desceu para a 9ª posição.
De referir igualmente a desistência de J. Ulrich. Foi um grande treino para o excelente ciclista alemão da T-Mobile.

Para o penúltimo dia de prova estava guardada aquela que foi talvez a etapa rainha da edição 2006 do Giro.
Garate confirmou o bom momento, ao fugir ao pelotão e vencer o prémio de montanha situado a mais de 2 mil e 500 metros de altitude. O campeão espanhol viria a vencer a camisola verde, prémio para o melhor trepador da competição.
O homem da QuickStep seria apanhado na descida de acesso à penúltima subida do dia, altura em que Simoni tentou “roubar” o 2º lugar a Gutierrez. Uma vez mais só Ivan Basso seguiu com o líder da Domina e uma vez mais Gutierrez cedeu tempo, mas defendeu-se com bravura. No prémio de montanha Basso e Simoni seguiam na frente, Gutierrez e Cunego estavam a 1 minuto, Piepolli vinha a 1:30, enquanto Salvodelli seguia a 3 minutos.
Na descida assistimos a um recital do ciclista italiano da Discovery Channel, talvez o melhor especialista da actualidade. Foi pena Paolo não ter conseguido manter a excelente recuperação que vinha a fazer, quando o terreno ficou plano. A 3 kms do fim, novamente a subir, Basso atacou deixando Simoni praticamente“sentado”. O líder da CSC ergueu os braços sobre a linha de meta mostrando orgulhosamente a foto do seu filho (Santiago) com apenas 2 dias de vida. Simoni desmotivado acabou a 1:30. Cunego e Gutierrez acabaram a 3 minutos, com o homem da Lampre a roubar o 4º lugar da geral a Salvodelli.
Realce para o abandono de Wladmir Belli (antigo vencedor da Volta a Portugal),9º classificado à partida.

Domingo foi a etapa da consagração!Na chegada a Milão, Robert Forster sucedeu a Petacchi vencedor nos 2 anos anteriores.

Geral Individual
1- Ivan Basso (Ita-Csc) 91:33:36
2 - José E.Gutierrez Cataluna (Spa-Pho) a 9:18
3 - Gilberto Simoni (Ita-Sdv) a 11:59
4 - Damiano Cunego (Ita-Lam) a 18:16
5- Paolo Savoldelli (Ita-Dsc) a 19:32
6 - Sandy Casar (Fra-FdJ) a 23:53
7 - Juan M.Garate Cepa (Spa-Qst) a 24:26
8 - Franco Pellizotti (Ita-Liq) a 25:57
9 - Victor H.Pena Grisales (Col-Pho) a 26:27
10 - Francisco J.Vila Errandonea (Spa-Lam) a 27:34

Prémio da Montanha
1 - Juan M.Garate Cepa (Spa-Qst): 64 pontos
2 - Ivan Basso (Ita-Csc): 56 pontos
3- Fortunato Baliani (Ita-Pan): 52 pontos

Prémio por Pontos
1 - Paolo Bettini (Ita-Qst): 169 pontos
2 - Ivan Basso (Ita-Csc): 158 pontos
3 - José Enr.Gutierrez Cataluna (Spa-Pho): 132 pontos

Por Equipas
1 - Phonak Hearing
2 - Lampre
3- Discovery Channel

29 maio, 2006

Agostein

Tirar o Varela para fazer entrar o Lourenço quando faltavam 25 minutos para terminar o jogo foi algo genial. Agostinho Oliveira entra nessa prateleira de mitos do nosso futebol onde figuram ilustres como Luis "Campas" ou Zé Romão. Os jogadores bateram-se nas 3 partidas ao sabor do improviso e limitados ao seu individualismo. Não se viu uma jogada estudada ou um lance trabalhado desde o pivot defensivo Manuel Fernandes até um dos avançados( porque não jogou Ricardo Vaz Tê, protagonista de um excelente final de época no Bolton?!). Não será vergonhoso que um seleccionador diga, após uma campanha frustrante, que o objectivo afinal não passava por vencer o torneio? Agostinho diz que a sua missão é ajudar a formação, mas será que benificiou algum dos jogadores a evoluir com os seus métodos de trabalho? O que sentiu Rolando, por exemplo, após a súbita saída do eixo da defesa?
A selecção da Sérvia pode ser arroz com feijão, mas a nossa participação neste europeu foi uma valente caldeirada...

28 maio, 2006

Classe alta ou apenas média?

Com os três golos ontem marcados à frágil selecção de Cabo Verde, Pedro Pauleta distanciou-se ainda mais enquanto melhor marcador da história da selecção portuguesa. O avançado açoriano soma já 46 golos (em 81 jogos), mais cinco que o segundo classificado, Eusébio. Mas será Pauleta o melhor ponta-de-lança português de sempre ou apenas um bom goleador, que teve a sorte de jogar na altura certa?

Analisando os 46 golos marcados pelo jogador do PSG, conclui-se que quase metade, 22, foram marcados em jogos particulares, num total de 42 disputados por Pauleta. Outros 21 golos foram apontados em jogos de apuramento para Mundiais e Europeus, num total de 30 realizados pelo avançado. Pauleta marcou apenas 3 golos em fases finais de grandes competições, nas quais já realizou 9 jogos. E esses três golos foram marcados num só jogo, frente à Polónia, no Mundial 2002. O que significa que Pauleta ficou em branco nos restantes oito jogos que realizou nessas provas.

Mas os golos do “Açor” podem ser analisados de outra forma, isto é, consoante os adversários a que foram marcados. Dessa forma conclui-se que, dos 46 golos que Pauleta marcou, apenas 4 foram nas balizas de grandes potências mundiais: Holanda (2), Brasil (1) e Inglaterra (1), sendo que os dois últimos foram em jogos particulares. Depois temos 11 golos apontados a equipas de nível médio: Polónia (3), Escócia (2), Tunísia (1), Noruega (1), Grécia (1), Suécia (1), Rússia (1) e Croácia (1). Os restantes 31 golos, isto é, um terço dos apontados por Pauleta de vermelho e verde (agora apenas de vermelho, sabe-se lá porquê), tiveram como vítimas equipas para quem a bola, se não é quadrada, também não é propriamente redonda: Kuwait (4), Luxemburgo (4), Andorra (3), Chipre (3), Letónia (3), Cabo Verde (3), Azerbaijão (2), Lituânia (2), Estónia (2), Liechtenstein (2), China (1), Albânia (1) e Canadá (1).

A juntar a isto temos os números de Pauleta nas ligas. Em Espanha, o açoriano jogou três épocas na I Liga (um ano no Salamanca e dois no Corunha). Naquele que é o campeonato mais forte da Europa, Pauleta fez 33 golos em 92 jogos, uma média de 0,35 golos por jogo. Em França, na liga que está em quarto lugar no ranking da UEFA, a prestação do avançado melhorou. Em seis anos (três no Bordéus e três no Paris Saint-Germain), Pauleta marcou 118 golos em 206 jogos, o que dá uma média de 0,57 por jogo. O avançado tem no seu palmarés um campeonato espanhol, duas Taças de França e uma Taça da Liga francesa, além de ter sido duas vezes melhor marcador do campeonato gaulês. Mas na verdade nunca conseguiu jogar num gigante europeu. A prova disso é que apenas uma vez participou na Liga dos Campeões, em 2004/05, ao serviço do PSG. E não foi muito bem sucedido: o PSG ficou em último no grupo e, em seis jogos, Pauleta só marcou um golo, curiosamente ao FC Porto.

Com todos estes números, o que se pode dizer da real valia de Pauleta? É um goleador de nível mundial na actualidade e do melhor que Portugal já teve? Ou é apenas um avançado de bom nível, como outros que já houve no nosso país, mas que foi favorecido pelas circunstâncias (nomeadamente o aumento do número de jogos da selecção, devido ao surgimento de muitos e pequenos países por essa Europa fora)? Responda quem souber. Uma coisa é certa: na Alemanha Pauleta deverá ter a última oportunidade de se mostrar num grande palco. Vai finalmente aproveitar ou vai novamente falhar?

27 maio, 2006

Campeonatos do Mundo - Chile 1962


O organizador do Campeonato do Mundo de 1962 foi escolhido em Lisboa, num congresso da FIFA realizado em 1956. Três candidatos se perfilaram: Alemanha, Argentina e Chile. No caso germânico, o organismo máximo do futebol mundial foi claro e coerente: não seria razoável escolher um país europeu pela 3ª vez consecutiva, tendo em conta a tentativa de alternar o torneio entre o velho Continente e a América do Sul. Por isso, os homens das Pampas eram favoritos. O Chile, entretanto, tinha sido fustigado por terríveis tremores de terra, que tiraram 5000 vidas. Seria de esperar que a Argentina organizasse o certame, mas o presidente da Federação chilena ganhou a simpatia da FIFA. “Não temos nada - e é por isso que temos de ter o Mundial”, foram as suas palavras após a decisão.
Na fase de qualificação, Portugal, que, além de Eusébio, ainda tinha um senhor chamado Matateu, venceu o Luxemburgo em casa e perdeu fora por 4-2, na estreia do Pantera Negra. Uma derrota por 2-0 com a Inglaterra e um empate com os britânicos em casa não chegou para carimbar a primeira presença na prova mais importante do futebol mundial. A vice-campeã Suécia também ficou pelo caminho.
O Brasil somou mais uma vez pontos e o seu prestígio aumentou extraordinariamente. A selecção era muito similar àquela que venceu 4 anos antes, excepto se acrescentarmos Amarildo, o homem que substituiria Pele após lesão.
O grupo 1 ficou marcado pela supremacia da União Soviética e da Checoslováquia face a Colômbia e Uruguai. Os primeiros campeões do Mundo desiludiram, pois só conseguiu ganhar ao país que deu Valderrama e Higuita aos grandes palcos.A vitória sobre os homens dos Balcãs deu o primeiro posto aos soviéticos.
No grupo 2, o jogo entre Chile e Itália ficou marcado por graves confrontos físicos, transformando-se numa batalha campal. Apenas dois italianos foram expulsos e a partida acabou com a intervenção da polícia. Os sul-americanos ganharam 2-0.
A Alemanha Ocidental saiu vencedora frente à Suiça(2-1) e frente aos anfitriões(2-0), cedendo terreno somente para os transalpinos(0-0). Os germânicos e os chilenos passaram.
No grupo 3 a única coisa fora do normal foi o facto do Brasil não ter conseguido marcar golos à Checoslováquia, a grande revelação da prova. Ambos”os dois” passaram, deixando Espanha(onde militava…Puskas) e México pelo caminho. Os canarinhos derrotaram nuestros hermanos por 2-1 e mexicanos por 2-0.
A Inglaterra continuava a desiludir (como é seu apanágio nas grandes provas). No quarto grupo, os húngaros venceram os britânicos com uma genial jogada de Albert aos 72 minutos (2-1). Porém, Bobby Charlton e Jimmy Greaves carimbaram a passagem aos quartos-de-final(1ª vez desde 1954), ao ajudarem a bater argentinos por 3-1.
Nos quartos, a Jugoslávia encontrou a Alemanha pela 3ª vez em Mundiais. Ao contrário das outras ocasiões, os agora sérvios e montenegrinos venceram, com um tento de Radakovic a 3 minutos do final. Garrincha foi fundamental no triunfo do Brasil(já sem Pelé) sobre a Inglaterra. O Chile derrotou a União Soviética e a Checoslováquia confirmou o seu estatuto de equipa-sensação ao não vacilar frente à potência Hungria.
Os anfitriões acabariam por cair aos pés dos brasileiros. Vavá e o Mané Garrincha marcaram 2 golos cada. Na outra meia-final, perante apenas 5 mil espectadores, os checoslovacos bateram os jugoslavos por 3-1.
O Chile alcançaria a sua melhor marca de sempre até agora ao conquistar a medalha de bronze no jogo para o 3º lugar.
O Brasil ficou privado de 5 jogadores, todos eles castigados, para o embate final. Felizmente, “o pequeno pássaro” Garrincha não figurava na lista. 70 mil pessoas deslocaram-se ao estádio Santiago ainda de ressaca, depois de uma noite marcada pelos festejos chilenos após a vitória que garantiu o 3º lugar no pódio.
Masopust colocou os checos a vencer aos 15 minutos, após ter corrido para apanhar uma bola vinda de um passe longo de Scherer. Mas 4 dos 6 anteriores campeões do Mundo tinham começado as respectivas finais a perder…
Amarildo foi uma boa alternativa ao Rei Pelé e empatou 2 minutos volvidos. O guarda-redes Schrojf esperava um cruzamento mas o avançado rematou directo á baliza, colocando a bola na rede de um ângulo apertado. De realçar a excelente réplica dada pelos homens do leste à superioridade canarinha. Zito colocou ao rubro o Brasil quando facturou aos 68 minutos, depois de uma jogada bonita com Amarildo. Os checos estavam desmoralizados e o seu guarda-redes teve nova falha a 13 minutos do fim. Vavá aproveitaria da melhor forma. Uruguai, Brasil e Itália eram as 3 selecções com 2 Jules Rimet. Como curiosidade fica o facto do torneio ter sido pródigo em lesões ( poucas semanas depois do início, 34 jogadores evidenciavam problemas físicos).





Brasil:
Gilmar, Djalma Santos, Mauro, Zozimo, Nilton Santos, Zito, Garrincha, Didi, Zagalo.

Checoslováquia:
Schorjf, Tichy, Novak, Pluskal, Popluhar, Masopust, Pospichal, Scherer, Kvasnak, Kadabra, Jelinek

Marcadores: Masopust(15); Amarildo(17); Zito(68), Vava(77)
68.679 especdtadores
Árbitro: Nikolai Latychev (Uniao Soviética)

Em cima:O Dream Team da competição.

25 maio, 2006

Dupla Derrota

Só jogámos duas vezes e já cometemos a proeza de perder contra 3 países. Só não sei se o Zé Castro é sérvio ou montenegrino...

Giro de Itália 2006

A 14ª etapa da Volta a Itália em bicicleta ligou Aosta a Domodossola, na extensão de 223 kms, grande parte dos quais em território Suiço.
Numa etapa de transição, um grupo de 25 ciclistas fugiu ao pelotão.
A pouco mais de 5 kms do fim os espanhois Luís Laverde da Panaria e Francisco Perez das Ilhas Baleares, escaparam-se aos colegas de fuga.
Sobre a meta Laverde foi o mais forte, superiorizando-se ao antigo pupilo de Manuel Zeferino na Maia.
Os restantes fugitivos chegaram 7 segundos depois com Paolo Tiralongo á cabeça.
O pelotão apareceu com 7:44 de atraso.
Na geral, o francês Sandy Casar que foi 7º na etapa, subiu ao 6º lugar a 8:01 do intocável Ivan Basso.

O campeão Olímpico, Paolo Bettini da QuickStep foi o primeiro na chegada aBréscia, terra onde Jorge Cadete espalhou o perfume do seu futebol em meados dadécada de 90.
O sprint final foi emotivo com, Bettini a superiorizar-se por menos de meia roda ao alemão Olaf Pollack da T-Mobile.
Na geral nada de novo a assinalar.

Ao 16º dia, a montanha voltou, numa etapa com chegado ao Monte Bondone.
Em jeito de brincadeira Simoni perguntou: "Basso estás preparado para amontanha?" , ao que o camisola rosa retorquiu: "Com uma equipa como esta só possoestar preparado" .
Os 2 deram grande espectáculo, contudo Basso provou uma vez mais, ser o homem mais forte do Giro.
Com a CSC a tomar a frente da corrida, logo que se chegou à última subida, o numeroso grupo que seguida na frente foi-se fraccionando.
Di Luca foi o primeiro, seguindo-se Salvodelli e Cunego.
O jovem italiano da Lampre foi inclusive o maior prejudicado chegando com mais de 4 minutos e meio de atraso. Pensamos que Cunego preparou mal a época, uma vez que ficou em forma demasiado cedo, dando agora um estouro monumental.
Voltando à etapa... quando o trabalho da CSC acabou, restavam na frente, Basso, Simoni, Gutierrez e Leonardo Piepolli.
Simoni atacou.
"Da minha casa vejo toda esta subido. Conheço cada metro de estrada. Se Bassonão estiver forte eu vou atacar" --> Simoni momentos antes da partida
Basso seguiu na roda, deixando para trás o líder da Saunier Duval. Gutierrez era 3º, seguindo com Piepolli, colega de equipa de Simoni, que tinha ordens para não ajudar em nada o espanhol.
Na meta Basso foi 1º, Simoni chegou com 1:26 de atraso. Piepolli (1:37) roubou os segundos de bonificação ao bater Gutierrez no sprint para o 3º lugar.
Salvodelli perdeu 3:27 e viu o seu 3º lugar ameaçado, uma vez que só tem 17 segundos de vantagem sobre Simoni.
Belli, Pelizotti e Casar confirmaram o bom momento.

A 17º etapa, ficou marcada pelo encurtamento devido à neve e ventos fortes. Os últimos 5 kms a subir e em terra batida, acabaram por ser eliminados.
Basso deu mais uma demonstração de classe, contudo o líder da CSC teve um ataque de generosidade ao permitir a vitória de Leonardo Piepolli, a 2ª do carequinha da Saunier Duval na presente edição do Giro.
De salutar igualmente a atitude de companheirismo de Simoni que ao constatar que não conseguiaseguir no ritmo do camisola rosa, deu carta verde a Piepolli. Foi a 2ª vez na presente edição do Giro que o pequeno grande ciclista permitiu ao seu valoroso companheiro brilhar.
Apesar de ter chegado na 8º posição a 48 segundos do vencedor, o líder da Saunier Duval subiu ao pódio, trocando de posições com Paolo Salvodelli.
José Enrique Gutierrez (Phonack) confirmou a 2ª posição da geral ao ser 3º somente a 15 segundos. Franco Pellizotti (4º a 19s) afirma-se cada vez mais como o líder da Liquigas, em deterimento de Danilo di Luca (desceu para a 13ª posição), que está a ser um verdadeiro fiasco. Para concluir, uma palavrinha para John Gadret (AG2R), o homem que veio do cross. Parece que os franceses encontraram um trepador.

Ao 18º dia, o alemão Stephan Schumacker venceu na chegada a Gemona del Friuli.
O alemão foi um dos grandes animadores da tirada, juntamente com os 4 companheiros de fuga, Marzio Bruseghin (Lampre), Jose Ivan Gutierrez (Caisse d'Epargne), David Lopez (Euskaltel) e Charlie Wegelius (Liquigas).
O quinteto decidiu entre si a vitória com Stephan a repitir a façanha da 3ª etapa.
O pelotão chegou com 2:43 de atraso liderado por Paolo Betini. Desta forma o homem da CSC roubou a camisola dos pontos ao compatriota Ivan Basso (líder da montanha e da geral individual).

Para finalizar, um olhar sobre o que se está a passar com Manolo Sainz e a Liberty Seguros. Depois de Isidro Nozal, Nuno Ribeiro e Roberto Heras, só faltava mesmo este escândalo para abalar a poderosa equipa espanhola.
Como amante da modalidade fico triste ao assistir a estes factos. Por favor façam alguma coisa.

24 maio, 2006

NBA - Meias Finais de Conferência

OESTE
San António Spurs 3 - Dallas Mavericks 4
Os campeões em título estão fora!
Os Mavs liderados por Dirk Nowitzki fizeram cair aqueles que eram apontados por muitos como os principais candidatos ao ceptro dourado.
Começaram bem os Spurs, ao vencerem o jogo 1 por 2 pontos num embate onde Duncan liderou a equipa com 31 pontos, contra os 24 de Jerry Stackhouse.
No jogo 2, os Mavs não deram a mínima hipótese com Josh Howard (27 pontos) e Jason Terry a serem demais para uns Spurs completamente desinspirados, onde somente Tim Duncan (28 pontos) parecia escapar ao descalabro.
Nos 2 jogos seguintes, realizados em Dallas, os locais lograriam igual número de vitórias.
O jogo 3 foi marcado por uma arbitragem desastrosa, prejudicando essencialmente os San António que se viram privados de Tim Duncan (35 ponots) nos momentos finais da partida, após 2 faltas completamente ridículas.
A equipa de Dallas liderada pelo alemão Dirk Nowitzki (27 pontos) viria a vencer por 104-103 ponto. A quando da 6ª falta de Duncan, Dirk pregou um valente susto a Avery Johnson ao suspeitar-se que a super-estrela alemã, havia torcido um pé. Podia ter sido o momento mais decisivo das séries.
No jogo 4 nova vitória para os Mavs, agora após prolongamento por 123-118.
Jason Terry foi o mais produtivo dos Dallas com 32 pontos.
Com 1-3 San António estava à beira da eliminação.
No regresso a casa, os Spurs venceram por 98-97, num autêntico duelo de titãs entre Duncan (36 pontos) e Nowitzki (31pontos).
O jogo 6, realizado em Dallas, teve em Manu Ginobili o grade protagonista. O base argentino marcou 30 pontos, na vitória da sua equipa por 91-86. Dirk foi o mais produtivo nos Mavs com 26 pontos.
Na negra, assistimos a mais uma batalha, ... mais uma "guerra" entre os 2 líderes das equipas.
Dallas acabou por vencer, após prolongamento por 119-111. Dirk meteu 34, Duncan contrariou com 41 (máxímo pessoal da época).
Afirmou-se que os Spurs este ano estavam bem mais fracos, confirmou-se!

Phoenix Suns 4 - Los Angeles Clippers 3
O favoritismo dos Suns confirmou-se, contudo os Clippers liderados por EltonBrand, o tal que um dia chegou a ser a grande esperança de Chicago no pós Jordan, deram grande réplica.
Entraram melhor os Suns ao vencerem o primeiro jogo por 130-123. O MVP Steve Nash, marcou 31, enquanto Elton Brand atingiu os 40 pontos.
Os de LA venceram o jogo 2 facilmente por 122-97.
Com muita dificuldade Phoenix retomou a liderança das séries ao vencer por 94-91. Shawn Marion foi o heroi ao apontar 32 pontos.
No jogo 4, os californianos iriam empatar 2-2, ao vencerem por 114-107. Brand marcou 30 pontos, enquanto Raja Bell (o tal que marcou Kobe exemplarmente) foi o mais efectivo nos Suns com 33.
No regresso ao Arizona, Phoenix vence por 125-118, após prolongamento.
Shawn Marion dominou com 36 pontos. Do outro lado Brand continuava a fazer miséria ao apontar 33.
A beira da eliminação, os Clippers arrancaram uma exibição de sonho, vencendo por 118-106. Elton Brand (30 pontos) e Marion (34 pontos) foram novamente os mais efectivos.
No jogo da decisão permaneceu a lei do forte, com os Suns a vencerem por 127-107 e a seguirem para a final de conferência, onde irão encontrar os favoritos Dallas Mavericks.

ESTE
Detroit Pistons 4 - Clevland Cavaliers 3
Enganaram-se aqueles que, após os 2 primeiros triunfos (123-86 e 97-91), preveram uma eliminatória fácil para a melhor equipa da época regular.
Aproveitando igualmente o factor casa, os Cavs viriam a empatar as séries (86-77 e 74-72).
O extremo Rashid Wallace afirmou após a derrota no jogo 3, que o próximo encontro seria último jogo dos Cavs em casa.O que Rashid certamente não estaria á espera, seria da "cambalhota" nas séries. Clevland não só venceu em casa, como foi a Detroit derrotar os Pistons por 86-84, com Lebron James a meter 32 pontos.
Detroit conseguiu salver a época ao vencer no vencer o jogo 6, realizado no terreno do rival. Mesmo com os 32 pontos de James, Detroit triunfou por 84-82.
A negra, foi horrível com Detroit a superiorizar-se por 79 - 61.
Não houve surpresa, mas Clevland a tal que equipa que em anos anteriores não passava a 1ª ronda dos playoff, fez tremer os vice-campeões da época passada.
Pela negativa, fica o registo para as péssimas pontuações alcançadas.

Miami Heat 4 - New Jersey Nets 1
Os Nets desiludiram. Exige-se mais a quem tem Jason Kid e Vince Carter.
Entrando a ganhar em casa do adversário (100 - 88, com 27 de Carter), os Nets foram derrotados nos 4 encontros seguintes.
Somente no jogo 5, os Nets deram réplica, obrigando Miami a suar para vencer por 106-105.
Mais frescos que a concorrência e com um plantel de luxo (O'Neil, Wade, JasonWilliams, Alonzo Morning, Antoine Walker e Gary Payton) os Heat são para a Maltada Tropa, os principais candidatos.

23 maio, 2006

Scolari, ´tás perdoado


Mediocre, a nossa exibição hoje frente a uma selecção que demonstrou ter jogadores com maior maturidade. O rapaz ali em cima, à imagem do que fizeram todos os outros polémicos não-seleccionados de Scolari(Moutinho e Raúl Meireles,por exemplo), foi uma sombra de si mesmo. Falta-lhes "calo" nos grandes palcos para jogar um Mundial e humildade para jogar um Europeu sub-21. E é por isso que o brasileiro prefere Costinha, Maniche ou Ricardo Costa, que já realizou quase uma centena de jogos com a camisola das quinas...Por isso é melhor pensar duas vezes antes de criticar a torto e a direito.

21 maio, 2006

Absurdo


"A Sport TV confirmou hoje à agência Lusa ter alertado várias entidades para a proibição de exibir publicamente os jogos do Mundial de Futebol 2006, que vai decorrer na Alemanha a partir de 9 de Junho.
Segundo explicou fonte oficial daquela estação, "os direitos de transmissão televisivas foram comprados pela Sport TV e pela SIC, mas a Sport TV comprou todos os direitos de exibição pública".
O que quer dizer, acrescentou, "que os jogos transmitidos pela SIC também não podem ser exibidos publicamente" em ecrãs gigantes colocados na rua ou em estabelecimentos comerciais como bares e restaurantes.
Ressalvando não saber como será feito o controlo pelo canal codificado do desporto, a mesma fonte admitiu que esta decisão do conselho de administração do canal "visa sobretudo evitar as acções [de exibição pública] que estão a ser preparadas por muitas juntas de freguesia".
A Sport TV não quer entrar em guerras com ninguém mas também não quer ser prejudicada", concluiu."
in Lusa

Isto cabe na cabeça de alguém? É a Selecção de Portugal! Nem todos têm condições para ver o jogo em casa! Para além disso, a mística do futebol também passa pelo convívio e pelo sentimento de união que a selecção gera sempre em todos os portugueses! Estas declarações são lamentáveis... Mas, como todos nós sabemos, o bom português manda-os pastar caracóis e vai beber umas cervejas e ver o jogo com os amigos ao café! É o que vou fazer!...

Virtudes leoninas

O meu colega Solteirão / Reinaldo Reles publicou há poucos dias uma posta em que analisava a classificação eterna dos campeonatos nacionais da primeira divisão. Nela referiu o facto (real e lamentável) de o Sporting ser agora apenas o terceiro classificado, depois de ter estado muitos anos (diria mesmo décadas) no segundo lugar. Pois bem, é verdade que o Sporting pode ser actualmente o terceiro clube do país, mas ainda existem alguns items nos quais nos podemos orgulhar de sermos os primeiros. Vou tentar enumerá-los nesta posta, esperando não me esquecer de nenhum.

Campeonato Nacional

- Maior número de golos marcados num campeonato: em 1946/47 o Sporting marcou o incrível número de 123 golos em 26 jogos (média de 4,73 por jogo). O melhor que o Benfica conseguiu foram 103 golos em 63/64 (também em 26 jogos) e o FC Porto 88 golos em 87/88 (em 38 jogos).

- Melhor média de golos num campeonato: em 1939/40 o Sporting marcou 87 golos em 18 jogos, o que dá uma média de 4,83 por jogo, superior à de 46/47, portanto. Ainda assim os leões foram apenas segundos classificados, perdendo o título para o FC Porto.

- Melhor pior defesa dos três grandes: em 1987/88 o Sporting sofreu 41 golos no campeonato, o seu record negativo de golos sofridos numa época. O Benfica tem como pior marca 47 golos sofridos, em 46/47, e o FC Porto 56, em 42/43. Aliás, nesta época, os dragões terminaram com um goal-average negativo, coisa que nunca aconteceu ao Sporting.

- Melhor pior ataque dos três grandes: em 1968/69 o Sporting marcou apenas 35 golos, o seu pior ataque de sempre. Mas o Benfica (34 golos em 37/38) e o FC Porto (30 em 69/70) conseguiram fazer ainda pior.

- Melhor pior posição dos três grandes: a pior posição final do Sporting no campeonato foi o 5º lugar, o que aconteceu quatro vezes, nos anos 60 e 70. O Benfica ficou uma vez em 6º lugar e o FC Porto ficou uma vez em 6º, outra em 7º e outra ainda em 9º.

- Maior goleada da primeira divisão: em 1941/42 o Sporting recebeu o Leça e venceu por 14-0, com nove golos de Peyroteo, ainda hoje o recorde de golos marcados por um jogador num só jogo. É a maior goleada de sempre da primeira divisão, mas os leões têm de dividir as honras com os entretanto extintos Unidos FC de Lisboa, que no ano seguinte derrotaram o Vitória de Guimarães pelo mesmo resultado. O melhor que o Benfica conseguiu foi um 13-1 e o FC Porto um 12-1.

- Melhores goleadores: em 1973/74 Yazalde marcou 46 golos no campeonato e bateu um recorde que dura até hoje. A segunda melhor marca é também de um jogador do Sporting, pois em 46/47 Peyroteo marcou por 43 vezes. E em 2001/02 Jardel marcou 42 e alcançou o terceiro lugar neste pódio, embora igualado por Eusébio, que marcou o mesmo número de golos em 67/68.

- Melhor goleador do mundo em termos de média: Ferenc Puskas é considerado oficialmente como o jogador que mais golos marcou em jogos de campeonato na história do futebol. No entanto, Fernando Peyroteo, ao marcar 331 golos em 197 jogos, tem a melhor média de golos por jogo em todo o mundo: 1,68.

Taça de Portugal

- Maior goleada de sempre: em 1970/71 o Sporting recebeu o campeão de Cabo Verde, o Mindelense, em jogo dos oitavos-de-final da Taça de Portugal. Os leões venceram por 21-0, marca nunca mais igualada na prova.

Supertaça

- Maior goleada de sempre: em 1981/82 o Sporting disputou a Supertaça com o Sp. Braga. Depois de perder no Minho por 1-2, os leões golearam em Alvalade por 6-1. Anos depois o FC Porto conseguiu igualar essa diferença de golos, ao golear o Benfica na Luz por 5-0.

Campeonato de Portugal

- Maior número de finais disputadas: o Sporting e o FC Porto venceram quatro vezes cada a primeira prova oficial de âmbito nacional disputada no nosso país. Benfica e Belenenses têm três títulos cada. Mas os leões são recordistas de finais, ao jogarem 10 dos 17 jogos decisivos. FC Porto e Belenenses disputaram seis finais cada, enquanto o Benfica apenas chegou a essa fase em quatro ocasiões.

- Maior goleada de sempre: em 1927/28 o Sporting goleou o Torres Novas por 18-0 na primeira eliminatória, naquele que foi o resultado mais desnivelado da história da competição.

Campeonato de Lisboa

- Recordista de títulos: entre 1906 e 1947 disputou-se o campeonato regional de Lisboa, tal como aconteceu nos outros distritos do país. Durante alguns anos eram as únicas provas oficiais. Mas mesmo com o surgimento das competições nacionais mantiveram a sua importância, pois até 1947 o apuramento para essas provas era feito através da classificação no campeonato regional. Pois bem, o Sporting sagrou-se campeão lisboeta em 18 ocasiões, mais que o Benfica (10) e o Belenenses (6) juntos.

Taças Europeias

- Primeiro clube português a participar: a Taça dos Campeões Europeus começou a ser disputada em 1955/56. Para a primeira edição da prova os clubes foram escolhidos por convite. O campeão português era o Benfica, mas a UEFA resolveu convidar o Sporting, por ser na altura o clube português de maior prestígio (tinha sido tetracampeão dois anos antes).

- Maior goleada de sempre: a época de 1963/64 marcou a única conquista europeia do Sporting, a Taça das Taças. Além da vitória na final e da goleada por 5-0 ao Manchester United, os leões alcançaram, nos oitavos-de-final, a maior goleada de sempre das provas europeias, ao golearem o Apoel Nicosia, do Chipre, por 16-1.

- Clube português com mais participações: em 50 anos de provas europeias, o Sporting esteve presente em 46 edições, contra 45 do Benfica e 44 do FC Porto. Tão bom como o Sporting só o Anderlecht e melhor só Barcelona (48 presenças) e Real Madrid (49).

Em resumo, o Sporting poderá ser o terceiro maior clube português numas coisas, será o segundo noutras, mas ainda é o primeiro em algumas. Não deixo de apontar com agrado que muitos dos recordes obtidos pelo clube de Alvalade estejam ligados a golos, muitos golos, no fundo, aquele momento pelo qual espera todo o adepto do futebol. No entanto, como o mais importante agora é tentarmos ser primeiros noutras coisas, não me choca que a filosofia leonina actual prefira sofrer pouco a marcar muito. Primeiro é preciso criar habituação de vitória, depois logo nos preocupamos com a estética da coisa.

Giro de Itália

A 10º etapa consagrou Franco Pelizotti da Liquigas . O ciclista italiano bateu ao sprint o vencedor da volta a Portugal do ano passado, o russo Vladimir Efimkin da Caisse d'Epargne.
A etapa foi dramática para o belga Axel Merckx da Phonac. O filho do "Canibal" atacou a 10 kms da meta, escapando-se a um grupo de sensivelmente 20 unidades que seguia com cerca de 6 minutos de vantagem sobre o pelotão.
O km final coincidiu com uma rampa com 7% de inclinação, com o belga a ver ruir o sonho a 200 metros da meta.
A vitória valeu a Pelizotti a subida ao 4º posto, sendo o homem da Liquigas aquele que mais lucrou com a fuga em termos de classificação geral.

"Sabia que não era o mais rápido, por isso decidi atacar. Acho que fiz bem. Sinto-me cansado, o Giro já teve muita montanha. Posso vir a desistir para estar em forma para ajudar Floyd Landis a vencer o Tour. Ele pode vencer este ano" -- Axel Merckx

Após o dia de descanso, o Giro voltou à estrada para um dia de grande espectáculo.
Foi o contra-relógio individual. 50 kms planos realizados na Toscania.
Um senhor de nome Jan Ulrich saiu vencedor com o tempo de 58 minutos e 48 segundos.
O camisola rosa Ivan Basso terminou com 28 segundo, ganhando bastante tempo à concorrência, em especial a Damiano Cunego que mesmo largando 5 minutos antes de homem da CSC acabou dobrado.
Salvodelli, Honchar e Gutierrez foram os únicos favoritos a defenderem-se mais ou menos bem, podendo ainda sonhar com um dia menos bom de Basso.
Com esta etapa podemos concluir que Ulrich no auge da forma, ganhará sempre 1 minuto e meio a Ivan Basso num contra-relógio do Tour.
Com 2 contra-relógios o alemão terá sempre uma vantagem de 3 minutos para gerir na montanha, terreno onde o italiano é mais forte.
Promete!

A 12ª etapa ligou Livorno a Sestri Levante, numa extensão de 171 Kms.
O espanhol Joan Horrach antigo ciclista da Maia Milaneza, agora na Caisse d'Epargne/Balears foi o primeiro a cruzar a linha de meta, escapado-se aos seus colegas de fuga já no último km.
Realce pela negativa para o azar de Emanuelle Sella (Ceramica Panaria-Navigare) e Manuele Mori (Saunier Duval) que caíram 2 vezes no espaço de 5 kms.
Apesar da fatalidade estes 2 autenticos guerreiros conseguiram acabar a escassos 5 segundos de Horrach.
Com o pelotão a chegar com 7 minutos de atraso, Wladimir Belli (Selle Italiaque) que foi 6º a 5 segundos do vencedor, subiu ao 5º lugar, estando agora a 5:31 de Basso.

Muita montanha, na 13ª etapa, com 218 kms a ligarem Alessandria à estância alpina de La Thuile.
No dia em que Leonardo Piepoli (Saunier Duval) foi rei, Ivan Basso deu mais uma prova de força à concorrência. Mesmo sendo 2º a 44 segundos de Piepoli, o italiano ganhando tempo a todos os concorrentes mais directos.
o 2º da geral Jose Enrique Gutierrez e Gilberto Simoni chegaram a 1:19 do vencedor.
Salvodelli poderá ter hipotecado as parcas hípóteses que ainda tinha em renovar o título, ao chegar com mais 2:36, na companhia de Damiano Cunego.
Na geral Basso lidera, Gutirrez está a 3:27 (grande volta do gigante espanhol da Phonac), Salvodelli está a 5:30, Belli continua a ganhar lugares, já é 4º, o velhinho Simoni é 5º continuando a ser um enorme ciclista. Quanto Cunego e Di Luca, são 8º e 9º respectivamente, confirmando a decepção.
O dia 13 foi igualmente fatal para o russo Honchar que se "afundou".

20 maio, 2006

Santos da Casa


Não há personalidade do mundo do futebol que não diga que ele é uma excelente pessoa e um fantástico profissional. Mas o seu profissionalismo ficou-me encravado na garganta quando o Geovanni desferiu o petardo do meio da rua que deitou a perder uma época até ali bastante aceitável. Derrotas com o Boavista( trabalho de Bruno Paixão), Benfica e Leiria arrumaram o Sporting para um 3º lugar, sinónimo de frustração para uma equipa que tinha sido a única a dar alguma(muito pouca) luta ao super Porto de Mourinho. Perdeu apenas 7 pontos em casa(2 empates e uma derrota), mas fez um péssimo campeonato fora de Alvalade( apenas 29 pontos, com 9 vitórias, 2 empates e seis derrotas).
No Porto foi o "engenheiro do penta", vencendo a Liga com 79 pontos.De resultados negativos no seu estádio, só 1 derrota fica por assinalar. 7 empates e 2 derrotas registam-se no caso da partida se realizar noutro local. A glória não se repetiria no ano seguinte, apesar de ter perdido somente 2(!) pontos em casa. 27 pontos perdidos fora de casa e os "dragões" entregavam o título ao Sporting de Inácio. A derrota em Lisboa, no célebre jogo em que Secretário fez uma assistência digna de um Ronaldinho Gaúcho para Beto Acosta, carimbou o afastamento do 1º posto. A prestação da época de 2000/2001 também ficou aquém das expectativas, apesar da diferença tangencial de 1 ponto para o campeão Boavista. A regra de ceder poucos pontos nas Antas continuou(2 empates e 15 vitórias). Porém, 22 pontos não foram conquistados quando a equipa saía de casa. Ainda assim, a fraquíssima prestação dos restantes candidatos remeteu o FCP para o lugar cimeiro da tabela das equipas com melhor performance fora de portas.
Olhamos para o AEK de Atenas na última época e reparamos que 2 empates e apenas uma derrota em casa fazem dos atenienses uma das formações com mais sucesso no seu terreno. Quando os encontros não foram no seu campo, 16 pontos deixaram de ser amealhados. Ainda assim, só o Olympiakos fez melhor.
Os números dizem-nos que as equipas de Fernando Santos são extremamente eficazes no seu estádio, sendo muito difícil sacar sequer um empate quando estas jogam mais perto dos seus adeptos. Porém, os jogos fora de casa são um pesadelo. Não são raras as vezes que os pupilos de Santos são derrotados em deslocações. Num post recente, o Jorge Kataklinsmann provou que o "calcanhar de Aquiles" de Ronald Koeman foram as fracas prestações em jogos fora da Luz. Tirem as vossas conclusões, mas o futebol não é uma ciência exacta...

19 maio, 2006

Classificação Geral de Todos os Tempos da 1ºliga












O Exercício que se segue deverá elevar um pouco a moral dos Benfiquistas. Trata-se da análise da tabela (acima representada) – a análise da...

Classificação Geral de Todos os Tempos da 1ºliga (1934-2005)

. Em primeiro lugar surge naturalmente o Benfica, com 31 campeonatos conquistados, dos 71 disputados, o Glorioso ainda possui uma vantagem confortável para os seus mais directos adversários.
Vencedor em todos os dados estatísticos, são 133 pontos que separam o FC Porto do primeiro lugar.
Podem então os Benfiquistas estar descansados, pelo menos nos próximos 10 anos o primeiro lugar será sempre deles.

. No 2º posto, mas com menos 106 golos marcados que o 3º surgem os Dragões, que, graças à hegemonia dos últimos anos, ultrapassaram o Sporting e têm actualmente uma vantagem, também confortável, de 61 pontos.

. Em 3º só poderia estar o campeão dos Terceiros, com 24 campeonatos na terceira posição o Sporting bate facilmente Belenenses (14), Benfica (12) e Porto (10).

. O primeiro dos “menos grandes”, e para se dúvidas existissem, é o recém-despromovido Belenenses que deixa a larguíssima distância Guimarães (menos 206 pontos e 6 campeonatos disputados) Setúbal (-484 pontos), Boavista (-507) e Braga (-625). No entanto, esta distância vai ser encurtada para no próximo ano e se, o Belenenses não subir rapidamente o estatuto de 1º menos grande pode ser ameaçado em 4 anos.

. No 9º lugar, a Académica separa os históricos da competição dos restantes clubes.
Dentro destes, o Marítimo tem já algum destaque, fruto dos últimos bons anos, e a tendência, também graças à generosidade do Ti Jardim, será para cada vez mais se separar dos clubes que o antecedem.

. O Farense mantém-se estoicamente na 11º posição, mas não será certamente por muito tempo. Realmente uma pena o que deixaram que acontecesse ao clube mais representativo do Algarve.

. No 12º Lugar encontra-se o “nosso” Beira-Mar. Os auri-negros, de volta à primeira, podem passar já para 11º lugar na próxima época, e o seu lugar não se encontra ameaçado já que Salgueiros, Fabril (!?!), Atlético e Varzim, não serão, exceptuando potencialmente o último, ameaças nos anos que se seguem.

Grande surpresa, pelo menos para mim, o 14º lugar do Fabril. Primeiro porque nunca tal tinha ouvido, segundo porque a minha ignorância é ainda maior quando se observa que o Fabril tem já 23 campeonatos disputados e até um 3ºlugar no seu palmarés (ah, acabei agora de saber que o Fabril é a CUF…).

17 maio, 2006

Verdades à força

É um lugar comum dizer-se que uma mentira muitas vezes repetida acaba por tornar-se numa verdade. É um lugar comum, mas é, igualmente, uma realidade. E no futebol português, esse mundo tão cheio de especificidades, esse cliché ajusta-se que nem uma luva (por falar em clichés...).

No ano passado tivemos pelo menos duas enormes mentiras que, com a repetição, tanto da parte dos envolvidos, como da indescritível comunicação social desportiva que temos, se tornaram em verdades absolutas junto da comunidade futeboleira nacional. Uma dizia que o Benfica de Trapattoni tinha chegado ao título devido à sua grande consistência defensiva. Como é possível, num campeonato como o nosso, o campeão sofrer 31 golos, uma média de quase um por jogo, e falar-se em consistência defensiva? Então o que se pode dizer do FC Porto este ano, que sofreu metade dos golos (16)? A outra grande peta referia que o Sporting de José Peseiro era uma equipa de grande pendor ofensivo. Como se pode dizer isso de uma equipa que ficou em branco em 11 dos 34 jogos do campeonato, isto é, num terço dos encontros realizados? Em 72 anos de I Divisão, só uma vez o Sporting ficou mais jogos sem marcar golos num campeonato. Foi em 1988/89, a tal época de Jorge Gonçalves e da crise que parecia insolúvel, em que o Sporting ficou em branco em 13 jogos, mas num campeonato de 38 jornadas. Eis como duas tangas com T grande se tornaram em dogmas assumidos por quase todos, desde o comum e quase analfabeto “índio” da bancada até ao supostamente bem informado e esclarecido jornalista.

Esta época surgiu outro mito do mesmo género. Ronald Koeman referiu várias vezes que o Benfica ficou afastado do título devido aos pontos perdidos em casa. Hoje mesmo, alguns dos brasileiros do plantel (Moretto, Anderson, Manduca), no aeroporto, antes de partirem de férias, mencionaram o mesmo facto. Resolvi consultar a classificação da Liga Betadine para conferir se esta “verdade” é mesmo verdadeira. Na realidade, o Benfica somou 37 pontos em casa, menos um que o Sporting e menos cinco que o FC Porto. OK, terão razão os profissionais benfiquistas. Mas olhando para as prestações fora de casa concluímos que as diferenças foram ainda maiores. O Benfica fez 30 pontos fora de portas, menos quatro que o Sporting e menos sete que o FC Porto. Ou seja, se por acaso as três equipas tivessem feito os mesmos pontos nos jogos em casa, a classificação final seria sempre a mesma. O que motiva as pessoas a chegarem a determinadas conclusões e a persistirem nelas, mesmo sendo visivelmente falsas? E como se explica que essas conclusões sejam depois assumidas pelos outros, sem que estes se preocupem em verificá-las, o que, na maioria dos casos, até é bastante simples? Mistérios do pé na bola luso.

Da Madeira para Londres

Jogar em Inglaterra e ter a oportunidade de ser campeão de terras de sua Majestade e, quiça, da Liga dos Campeões é um prémio justo para que um bom guarda-redes português que esteve tapado durante parte da carreira por Baia e Ovchinikov. Claro que terá à sua frente os "gigantes" Petr Cech e Cudicini, mas podemos dizer que saiu a sorte grande ao guarda-redes da escola dos "dragões". Da Choupana para Stamford Bridge, o substituto de Pidgeley entra em fase final de carreira pela porta grande com 18 jogos em 96/97 e 19 em 99/2000 pelo Porto no currículo, ao quais se juntam várias épocas como titular do Varzim, Académica, Estrela da Amadora e Nacional. Uma forma bonita da parte de José Mourinho de compensar um homem que podia ter ido mais longe na sua carreira.

16 maio, 2006

Sugar Ray Robinson

Sugar Ray Robinson (Walker Smith Jr) foi possivelmente o maior pugilista de sempre.
Mesmo Muhammad Ali, afirmou sem hesitar, que apesar de se considerar o melhor peso pesado de sempre, Ray Robinson é sem dúvida o melhor lutador de todos os tempos.
Campeão mundial na categoria de meios médios (5 vezes), deteve igualmente o título de meios médios entre 1946 e 1951.
Em 1952 retirou-se, pela 1ª vez, após sofrer o único KO da carreira, num combate com Joey Maxim para o título de super médios.
O impressionanto registo de 131 vitórias, 3 derrotas, 1 empate e 1 nulo, falava por si.
3 anos volvidos e a lenda voltou conquistando por mais 2 vezes o título de médios.
Finalmente em 1965, Walker Smith Jr pendurou definitivamente as luvas. Para trás ficavam 200 combates, com o saldo de 173 vitórias (108 KO's), 19 derrotas, 6 empates e 2 nulos.

Curiosidade
Um jovem aspirante a pugilista entrou num restaurante em Harlem, propriedade do campeão mundial de pesos médios, Sugar Ray Robinson.
Dirigindo-se ao seu ídolo, pediu-lhe um autógrafo, algo prontamente recusado.
Abatido, o jovem jurou nunca negar um autógrafo caso um dia viesse a ser campeão mundial.
O rapaz era Cassius Clay, mais tarde conhecido por Muahmmad Ali.

Uma Profecia
Em 1947, Robinson defendeu pela primeira vez o título mundial, derrotando por KO ao 8º assalto, Jimmy Doyle.
Antes do combate Sugar Ray sonhou que iria matar Doyle no ringue.
Em pânico, pediu para se suspender o combate.
Um padre falou com o campeão, convencendo-o a combater.
Infelizmente Doyle viria a falecer devido ás lesões sofridas no combate.
A profecia confirmava-se...

15 maio, 2006

Festa(?) da Taça

Já sabíamos que o Record é anti-Porto, mas dar prioridade a um jogo amigável em vez de fazer manchete com a Taça de Portugal é algo que só mesmo estes jornalistas pós-modernos conseguem entender. Enfim... o jornal da Cofina é perito em lançar farpas para o rival da Travessa da Queimada mas tenta seguir-lhe as pisadas.
Os energúmenos que invadiram o estádio 25 de Abril voltaram a atacar no Jamor. Lamentável a imagem de um pai que foi obrigado a proteger o seu filho de tenra idade, que chorava enquanto voavam cadeiras sobre a sua cabeça. A organização deixou passar os petardos mais uma vez...

Giro de Itália

Com Petacchi fora, Robbie McEwen da Davitamon-Lotto parece não ter rival á altura nas chegadas ao sprint. Á 6ª etapa, o ciclista australiano, campeão do mundo de estrada nos mundiais de Madrid, alcançou a 3ª vitória na presente edição do Giro. Na chegada a Fordi, Robbie superiorizou-se com relativa facilidade ao alemão Olaf Pollack da T-Mobile.
A camisola rosa mudou de corpo, com Pollack, fruto das bonificações, a destronar o colega de equipa Serguey Honchar.

O 7º dia consagrou Rik Verbrugghe da Cofidis.
Na sua 3ª participação no Giro, o ciclista belga conseguiu o seu 3º triunfo. Uma etapa por cada participação... não é para todos!
No último km, com rampas de 12% de inclinação, Salvodelli atacou, fazendo perigar a fuga do ciclista belga. O italiano da Discovery Channel foi 2º a escassos 14 segundos do vencedor,ganhando tempo a Ivan Basso que chegou 2 segundos mais tarde.
Na geral, Honchar reconquistou a liderança. Aos 36 anos o russo da T-Mobile é ociclista mais velho a liderar a volta a itália.

Ao 8º dia tivemos finalmente a primeira grande etapa de montanha.
Di Luca prometeu atacar, contudo a CSC foi fantástica, dominando por completo aconcorrência. Com Carlos Sastre a marcar o ritmo os favoritos começaram a ceder.
Honchar e Salvodelli foram os primeiros, a cerca de 8kms para o fim. Di Luca seguia com dificuldades no grupo da frente e acabou por ficar para trás a 4kms da meta. Quando Cunego atacou, a 3 kms do fim, somente Basso conseguiu reagir, ultrapassando inclusive o jovem ciclista da Lampre com enorme facilidade.Na chegada a Passo Lanciano, Basso foi primeiro confirmando o favoritismo. Cunego, chegou com 30 segundos de atraso, superiorizando-se ao sprint a José E. Gutierrez da Phonak.
Simoni, aos 34 anos, continua a ser um grande ciclista! Chegou com pouco mais de1 minuto.
Di Luca conseguiu encontrar o seu ritmo, e acabou por minorar os estragos, ao cortar a linha de meta, com 1 minuto e meio de atraso. Salvodelli e Honchar chegaram a 2 minutos e 20.
Ao 8º dia, definiu-se muita coisa.


A 9º etapa disputada entre Francavilla al Mare e Termoli, teve em Tomas Vaitkus (Ag2r) o vencedor.
O lituano bateu numa chegada apertada, o italiano Paolo Bettini (Quickstep) e Olaf Pollack (T-Mobile).
Robie McEwen da Davitamon Lotto quedou-se pela 4ª posição.

Sem História


E pronto, lá vai mais uma.

É a quinta dobradinha do Porto e a 13º taça do seu historial.

O jogo não teve grande história: o Setúbal demonstrou que foi pouco mais que um acaso ter chegado à final e nunca conseguiu sequer colocar qualquer tipo de dúvida sobre quem levaria a taça para casa, o Quaresma voltou a fazer uma assistência primorosa para golo, o Alain e o Jorginho continuam a demonstrar as inúmeras limitações que possuem – particularmente a nível cerebral, os Super-Dragões continuam a tentar manter a sua reputação por todos os estádios (e estações de serviço) por onde passam, e, no final, o Porto ganhou.

Também podia falar aqui sobre o facto do melhor português a actuar no campeonato nacional 2005-06 nem sequer ser convocado para o mundial, enquanto que outros, como Costinha, que está sem jogar há “n” meses, ou como Ricardo, que atravessou um péssimo momento de forma desportiva e psicológica, têm lugar cativo na selecção aconteça o que acontecer.

Deve ser muito frustrante para um jogador saber que não lhe basta ser o melhor. (aconselho a leitura deste artigo “Quaresma ou o clube de Scolari”)

12 maio, 2006

Giro de Itália

Iniciou-se ,no passado dia 6 de Maio, mais uma edição do Giro de Itália.
O italiano Paolo Salvodelli da Discovery Channel iniciou da melhor maneira a defesa do título ao vencer o prólogo de 6,2 quilómetros, realizado em Seraing, na Bélgica.
Um dia antes de completar 33 anos, Salvodelli, já por 2 vezes vencedor do Giro, impôs-se por 11 segundos ao sprinter australiano da Francaise des Jeux, Bradley McGee.
De entre os favoritos só Serguey Gontchar da T-Mobile esteve ao seu nível, ao ser 5º com 15 segundos de atraso.
Cunego, Di Luca, Basso e Simoni perderam mais de 20 segundos.


A 2ª etapa, realizada em solo belga, ligou Mons e Charleroi, numa extensão de 197 kms.
Etapa propícia para os sprints, com Petacchi a comprometer o trabalho da Team Milram ao ser 4º. O mais forte foi Robbie McEwen, que triunfou com facilidade sobre Olaf Pollack (T-Mobile) e Paolo Bettini (Quick Step-Innergetic).




O 3º dia de prova consagrou o alemão Stefan Schumacher (Gerolsteiner), que venceu a no alto de Namur.
2 segundos mais tarde chegou o espanhol da Discovery Channel, José Luís Rubiera.
O campeão Olímpico Paolo Bettini liderou um grupo do camisola rosa, que chegou 6 segundos atrasado.
Com as bonificações, Schumacher "roubou" a rosa a Salvodelli, tendo a camisola presa por 13 segundos.
O piso escorregadio (a etapa foi realizada debaixo de chuva) terá estado na origem da queda que ditou o abandona de Petacchi. A equipa Milran perde assim o seu líder, já vencedor de 19 etapas no Giro.

Na chegada a Otton (Bélgica), Robbie McEwen foi de novo o mais forte, apesar da forte oposição de Paolo Betinni.
Stefan Schumacher mantinha o símbolo de liderança.


4ª feira cumpriu-se o primeiro dia de descanso.
5ª feira foi o dia do prólogo por equipas, algo até então praticamente exclusivo do Tour de França.
A CSC de Ivan Basso superiorizou-se à T-Mobile por 1 escasso segundo, vencendo este contra relógio realizado entre Piacenza e Cremona (ai que saudades da Cremonese!).
A Discovery Channel de Paolo Salvodelli foi 3ª a 39 segundos.
O ucraniano Gontchar da T-Mobile é o novo líder, tendo 6 segundos de vantagem sobre o alemão Jens Voigt da CSC.
Ivan Basso, o principal favorito à vitória final é agora 5º a 11 segundos do líder.
Salvodelli é 6º, com 20 segundos de atraso para a camisola rosa.

E é tudo, prometemos voltar em breve com mais novidades desta grande prova que é o Giro de Itália.

10 maio, 2006

Um Verdadeiro Campeão


Afinal o Benfica não perdeu nas 3 frentes. Não se trata da já gasta piada do "em frente ao Colombo, em frente ao MediaMarkt e em frente à Repsol", mas sim do mais recente título conquistado pela Instituição. Segundo o MaisFutebol, as super águias conseguiram revalidar o título... nos Barbados. O CBC Benfica Sports Club venceu a segunda divisão do campeonato dessa ilha das Caraíbas, o que desmente todos aqueles que diziam que o ano tinha sido um fracasso para os lados da Luz e confirma as palavras de José Veiga aquando do triunfo em Barcelos, afirmando que o Benfica estava lançado na conquista da Liga. Para além disso, o "Glorioso" deste paraíso tropical levou de vencida clubes com o nome de "Ajax" ou "Barcelona", ao contrário do Sport Lisboa e Benfica. Tudo porque abundam os emblemas decalcados dos homónimos do velho continente.
Pedro Campos foi o responsável pela descoberta dos Barbados, em 1536. Felizmente para este verdadeiro campeão, a Malta da Tropa ainda não tem conhecimento de nenhum "Paços de Ferreira Sports Club".