30 dezembro, 2005

Ahahahahaha


O central Hugo afirmou ontem não estar disposto a mudar-se para o V. Setúbal. “Tenho muito respeito pelo V. Setúbal e pelos jogadores que representam o clube, mas essa é uma situação que não me interessa. Portanto, é tudo mentira! Não vou ser emprestado ao V. Setúbal. Continuo e hei-de continuar por aqui mais tempo”, sublinhou o jogador leonino quando Record o confrontou com a possibilidade de ser cedido, a título temporário, ao emblema sadino.

in Record

Está visto que há um novo Afonso Martins no mundo do futebol...Deixem-no treinar até final de contrato e depois ninguém lhe pega.

29 dezembro, 2005

Janeiro com Dinheiro


Dezembro e Janeiro são fantásticos meses para os jornais desportivos. As mirabolantes contratações de manchete voltam e os desmentidos do dia seguinte também. Nada é absurdo, ate porque os eternos tesos arranjam dinheiro que não se sabe bem de onde vem para comprar reforços que também não se sabe bem de onde vêm.É com muita pena minha que o ponta-de-lança do Ajax Charisteas seja o único nome divulgado para reforçar a frente de ataque do Benfica, pois o último Verão (recheado de Larssons, Maxis Lopez, Ewerthons, Pandianis,etc) deixou-me um pouco mal habituado no que toca a rir da rambóia instalada nas redacções da imprensa desportiva. Mas até 31 de Janeiro ainda há muito para escrever e estou confiante de que A Bola vai anunciar, até essa data, a enorme estima que Ronaldinho Gaúcho tem pelo Benfica ou o sonho de Henry em vestir a camisola encarnada porque tem um amigo de uma prima que é simpatizante das águias. Mas vou-me centrar apenas naquilo que é (aparentemente) dado adquirido.


O Porto parece ser a equipa mais cautelosa no que toca a contratações e vendas, o que é perfeitamente natural,visto que falamos do plantel com os activos mais talentosos. Ivanildo, sem espaço no Dragão, vai rodar pelo menos meia época, enquanto se fala no regresso de Seitaridis. O grego seria uma excelente opção para a lateral-direita, visto que Sonkaya, o turco do nariz grande, apenas deu provas de ser um jogador mediano e Bosingwa não está talhado para aquela posição. De Ricardo Costa nem falo, pois se o acho uma nulidade na sua posição natural que dizer da adaptação…Miguelito é outro dos nomes falados. Lógico: César Peixoto, apesar do bom desempenho no lugar mais atrasado do flanco esquerdo, rende muito mais a ala e, sendo assim, terá de ser encontrado alguém para disputar o lugar com Marek Cech. O jogador do Nacional é,na minha opinião, o 2º melhor defesa-esquerdo da Liga Betadine, a seguir de Jorge Luiz.

O Sporting está a levar a cabo uma profunda reestruturação do plantel. Pinilla,que afirmou ter sido muitas vezes o melhor em campo em vários jogos dos leões(tirando o jogo de Braga não me lembro de mais nenhum), e Rogério já lá vão; Wender regressa a Braga; Paíto vai para Guimarães, Semedo,Varela e o malogrado Hugo vão ser emprestados. Beto é incógnita. A entrada de Caneira vai ser,certamente, muito benéfica para a defesa, pois desde a saída de Enakarhire o centro da defesa tem sido uma lástima só compensado com o esforço do abnegado Tonel. Abel, um dos melhores laterais-direitos da Liga, a par de Nelson e Amaral, substitui Rogério. Miguel Garcia vai ter de trabalhar muito se quiser agarrar a oportunidade de ser titular...
O nome mais badalado dos já confirmados é a esperança argentina Leandro Romagnoli. O nº10 vem do clube de Acosta e espera-se que obtenha o sucesso do “El Matador”, não sendo mais um daqueles bluff´s que tanto fizeram rir os sportinguistas(mas principalmente tripeiros e lampiões) nos anos 90, como Ramirez, Gimenez ou Julian Kmet.


Na Luz, Manduca parecia chegar para substituir Simão, mas LFV diz que o capitão não sai. O ex-Marítimo já mostrou qualidade, mas resta saber se o peso da camisola de um candidato ao título vai influenciar o seu rendimento, sucendendo-se o mesmo que aconteceu a Wender no Sporting. José Fonte é outro reforço, mas não sei onde irá arranjar espaço no melhor sector da equipa. Moretto já não vai ser reforço: o Porto antecipou-se e irá emprestar Sandro ao Vitória.Pinto da Costa provou mais uma ver ser cleptomaníaco: adora roubar reforços aos rivais.Para quê Moretto, com Baia, Helton,Paulo Ribeiro e Bruno Vale a rodar? Lobont, do Ajax, é possibilidade. Hélio Roque vai ser emprestado ao Vitória de Setúbal e Chumbita já disse que Vieira e Veiga são pessoas "com grande classe e categoria". Está confirmado: Chumbita Nunes não consegue dizer nada de jeito.

Uma palavra para um gigante europeu que está cada vez mais no mau caminho: o Real Madrid. Mais uma estrela está na calha: desta vez é Ballack. O melhor jogador alemão da actualidade é desejado por Florentino Perez, um presidente que consegue ser muito, muito incompetente. Depois de Roberto Carlos se ter recusado sentar à mesa com Raul e Guti, no jantar de Natal do Real,para fazer companhia ao clã brasileiro, nada mais há a dizer sobre o ambiente vivido no balneário.

27 dezembro, 2005

Dr J "Julius Erving"

Julius Winfield Erving, nasceu no dia 22 de Fevereiro de 1950 em Roosevelt, NewYork. Começou a jogar basketball no liceu local, ganhando a reputação de jogador fundamental mas não espectacular.
Apesar da origem da sua alcunha ser incerta, muitos afirmam que se deve a um colega de liceu ao qual Erving chamava professor.
Julius iniciou a carreira na extinta AB, ao serviço dos Virginia Squirels, acabando a época no 2º lugar da conferência, com 45V e 39D.
Durante os playoffs Erving elevou o nível do seu jogo, alcançando 33 pontos por jogo, contudo os Squirels tombaram nas finais de conferência ante os Nets de RicBarry.
Após terminar a sua licenciatura, Julius Erving foi escolhido pelos Milwaukee Bucks no 12º posto do draft, ingressando numa equipa onde já pontificavam Kareem Abduljabar e o veterano Oscar Robertson.
Á última hora foi trocado para os Atalanta Hawks. Entretanto os Squirels instauraram uma acção legal, obrigando o jogador a regressar.
Em 1973 Virginia trocou com os New Jersey Nets, Julius Erving e Willie Soujouner por George Carter, os direitos no draft sobre Kermit Washington e contrapartidas financeiras.
Em 5 épocas na ABA, venceu 2 campeonatos (ambos pelos Nets), 3 trofeus de MVP e 3 títulos de melhor marcador.
Em 1976/77 o regresso à NBA, ingressando nos 76ers, equipa que liderou até àfinal da campeonato, onde foram derrotados por 4-2 pelos Portland Trail Blazers de Bill Walton.
1979/ 80 marcou novo assalto ao título. Após 59V e 23D na Regular Season, osPhilies despacharam os Washington Bullets, os Atlanta Hawks e os Boston Celticsdo jovem Larry Bird.
Na final ante os L.A. Lakers , Erving foi magistral nos 4 primeiros jogos.
No jogo 4, executou o famoso "Baseline Move", um movimento que ficou para a história como um dos mais fantásticos de sempre. Os Lakers acabariam por vencer 4-2, muito por culpa de um rookie chamado Erving"Magic" Jonshon.
O ano seguinte seria o mais proveitoso para Erving em termos individuais, MVP da época regular, 24.6 pontos/ jogo e o 1º lugar na conferência Este em igualdadecom Boston após 62V e 20D.
Nas finais de conferência e após 3-1, os Celtics deram a volta acabando por 4-3 rumando ao título.
Em 1982, nova época e novo embate com Boston. Desta vez a vitória na negra coube aos 76ers.
Na final os Lakers foram outra vez mais fortes, vencendo por 4-2 e arrematando o seu 2º título em 3 anos.
Ficou claro que Filadélfia teria que recrutar um centro poderoso para fazer face a Abduljabar.
O general manager Pat Williams trocou com os Houston Rockets Caldwell Jones e a1ª escolha do draft por Moses Malone.
A combinação Malone-Erving provou ser demais para os Lakers, que acabariam por ser esmagados na final por 4-0.
As 2 super-estrelas eram auxiliadas por Maurice Cheecks, Bobby Jones e AndrewToney.
Após o título a carreira de Dr J entrou na curva descendente, retirando-se o nativo de Roosevelt aos 37 anos.
Foram mais de 30 mil pontos ao longo das suas épocas na ABA e NBA. O 1º grandevoador.

22 dezembro, 2005

Os 10 melhores atletas de 2005

Os leitores que nos desculpem pela ausência de posts. Ainda tentamos disfarçar o deserto com o "Thriller in Manilla" e a história de Wilt Chamberlain, mas vocês mereciam muito mais.
Não foi por mal, o Comité da Tropa esteve reunido para eleger os 10 melhores atletas de 2005.









Escolha sempre difícil e polémica, onde para além dos membros do Staff da Tropa colaboraram, o actor Tiago Castro (crómio dos Morangos com Açucar), o analista filosófico Gabriel Alves, o cantor brasileiro Ney Matogrosso, o mito Carlos Cardoso e a tenista russa Maria Sharapova.

10º Lugar - Tim Duncan
O gigante (2.12 mts) natural de Saint Thomas liderou os San António Spurs ao seu 3º título de campeão da NBA.
Na final, os Detroit Pistons, antigos campeões, tombaram por 4-2, com Duncan a ser eleito o MVP (Most Value Player) das séries.

9º Lugar - Semmy Schilt
Depois de Ernesto Hoost (4 vezes), Peter Aerts (3 vezes) e Remmy Bonjaski (2 vezes), o título mundial de K1 ficou uma vez mais na Holanda.
Semmy Schilt, praticante de MMA e Karaté, chocou o TokyoDome ao fulminar a concorrência na final do Grande Prémio.
Começou por derrotar, Ray Sefo aos pontos. Depois a grande surpresa, com Bonjaski, o campeão em título a tombar logo no primeiro assalto.
Na grande final, Glaube Feitosa do Brasil apenas aguentou 40 segundos, com este autêntico colosso holandês.

8º Lugar - kenenisa Bekele
Em ano de campeonato de mundo, o atletismo assume lugar de destaque na nossa lista.
Kenenisa Bekele, recordista mundial dos 5 e 10 mil metros, líder incontestável de ambas as disciplinas nos últimos anos, assume um honroso 8º lugar.
Em Helsínquia o etíope juntou o título mundial de 10 mil metros ao título Olímpico conquistado um ano antes em Atenas.
Acabou por renunciar à dupla légua, evitando o confronto com o homem que o havia vencido em Atenas, o marroquino El Guerrouj.

7º Lugar - Frank Lampard
Como é de conhecimento geral, o Chelsea de Mourinho tem sido demolidor em terras de sua majestade, com a Premier League a tornar-se possivelmente no campeonato mais entiante do Mundo.
O técnico português construiu uma equipa tacticamente quase perfeita, sendo praticamente impossível de derrotar numa competição de regularidade.
O médio Frank Lampard tem sobressaído, tornando-se num elemento nuclear na estratégia dos Blues.
Forte a defender e com veia goleadora, Frank acabou por ficar em 2º lugar na votação para melhor futebolista do ano.

6º Lugar - Fernando Alonso
2005 marcou o fim do reinado da Ferrari e consequente queda do Kaiser alemão, Michael Schumacker.
O trono de piloto mais rápido do mundo é pertença, agora de Fernando Alonso da equipa Renault, para gáudio de franceses, espanhois, Briatori e Charles Gohn.
Apesar de Kimi Raikonen ter sido traído pela falta de fiabilidade do seu Mclaren Mercedes, Alonso tem o mérito de ter sido o piloto mais regular.
Poucos foram os erros do jovem espanhol, que aos 24 anos de idade se tornou no mais jovem campeão do Mundo.

5º Lugar - Rashid Ramzi
Talvez o nome menos conhecido da lista.
Nasceu em Marrocos, mas emigrou para o Bahrein, tendo inclusive prestado serviço militar ao serviço da sua nova pátria.
Dono de uma ponta final impressionante, sagrou-se campeão mundial dos 800 e 1500 metros.
Rui Silva, medalha de bronze em 1500, confidenciou a quando da passagem è final: "Ramzi é inacessível, mas os outros lugares estão em aberto."

4º Lugar - Justin Gatlin
Apesar de Asafa Powell ter batido o record mundial dos 100 metros, Gatlin mostrou ao Mundo ser o homem dos grandes momentos.
Tal como Ramzi, este norte-americano tem a honra de ser um duplo campeão mundial, ao vencer os 100 (igualmente campeão Olímpico) e os 200 metros.
Em 2006 deve atacar o record de Poweel.

3º Lugar -Yelena Isinbayeva
A menina "record mundial" como carinhosamente já chamamos na Malta da Tropa que Curte Bola.
Depois de Bucka, o salto á vara volta a ter um dominador, agora no feminino!
Ao longo do ano, a bela russa foi-se entretendo nos meetings, batendo sistematicamente a melhor marca mundial.
Em Helsínquia foi igual a si mesma e conquistou o ouro.
Já com a vitória assegurada, fechou o concurso com chave de ouro, obtendo um novo record mundial. Simplesmente fantástico!
Não fossemos nós uns machistas do caragu e Isinbayeva poderia muito bem estar mais acima na nossa lista.

2º Lugar - Ronaldinho Gaúcho
E eis que após Diego Armando Maradona temos finalmente um rei.
O "dentuça" de Barcelona foi estupendo em 2005, contribuíndo para o fim do mito dos Galácticos de Madrid, vencendo o campeonato espanhol e conquistado pela 2ª vez consecutiva o prémio da Fifa para o melhor jogador do ano.
Na presente época, os catalães estão bem lançados para o bi. Na champions têm a infelicidade de encontrar novamente o Chelsea de Mourinho, contudo duvido que a sorte volte a proteger os Blues de Londres.
2006 poderá ser o ano, em que Ronaldinho Gaúcho obrigue Pelé a entregar a coroa definitivamente.

1º Lugar - Lance Armstrong
Polémicas à parte, Lance Armstrong mostrou ser um dos maiores atletas da história.
Após o flagelo da doença, Lance iniciou, em 1999, uma sequência de vitórias no Tour de França, só interrompida pelo abandono da competição por parte do texano.
Foram 7 anos sempre a ganhar, 7 caminhos triunfais, de amarelo vestido, até aos Campos Elísios. Somente em 2003, J. Ulrich, pareceu a certa altura fazer perigar a vitória do norte-americano.
Muito forte nos contra-relógios (talvez o melhor da actualidade) e quase invencível na montanha (não me venham com Heras e Simoni, por favor), Armstrong é praticamente impossível de bater numa competição de 3 semanas, como é o Tour de França.
Em 2005, Basso e Ulrich, impotentes, limitaram-se a seguir o homem da Discovery-Channel, não ousando atacar.
Fechou-se um ciclo, vamos sentir saudades daquela cadência incrivel com que Lance pedalava nos contra-relógios e do à vontade com que atacava os Pirineus e os Alpes.
Retirou-se no melhor momento, no auge da carreira. Teve a sorte de escolher o melhor momento para sair, ao contrário de Miguel Indurain que no ano do adeus, se quedou num frustrante 11º lugar.

19 dezembro, 2005

Wilt Chamberlain

100 Pontos
Foi em Março de 1962 que Wilt Chamberlain estabeleceu um record que poderá nunca mais ser batido.
Num jogo contra os New York Knicks, marcou 100 pontos, guiando os Philadelphia Warriores a uma vitória por 169-147.


Rivalidade com Bill Russel
O início da década de 60 viu nascer uma das maiores rivalidades de sempre daNBA, qui ça do desporto mundial. Wilt Chamberlain vs Bill Russel.
Apesar de Wilt ofuscar completamente em termos individuais o seu adversário, os Warriors apenas por 1 vez conseguiram vencer os Celtics.

2 Aneis de Campeão
O facto de ter sido contemporâneo da dinastia de Boston, impediu Wilt de conquistar mais títulos de campeão da NBA. Em 1967 e já ao serviço dos 76ers, Chamberlain alcançou o seu 1º título. Philadelphia, que no início da época contratou o talentoso extremo BillyCunningham, alcançou na regular season 68V e 13D, estabelecendo o record da época.
Nos playoffs e após vários anos de frustração Wilt teve finalmente a "vingança", derrotando os Celtics Bill Russel. Era o fim de uma série de 8 títulos dos orgulhosos verdes de Boston.
Na final os Warriors conquistaram o título, vencendo por 4-2.
O 2º título foi em 1972, ao serviço dos LA Lakers, equipa para a qual setransferiu em 1968. Na regular season os Lakers estabeleceram novo record de vitórias e derrotas numa época com 69V e 13D.
Um equipa fantástica que arrasou os N.Y. Knicks na final do campeonato com uns claros 4-1.
Para recordar fica o 5 base dos Lakers, talvez a melhor equipa de sempre, até ao surgimento dos Chicago Bulls de Michael Jordan.
Jerry West, Gail Goodrich, Happy Hairston, Jim Mcmillan e Wilt Chamberlain.

17 dezembro, 2005

Thriller in Manilla

Foi em Outubro de 1975 que teve lugar o maior combate da história do boxe.
Muhammad Ali, campeão mundial de pesos pesados, contra o seu arqui-rival, “Smokin Joe” Frazier, no famoso Thriller in Manila.
Era o 3º combate entre estes 2 colossos do boxe mundial, após uma vitória para cada lado nos confrontos anteriores.
Na conferência de imprensa, Ali no seu estilo característico cita um poema no mínimo hilariante: " It will be a killa and a chilla and a thrilla, when I get the gorilla in Manila."
De seguida agarra um gorila de peluche preto o qual se apressa a esmurrar: "This is the way Joe Frazier looks when you hit him. Come on, gorilla! "We're in Manila. Come on, gorilla; this is a thriller."
Foi a gargalhada geral! Ali era assim mesmo!

Quanto ao combate, previsto para 15 rounds, foi de uma intensidade nunca antes vista, com os 2 pugilistas a darem melhor de si, tentando aniquilar o oponente.
Ali dominou os primeiros rounds, até que no 6ª Frazier acertou um gancho de esquerda que teria derrubado qualquer outro no planeta.
Seguiram-se rounds onde o domínio de Joe Frazier imperou, contudo "Smokin" não conseguiu desferir o golpe de misericórdia, acabando por sofrer um contra-ataque no 12º round que lhe acabaria por fechar o olho esquerdo.
No 14º round, Frazier sofreu uma “chuva de golpes“ tremenda. Apesar de conseguir suportar o assédio de Ali até ao soar da campaínha, sem tombar, o seu canto, na pessoa de Eddie Flutch lançou a toalha.
“Joe, the fight’s over, I’m stopping it. You’re taking too much punishment and I don’t want you to take any more.”
Muhammad Ali vencia por KO técnico.

Anos mais tarde ali reconheu a bravura de Frazier ao dizer: "Man, I hit him with punches that would bring down the walls of a city. Lordy, he's great! Joe Frazier is one hell of a man. If God ever calls me to a holy war, I want Joe Frazier fighting beside me."

Quanto a Eddie Flutch, o homem que lançou a toalha, confidenciou ao mundo, 3 anos antes da sua morte: "I was thinking about Joe's family, how much they loved him.
People still ask me why I pulled Joe out when there were only three minutes left. My answer has never changed. I tell them that I'm not a timekeeper. I'm a handler of fighters."

http://www.youtube.com/watch?v=IRp65JXBv0g

15 dezembro, 2005

Quase ia Passando ao Lado de uma Grande Carreira

No sentido inverso do post anterior, falarei agora de atletas a quem foi vetada a oportunidade em clubes nacionais, alcançando posteriormente o estrelato além fronteiras. Ficam 5 exemplos de imbecilidade, passiveis de serem castigados pelos famosos castigadores da parvoíce da série de culto Gato Fedorento.

Assis, ex-jogador do Sporting encontrava-se ao serviço do Estrela da Amadora.Homem de família, interpelou os responsáveis do clube da Reboleira no sentido deadmitirem o seu irmão mais novo, um tal de Ronaldo de Assis Oliveira, no futuroconhecido por Ronaldinho Gaúcho.Homens com visão, os amadorenses acharam um absurdo os 200 contos mensaispedidos pelo jovem de 17 anos.Um gesto que levou às lágrimas (de tanto rir) o futebol mundial.

Giovanni, avançado brasileiro, chegou à cidade berço em meados dos anos 90. Ainda muito jovem tentou a sorte no vitória local, treinando à experiência. Não foi aceite!Seguiram-se Barcelona, Olympiacos e Santos (clube onde joga actualmente).Pelo meio foi parte integrante da selecção canarinha, vice-campeã mundial noFrança 98.

Sabiam que Gabriel Heinze, internacional argentino e defesa esquerdo doManchester United, actuou no Sporting?Pelo menos este foi admitido, contudo nunca passou da mediocridade no clube leonino.Foi cedido por meia duzia de patacos ao PSG, onde relançou a carreira. Daí partiu, na época 2004/ 05, para Manchester.
Se recuperar da lesão que o apoquenta há alguns meses, deverá marcar presença no Mundial.

Christian, avançado brasileiro, actuou no Estoril Praia no início dos anos 90.Viu a carreira em risco devido a uma doença misteriosa. Falou-se em SIDA ouHepatite B.Abandonou Portugal sem glória, ingressando no PSG, onde se tornou fundamental.Actualmente, joga no São Paulo.

Alexander Mostovoi chegou à Luz na época 92-93 na companhia de 2 compatriotas, Sergey Yuran e Vassily Kulkov. Possivelmente o melhor dos 3 russos, cedo se incompatibilizou Toni, sendo relegado para o banco de suplentes ou bancada. Nas poucas oportunidades que teve as suas exibições roçaram a mediocridade. Famoso o lance, naquela noite de nevoeira em pleno estádio das Antas, onde conseguiufazer o impossivel, falhando um golo de baliza aberta. O Porto venceu por 1-0,com golo de Timofte na conversão de uma grande penalidade. Redimiu-se nesse mesmo estádio, numa eliminatória da taça de Portugal, ondelogrou o empate na conversão de um livre directo, com poucos minutos para sejogar. Na jogo de desempate o Benfica venceu por 2-0, com golos de Isaías eYuran. No final da época saiu da Luz para o Estrasburgo de França, onde se tornou fundamental. Vingou-se de Toni, ao vencer o Bordeus, no jogo que ditou a demissão do técnico campeão português. Posteriormente foi comprado pelo Celta de Vigo, tornando-se na referência do emblema galego. Foram os melhores anos da sua carreira, onde se destaca a "maldade" feita aoBenfica, com os encarnados a saírem dos Balaídos vergados a uma derrota por 7-0.

Para concluir deixo uma provocação aos adeptos do nosso Porto.
Pauleta. Conhecem a história?

12 dezembro, 2005

Passei ao lado de uma grande carreira

A pedido de várias famílias decidi elaborar este post, todinho ele dedicado a jovens promessas do futebol português.
Na baliza escolho José Bizarro, o títular em Riad. Curioso os tempos nas camadas jovens do nosso Porto, onde Bizarro obrigava o treinador, qual Felipão, a relegar para o banco Vitor Baía.
Num gesto irreflectido trocou as Antas pela Luz e eclispou-se. Os registos afirmam que ainda jogou no Orense e no Leixões.

A lateral direito, Abel Silva, o homem que abriu caminho à vitória na final do Riad 89, sobre a Nigéria, com um golo de antologia. No Benfica viu-se completamente tapado pelo veterano António Veloso.

A lateral esquerda vai para Paulo Torres, o defesa goleador que tanto jeito deu na conquista do bi-campeonato de juniores em Lisboa. Conhecido pela excelência do seu petardo, cedo se impôs na equipa principal doSporting. Na época de 1994/95 Carlos Queirós relegou-o para o banco de suplentes em benefício de Vujacic, sendo o princípio do fim. Após aventura na terra de nuestros hermanos, rumou a trás-os-montes para representar o simpático Desportivo de Chaves.

Os centrais são Valido e Emílio Peixe.
Do primeiro apenas sabemos que foi formado nas camadas jovens do Benfica, sagrando-se campeão do mundo em Riad onde formou dupla com Fernando Couto, então a jogar na 3ª divisão nacional no Famalicão.
Relativamente a Emílio Peixe, os críticos preveram-lhe um futuro brilhante, acabando o jovem por ser eleito o melhor jogador do mundial de Lisboa. Cedo ganhou um lugar no meio campo leonino, recuando mais tarde para central. A procura de águas mais quentes, levaram-no a rumar à Andaluzia para representaro Sevilha. Um par de anos volvidos e regressa a Alvalade. Já na curva descendente da carreira (23 ou 24 anos) é trocado juntamente com Costinha, por Bino e Rui Jorge, em negócio envolvendo o nosso Porto. Meia duzia de jogos de dragão ao peito e o regresso a Lisboa, agora para jogarno Benfica. Estava completa a triologia! Novo mergulho na obscuridade e nova viagem agora rumo a Leiria, onde umacomprometedora lesão acabaria com mui nobrer carreira.

O trinco é Ednilson, o jovem craque que Capelo levou um dia para a As Roma. A estreia na SL, foi aos 18 anos, com as cores do Benfica... e logo contra o nosso Porto. O jogo ditou um triunfo por 2-1 para os encarnados, sendo Edilson aclamado pela crítica. Depois foi sempre a descer, acabando por ser dispensado por José António Camacho, rumando ás margens do Cávado, onde não se conseguiu impôr.

Á direita Gil, o jovem prodigio benfiquista, já referido neste blog, em vésperasdo Benfica - Sporting da época passada.
No miolo Bruno Caires, outra promessa benfiquista, que passou igualmente porBelenenses, Celta de Vigo, Sporting, Sporting-B e União de Lamas.
Na esquerda o irrequieto e indisciplinado, Hugo Porfírio. Porfírio um clássico trota mundos, foi formado nas escolas do Sporting, clube de onde partiu para o West Ham United. Ainda passou por Espanha, nomeadamente Racing de Stantander, antes de ingressar no Benfica, em mais um claro e tão usual gesto de provocação ao rival da 2ª circular. Não se impôs na Luz, sendo cedido ao Marítimo. Viu-se credor dos encarnados em 2milhões de Euros, obrigando os encarnados a rubricarem novo contrato consigo.Mau jogador, mas bom negociador!

O nº10 é Dani, a revelação do Mundial do Qatar, onde estiveram igualmentepresentes, Ortega, De la Peña e Raul Blanco Gonzallez.Sexy Symbol, formado no Sporting, foi vendido ao Ajax, onde encantou o públicofeminino do Arena.Seguiram-se West Ham , meia dúzia de jogos no Benfica sob as ordens de Mourinho e Atlético de Madrid. Cansado dos relvados abraçou a carreira de modelo e apresentar televisivo aos 28 anos.

Finalmente, das escolas do nosso Porto para Mundo, Toni, ponta de lança campeão do Mundo em Lisboa. Conhecido pela pos modernidade dos seus festejos sempre que violava as redescontrárias, fez parte do plantel azul e branco ainda muito jovem, sendo dedestacar o golo marcado nos Barreiros já em tempo de compensação e que valeu uma vitória por 0-1. A falta de oportunidades levaram-no a rumar ao Beira-Mar e Salgueiros, ondeviria a cair no esquecimento.

Para concluir ficam outros nomes que poderiam muito bem figurar na nossa lista:
Guardiolas: Tó Ferreira e Fernando Brassard
Defesas: Morgado, Veríssimo, José Soares e Alfredo Boia
Médios: Cao, Resende, Tó-Zé, Filipe, Kanana, Tinaia, Hugo Leal, Poejo, João Oliveira Pinto
Avançados: Paulo Costa, Zeferino, Bambo

10 dezembro, 2005

Sorte (?)


Poucos esperavam que o resultado do sorteio do Mundial colocasse Angola no caminho de Portugal. Dos nossos irmãos palancas negras só me lembro do jogo de Alvalade(5-1 para a selecção portuguesa), há 4 anos, quando Mantorras, Akwá e companhia começaram a distribuir pau como se não houvesse amanhã, no dia em que Hugo Viana se tornava internacional. 4 expulsões e uma invasão de campo angolanas marcaram o amigável. A selecção de Oliveira Gonçalves é hoje muito mais disciplinada e organizada, aproveitando devidamente o talento do futebol africano. Não nos podemos esquecer que deixou para trás a Nigéria, assídua participante em Mundiais...
A enorme inexperiência a nível internacional pode ser fatal e o principal objectivo pode passar por marcar o 1º golo num mundial. Vai ter um grande apoio na Alemanha, com 500 mil emigrantes a debateram-se pela corrida aos ingressos.
De destacar o lateral-esquerdo Yamba Asha, o organizador Figueiredo e o ex-novo Eusébio, Akwá, para além do mano Mantorras. O 1º jogo, contra Portugal, está marcado para Colónia, a 11 de Junho.


Equipa-tipo: João Ricardo, Jacinto, Kali, Jamba, Yamba Asha, André Macanga, Gilberto, Figueiredo, Mendonça, Akwá e Flávio

O Irão será a segunda equipa que os tugas terão de defrontar. Treinados pelo croata Branko Ivankovic, realizaram uma fase de qualificação irrepreensível(9 vitórias,2 derrotas e 1 empate), o que pode não querer dizer nada, visto que contra Laos, Qatar, Bahrain ou Coreia do Norte também o Carcavelinhos consegue amealhar pontos.
Apenas os encontrámos no nosso caminho por ocasião da Minicopa de 1972, com uma vitória por 3-0. Apesar do fraco historial( 2 presenças com eliminações imediatas), a nova geração do Irão conta com talentos que já se destacaram em campeonatos como o alemão. Mahdavickia é um extremo-direito estrela do Hamburgo, enquanto o centrocampista Karimi, do Bayern de Munique, já é falado como futuro sucessor de Michael Ballack. Hashemian também é titular no Hannover.

Mas o mais experiente e conhecido jogador está no ataque. Actualmente joga no Al-Shabab, dos Emiratos Árabes, mas já passou pelo Bayern de Munique e pelo Herta de Berlim. Ali Daei, o capitão, ultrapassou Puskas em 2003 como melhor marcador em jogos internacionais, marcando o seu 85º golo com a camisola iraniana. E para além disso o seu curioso bigode poderá ser um exemplo para o futebol português, em défice tão grande nesta área.
O mais memorável jogo deste país do médio oriente foi frente aos E.U.A., no Mundial 98, em pleno conflito entra iranianos e americanos. O Irão levou a melhor, com um resultado de 2-1.

Equipa-tipo: Mirzapour, Kaabi, Golmohammadi, Rezaei, Nekounam, Zandi, Hashemian, Karimi, Mahdavickia, Vahedi, Ali Daei

O México, a melhor selecção da América Central, é a selecção que maior oposição pode fazer a Portugal na conquista do grupo. Depois de uma boa imagem deixada na ultima Taça das Confederações, onde alcançaram o 4º posto e venceram o Brasil, o técnico Ricardo La Volpe quer bater a marca dos quartos-de-final, o mais longe onde os mexicanos conseguiram chegar em 12 participações. Terminaram a fase de qualificação atrás dos E.U.A., mas em nada são inferiores aos americanos. O ponta-de-lança do Bolton Jared Borgetti é a grande referencia no ultimo terço do terreno. Foi o melhor marcador de todos os grupos de apuramento, com 14 golos. Já marcou 67 golos ao serviço do seu pais, marca que lhe valeu a alcunha de “Zorro do Deserto”. Na defesa, Rafael Marquez, central do Barcelona, despensa apresentações.

Equipa-tipo: Sanchez, Rodriguez, Mendez, Salcido, Marquez, Pardo, Pineda, Morales, Zinha, Fonseca, Borgetti.

Muitos dizem que a sorte deste sorteio é pura ilusão e que seria preferível jogar com a Itália, Alemanha ou França. Mas com uma selecção melhor do que há 4 anos atrás e com um grupo ainda mais fraco teremos razões para duvidarmos das nossas capacidades para alcançar os oitavos-de-final? Temos um conjunto de jogadores com uma atitude fantástica, ao contrário do que acontecia dantes.
Apesar das muitas críticas a Scolari, é a primeira vez que estamos pela 2ª vez consecutiva num Mundial. Podemos criticar o seleccionador brasileiro quando olhamos para trás e observamos a pálida imagem que Portugal normalmente dava nas fases de qualificação para mundiais e europeus?
Se Portugal seguir em frente, vai enfrentar Argentina, Holanda, Costa do Marfim ou Sérvia Montenegro, que fazem parte do mais forte grupo sorteado .

Kareem Abdul-Jabar

O Início
Ferdinand Lewis Alcindor Jr, nasceu em New York, 2 anos após o terminus da 2ªGuerra Mundial. Filho único de uma família bastante conservadora, Lew, de longe o mais alto do seu liceu, era visto pelos colegas como um "anormal".
Após dominar o basket de liceu, Alcindor rumou até UCLA, para jogar nos poderosos Bruins de John Wooden. Com Alcindor UCLA conquistou 3 títulos universitários.

Os anos em MilWaukee
Em 1969 os MilWaukee Bucks, então na sua 2ª época como equipa profissional, recrutaram Alcindor como 1ª escolha do draft.
Era a altura para um novo centro dominar a liga. Bill Russel já se haviaretirado e Wilt Chamberlain apesar de efectivo já contabilizava 35 anos.
Após 27V e 55D, os Bucks melhoram para 56V e 26D, sendo Alcindor eleito Rookiedo ano.
Na época seguinte, o veterano base Oscar Robertson chega à equipa, estando completo o puzle para o assalto ao título.
Após 66V e 16D na regular Season os Bucks foram igualmente demolidores nos playoff. Na final venceram por 4-0 aos Baltimore Bullets.
Milwaukee voltou às finais em 1974, contudo tombaram ante os Boston Celtics liderados pelo centro Bill Cowens e por uma linha de bases bem mais rápidos do que Oscar Robertson.
Após a retirada do Big O, a equipa mergulha na mediocridade. DescontenteAlcindor, entretanto convertido ao Islamismo e adoptando o nome de KarremAbdul-Jabar pediu para ser trocado para New York ou Los Angeles.

Os anos dourados em L.A.
Kareem chegou aos Lakers em 1975. Com Chamberlain retirado os californianos estavam em crise, tendo somente vencido 30 jogos na época anterior. Apesar dos progressos foi preciso esperar até 1980 para saborear de novo o sucesso.
Um base rookie de 20 anos, com 2.08mts oriundo do estado de Michigan, chegou à equipa, nascendo uma das mais temíveis duplas da história do jogo. Seguiram-se 5 títulos (Philadelphia-2, Boston-2 e Detroit) de campeão em 8 presenças na final.

Melhor marcador de sempre
Em 1984 Kareem viveu um dos mais marcantes momentos da sua carreira. Recebendo um passe de Magic Jonhson, executa o seu famoso Sky-Hook, marcando o ponto nº 31420, ultrapassando o record de Wilt Chamberlain.

Retirada
Karrem retirou-se em 1989, após a final do campeonato em que os Lakers foramderrotados pelos Detroit por 4-0.Para trás ficaram 21 épocas de sucesso. Nenhum outro jogador marcou mais pontos, venceu mais trofeus MVP e esteve presente em mais jogos All-Star.