31 março, 2005

Gabriel Alves (mail enviado por Daniel Guerrero, de Chaves)

Um post dedicado a um dos maiores mitos da comunicação social portuguesa, da autoria de Daniel Guerreiro.
Torna-se quase uma obrigatoriedade para um blog sério, focar o melhor analista desportivo do país o José Mourinho da análise ao que se passa dentro das 4 linhas.

Atenção!! A "Força Aérea" portuguesa está em défice perante a "anti-aérea" eslovaca!...»Gabriel Alves, comentador RTP, durante o Eslováquia-Portugal

Gabriel Alves e o polivalente Paulinho Santos:"... é um jogador polivalente na defesa, que tanto joga a central como a central de marcação."
Gabriel Alves contínua:"Vejam como Paulinho Santos não deixa Sá Pinto penetrar!!!"

Gabriel Alves comenta uma excelente defesa de Silvino ao serviço do FC Porto:"Eeee pá... Silvino... a levar a mão às bolas..."

Gabriel Alves e a nova táctica que Souness aplicou no Benfica:"O Benfica está em excelente forma, a jogar num 3x4x3x3"

Gabriel Alves comenta um excelente pormenor técnico de um jogador:"... trabalhando muito bem debaixo das pernas do adversário"

Gabriel Alves:"OOOOOhhhh, toda a escola italiana a mostrar-se na técnica individual do jogador ...".

Brilhante comentário técnico, de Gabriel Alves, ácerca do golo, invalidado no jogo Euro96, Romenia-Bulgaria, onde a bola bateu na trave e tocou no interior da baliza, junto a linha de golo:"De facto foi golo, com a bola a bater A MAIS DE 2 METROS para lá da linha de golo"

Durante o Euro96, no primeiro jogo Alemanha - Rep. Checa, Gabriel Alves afirma entusiasticamente:"Existem muitos jogadores alemães a jogarem no campeonato germânico"

Ouve-se no estádio, alguém a gritar:"Ó Pinto da Costa, vai pró ca...".Diz Gabriel Alves, no mesmo instante:"O publico entusiasmado... a apoiar as duas equipas..."

Gabriel Alves, numa discrição "detalhada" de um estádio de futebol..."É um estádio bonito, moderno, arejado..."

No fim dum jogo da selecção nacional:"A selecção não jogou nem bem nem mal, antes pelo contrario..."

Campeonato do mundo dos EUA, jogo Suecia-Romenia, comentario a uma jogada de ataque da equipa romena:" George Hagi, estratega da equipa.... (pausa enorme).... Raducioiu (lido assim mesmo) .......... (Nova pausa) ..... Já perdeu tempo de remate. Golo."

Num jogo do Benfica, Gabriel Alves... atento ao desenrolar do jogo..."O Benfica está a jogar num futebol de passe curto...(pausa)... e passe longo, consoante as ocasiões..."

O Grande Gabriel, no Suécia - Roménia do Mundial 94, após o golo de empate dos suecos:"Kenneth Anderson, 1 metro e 93 de golo..."

Gabriel Alves, outro brilhante e típico comentário:"Um passe para uma zona de ninguém, onde realmente não estava ninguém!"

Gabriel Alves, num jogo do Manchester:"Giggs, um jogador que remata bem do meio-campo para a frente"

Jogo da Supertaca 95 (Sporting- Porto) em Paris:"Superavit tecnicista dos centro-campistas do Sporting em relação aos do Porto"

Jogo do Sporting:"Juskowiak a vantagem de ter duas pernas!

Durante a Final da Taça UEFA, entre Bayern e Bordéus:"Reparem como os jogadores do Bayern movimentam-se descrevendo figuras geométricas... O futebol é uma arte plástica.... "

Comentário num jogo do mundial dos E.U.A (94):"Uma humidade relativa, muito superior a 100%..."

Durante o aparatado encontro entre SL.Benfica(0) e FC.Porto(5), ouve-se a certo momento, Gabriel Alves, a tecer o seguinte comentário:"Jardel.... um jogador com um tempo de salto de 70 centímetros..."

Gabriel Alves, no decorrer de um jogo afirma:"Lá vai o rapidíssimo Lentini"

Comentário televisivo de Gabriel Alves num jogo do Boavista a respeito de um corte feito pelo jogador Mammadu Bobodjalo:
- "Bóbó... Bóbó_excelente."

Gabriel Alves comenta a juventude de Hugo Leal:
"Este jogador é uma jovem esperança do futebol português que se não se vislumbrar nem embandeirar em arco se poderá concretizar numa certeza."

Thanks Daniel e força Desportivo de Chaves.

A Armada Inglesa

Advertência: Este post foi sugerido pelo amigo Ravel.
Obrigado também a André Machado, de Setubal pelo contributo na procura de imagens.

Graeme Souness, antiga glória do Liverpool, chegou ao Benfica pela mão do não menos glorioso presidente João Vale e Azevedo (em Dezembro de 1997), após ter sentido o sabor do chicote em Turim (no Torino, claro).

A oposição rapidamente o apelidou de perdedor, contudo JVA saiu em sua defesa:
"Este homem é um vencedor, quem consegue manter o Southampton na Premier Leaguetem que ser forçasamente um vencedor" (têm passado pela Premier League muitos vencedores nos ultimos anos).
Os primeiros craques britânicos a chegar à Luz foram Scot Minto, um lateral esquerdo de qualidade razoável

e Brian Deane, um avançado alto e tosto (muitotosco) mas que se revelou de grande utilidade.

Um mister a quem Gabriel Alves se referiu como tendo algumas limitações, conseguiu fazer renascer a nação benfiquistas (os 6milhões) com uma 2ª volta em grande estilo onde se destacam goleadas ao Sporting em Alvalade (1-4) e ao nossoPorto na Luz por 3-0 (com Deane a facturar nos 2 jogos).
No ano seguinte, uma pré época em cheio que culminou com uma goleada à Lazio(4-0) e uma pre eliminatória da liga dos campeões facilmente ultrapassada frente ao Beitar de Jerusalem, fizeram encher de esperança as hostes vermelhas e brancas.
Souness entretanto havia contratado Mark Pembridge, um médio esquerdo galês

e um trinco de renome, ex-Liverpool, rotalado de craque e que se esperava que fosse o professor de José Calado, Michael Thomas.

Cedo se percebeu que Michael teria vida díficil (muito díficil) na Luz, uma vez que a cara dos furiosos adeptos contorcia-se a cada vez que o inglês tocava na bola.
Num jogo contra o PSV para a liga dos campeões, Souness vem em defesa do seupupilo dizendo que: "Michael Thomas has BIG BALLS". O mito tinha acabado denascer.
Mais tarde deu-se "o efeito Thomas" (citação de José Eduardo).
O que era o efeito Thomas?
Este efeito consistia no facto do adversários a ignorarem completamente o inglês, fazendo com que este onseguisse exibições razoáveis, nomeadamente contra o Vitória de Guimarães na Luz (3-1, 1golo do Thomas) e Sporting em Alvadale(1-2, 2 autogolos de Beto).
Anderson Luiz de Sousa (Deco), viria a interpelar João Vale e Azevedo sobre a sua actual situação no clube, sendo prontamente posto no seu lugar com a seguinte afirmação: "Mas tu pensas, que alguma vez jogarás no Benfica? Temos oMichael Thomas que é mil vezes melhor doque tu. Desaparece é do meu gabineteantes que te mande treinar amarrado a uma árvore".
Meses mais tarde, Deane rumou ao Boro por 900 mil contos (que grande barrete), Minto foi para Londres representar o Chelsea, mas foram contratados Gary Charles ao Aston Vila,

Steve Harkness ao Tramiere Rovers da 3º divisão inglesa

e DeanSandeurs não se sabe muito bem a quem.

A armada inglesa teve o seu momento de glória no "jogo do título" em pleno estádio da Luz, contra o Boavista, sendo cilindrados por 0-3 pelos nortenhos.
Paulo Madeira (qual Carlos Secretário) ajudou ligeiramente tendo isolado o ganês Kwayne Ayew logo aos 2 minutos, para o 0-1.
O reinado de Souness é igualmente marcado pela visão pós moderna ao ponto de deixar Karel Poborsky de fora sempre que o clube jogava fora de casa, sob a justificativa de que o campo não era para as características do checo e pela dispensa do Boliviano Erwin Sanchez (mais tarde campeão pelo Boavista).
A meia duzia de jornadas do fim do campeonato e em vésperas de um jogo contra o vitória de setubal (derrota por 1-0) da-se o estalar do chicote para os lados daLuz e Sheu Han assume o comando técnico da equipa.
No final da época os britânicos rumaram à sua pátria, para tristeza de todos, em especial dos amantes do futebol espectáculo em geral, portistas, sportinguistas,...e boavisteiros em particular.
Fica para recordação a equipa tipo no reinado do escocês.
Preud Homme com 39 anos, but fresh as a letuce, na baliza.
A latereal direito Gary Charles; Steve Harkness na esquerda, com a dupla maravilha Ronaldo e Paulo Madeira no centro.
(meu deus que simbolismo, nem sei se prefira esta defesa ou a apresentada um anomais tarde em Vigo).
O trinco era o grande Michael Thomas, o homem do metro quadrado, o homem que jogava ao primeiro toque, o homem com a sua velocidade supersónica causava desiquilibrios (na defesa e no ataque).
Médio direito, mas só para os jogos em casa, Karel Poborsky (Tahar El Kalej surgia sempre que a equipa alinhava fora de portas), Calado a médio Centro e Mark Pembridge na esquerda.
Observem bem, Thomas, Tahar, Calado e Pembridge... um meio campo digno de qualquer grande clube que aspire a subida à 2ª divisão B Zona Sul!
Lá na frente João Vieira Pinto (Dean Sandeurs) e Nuno Gomes.
Vejam os primeiros desentendimentos com o menino de ouro da Luz, que passou a ter que lutar pela titularidade com o galês de 35 anos (que em determinada altura travou um duelo de veteranos interessante contra Beto Acosta).
Era o prenuncio de que algo de muito mau iria surgir ao menino de ouro no ano seguinte.
Como dizia o outro, recordar é viver.
Saudações desportivas a todos

30 março, 2005

Quem é o Mandamil?

Gilberto Mandamil nasceu nas margens do Sado(em Setúbal, portanto) , alguns anos d.C., ostentando um enorme orgulho em ser da terra natal de Zé Mourinho.Os seus primeiros toques na bola foram dados perto do Bonfim e lidou desde pequeno com os factos de gestão futebolística,pois é filho de um ex-dirigente. Como jogador,começou a carreira em clubes regionais, tendo partido para os U.S.A. muito novo, onde fez uma grande carreira em clubes como o Metrostars e o Chicago Fire e ensinou aos "américas" a verdadeira essência do "soccer".Voltando á europa,teve ainda uma curta passagem por Itália,onde passava os dias no café a ver as gajas com o seu companheiro das borgas Ravanelli.

Já em final de carreira,optou por uma mudança de look,ao mesmo tempo que voltou para Portugal, onde representou o Vitória de Setúbal e o Comércio e Indústria,clube da mesma cidade.

O seu ultimo momento nos grandes palcos foi num jogo organizado pela FIFA realizado em Nova Iorque em sua homenagem,no âmbito da sua nomeação para melhor jogador estrangeiro de sempre na América do Norte,evento que levou uma grande massa humana ao estádio.

Decidiu tirar o curso de Futebol aplicado e Computação,pois decidiu que era necessário seguir uma carreira de dirigente ou mesmo treinador. Durante alguns meses,estagiou ao lado de Carlos Cardoso no Vitória de Setúbal,onde bebeu o suco da glória no banco.Fez ainda questão de ter uma experiência na área executiva,ao lado de Reinaldo Teles,onde acompanhou muitos dos acontecimentos nas antigas Antas. A sua relação de amizade com Zé Cavra e Octávio Cagado nasceu nos escritórios do projecto "ganhar sem limites", liderado por Vicente Cantatore e Gigi Del Neri.
Nutre uma grande admiração pelo mister Carlos Cardoso,Diamantino Miranda,Luis Campos(quem não o admira?!),Professor Neca (idem),Dias da Cunhas e Luis Filipe Vieira ("ambos os dois") e por Pinto da Costa e Carolina Salgado,casal do qual é amigo há longos anos.

Quem é amigo? É o Celta de Vigo.


Outubro de 1999, o Benfica que havia sido derrotado recentemente sem apelo nem agrado pelo noso Porto no actualmente demolido Estádio das Antas (2-0), visitava os Balaídos com a esperança de fazer um bom resultado e trazer a decisão da eliminatória para a Luz.
Jupp Heynckes, antigo campeão europeu pelo Real Madrid e até então gozando de grande empatia por parte dos adeptos fez alinhar, perante 30 mil divertidos adeptos galegos, o seguinte onze.

Robert Enke na baliza (depois disto entendemos porque o rapaz quis sair do Benfica o mais rapido possível).
O quarteto defensivo era composto por Andrade, Ronaldo, Paulo Madeira e Rojas.
Meu Deus, que simbolismo!
Reparem bem na dupla de centrais Ronaldo e Paulo Madeira...(sem palavras), e os laterais? Andrade (um trinco adaptado a lateral direito, o que vem de encontro à minha teoria de que um trinco pode jogar em qualquer posição) e o argentino com cara de tio, Ricardo Rojas.
Rojas que havia sido testado a trinco (lá está!) no Estádio das Antas, foi o preferido para este embate em deterimento de outra lenda viva Sérgio Nunes (que alinhou contra o Porto tendo travado um interessante duelo com Nuno Rocha Capucho).
No meio campo tivemos, Poborsky e Maniche nas alas, Calado e Kandaurov no miolo.
Lá na frente a dupla de meninos de ouro, mas que não marcavam golos, João Vieira Pinto e Nuno Gomes.
Jogando na contenção, os encarnados viriam a ser traídos ao min. 19 quando Andrade carregou Gustavo Lopez dentro da área.
Karpin fez o 1-0.
Aos 30 min tabelinha entre Mostovoi e Makele, com este ultimo a fazer uma valente chapelada a Enke.
10 minutos volvidos e outra assistência de Mostovoi, desta vez para Turdô (jovem argentino de 19 anos) fazer o 3-0.
Aos 42 canto de Mostovoi (xiça que o homem estava mesmo com ganas) e Juan Fran fazia o 4-0 perante o desamparado guardiola alemão.
Para alegria de todos o intervalo chegou, as equipas recolheram aos balneários, de onde não voltou o ucraniano Sergei Kandaurov, surgindo na sua posição o marroquino Tahar El Kalej (era Jupp a arriscar fazendo entrar mais um trinco)
5 minutos volvidos e Gustavo Lopez isola Turdô que eleva para 5-0.
Aos 54 canto de Gustavo Lopes com Karpin a marcar de cabeça.
Com meia hora para jogar Mostovoi estabeleceu o resultado final após passe de Gustavo Lopez (outro?)
Até final os encarnados conseguiram manter invioladas as suas redes, dando uma prova cabaz de profissionalismo e do seu (não) estofo de campeão.
Á chegada a Lisboa milhares de adeptos furiosos esperavam os craques, proferindo palavras insultuosas...

É então que num momento épico e de profunda beleza, 2 dos adeptos mais mediatos do clube (o barbas e o taxista, têm um ataque de furia e agarrados a Nuno Gomes e dizem:
"Mas que benfiquistas são vocês? É este o amor que têm ao clube? Não vêm como estão os rapazes?"
Fez-se silêncio...e de repente canticos "Benfica, Benfica, Benfica", ecoram.

João Vale e Azevedo não se comoveu e ordenou que todo o plantel, pela voz do seu carismático capitão João Vieira Pinto, se desculpasse perante a nação benfiquista.

Na partida da segunda mão o Benfica limpou de certa forma a sua imagem, impondo um empate a 1-1 aos suplentes do Celta de Vigo.
Os golos foram Benni Mcharty e de Kandaurov.
Espero que depois deste post não me venham mais acusar de ser benfiquista,...nem portista, nem sportinguista.
O meu clube é o futebol bem jogado, a minha paixão são os trincos, o meu melhor amigo é o Zé Mourinho e as minhas referências são Carlos Cardoso, José Rachão, Armando Varinha, Mister Luis Campos e o professor Neca.

Cagado O Imortal

Muitos peguntam quem será Octavio Cagado.Será 1 homem?Será mestre na arte do cagar?Terá relação com o nome?Enfim.Muitos procuram a sabedoria,mas so alguns a alcançam.Diz-se que nasci algures durante o Terramoto de Lisboa

Sempre fui 1 tipo altamente recomendavel pelos mais altos sectores da sociedade burguesa da altura.Quando queriam alguma coisa,la ia o Cagado dar o conselho,ou fazer algo.
Fui um dos pioneiros do futebol,ou Foot-Ball em Portugal,

e fui 1 dos principais influenciadores da 1ª republica portuguesa,

a seguir fui para moçambique,onde tive alguns casos conjugais com umas candungas da região,das quais obtive procriação.Um dos meus filhos é treinador-adjunto dum clube famoso qq de Inglaterra...Bem,mas regressado,p volta de 39/40,alistei-me para a 2º Grande Guerra como Missionario,para levar a palavra e o dom da paz aos povos oprimidos.
Aqui vemos 1 foto minha da altura,a dar a Extrema Unção a 1 pobre coitado,e a espalhar a fé pelos povos:

Foram tempos k recordo c saudade,esta minha missao d missionario.

A 2ª parte da Vida de Octavio Cagado Brevemente...

Selecção


Bem,hoje parece que joga a nossa selecção,contra 1 daqueles países do leste.Realmente este grupo onde Portugal se insere,foi feito para passearmos...A Russia ja não é a potência que um dia foi,e a eslovaquia...está a ser uma agradavel supresa mas mesmo assim não chega ao nível de Portugal.Contas feitas,finalmente poderemos apurar-nos para 1 mundial sem maquina de calcular na mão.Qual é a do selecionador?Em principio jogará com Costinha,e Maniche a titular...Costinha k esta a contas c 1 lesão qualquer,e em baixo de forma,e M.Fernandes ja se viu que pode dar conta do recado...

pq é k o selecionador continua a insistir em convocar jogadores em baixo de forma,e em claro sub-rendimento,e inda por cima te-los a titular?O S.Scolari realmente deve passar muito tempo no Cascaishopping e no Columbo,as compras e a jogar bowling...Não ha nada como ser seleccionador...de 2 em 2 meses convoca-se um jogadores qq para uma sequencia de 2 jogos,é 1 trabalho bem pago,e durante o resto do tempo em que nao se faz 1 charuto,vai-se p praia de Ipanema apanhar banhos de sol,e jogar CM com os adjuntos...OU duvido muito,ou o S. Scolari convoca os jogadores,baseados no Championship Manager...porque convocar o H.Postiga,e não por exemplo um jogador como o João Tomás,que esta em bom momento de forma e marca golos ,ou outro avançado qq?Mas enfim,é o nosso selecionador e a nossa selecção,que apesar de tudo Apoiamos incondicionalmente...pois não é verdade que cada 1 de nós é 1 possivel "treinadores de bancada"?

29 março, 2005

Boloni,uma lenda viva

Se há personalidade estrangeira que marcou o futebol português com a sua profunda intelectualidade e sanidade nas suas acções,essa pessoa é Laszlo Boloni.


Já quando era puto, Ladislau mostrava toda a sua vocação para este desporto.Foi um jogador de topo na década de 80,sendo um dos mais internacionais de sempre pela Roménia.

Mas a sua verdadeira fama no nosso país nasceu quando assinou contrato com o Sporting.A partir desse dia, frases como "Je suis trés content" entraram pela casa dos portugueses como normal se tratasse e muitos misters começaram a usar mais de 50 folhas do seu bloco de notas por jogo, criando assim a imagem do "Laszlo wannabe". Foi ainda imortalizada uma célebre cena no seu livro,na qual o romeno comprou uma melancia gigante e passou várias horas sentado em cima do enorme fruto e a distribuir autógrafos,enquanto aguardava a chegada da srª Kláara Boloni.Importantes foram também as suas críticas a Jardel,quando o brasileiro insistia em fazer uma birra relacionada com uma transferência virtual para o Barcelona.

Lançou um livro depois de uma gloriosa época que culminou em dobradinha para o Sporting,intitulado Bloco de Notas,que obteve um número de vendas nunca antes visto em livros relacionados com desporto


e ficou conhecido como o treinador que mais jovens talentos lançou nos últimos anos,descobrindo nomes como Ricardo Quaresma,Cristiano Ronaldo e Hugo Viana.José Peseiro,ou o "Campino",já fez o mesmo e alguns dos talentosos jovens da Academia estão a demonstrar o seu potencial.

28 março, 2005

Mamadu Bobo

O antigo internacional e capitão da selecção da Guiné-Bissau Mamadú Bobó Djaló foi nomeado recentemente Embaixador do futebol guineense na Europa, Ásia e África.
O nosso Blog dá os parabéns ao Sr. Embaixador que durante anos foi um dos esteios do Boavista FC, sobretudo na altura do Boavistão de Manuel José (tb ele merecedor de 4 ou 5 posts).
Teve igualmente uma passagem feliz pelo "Marítime", de onde se realce um golo olimpico marcado em Alvalade na época de 88-89 que valeu a vitória ao insulares.
Um trinco à moda antiga que convém recordar pelo seu espírito raçudo e pelo seu forte pontapé raramente direccionado à baliza.

O grande Leça

Estava eu a tomar o pequeno-almoço com o Professor Neca

(que agora arranjou um emprego em part-time nas Maldivas)ali para os lados do Campo Grande, quando o gajo, com o jornal desportivo O Choco na mão a ver o que os jornalistas diziam do seu Aves, se vira para mim e diz: "Ó Gigi,tu lembras-te das caminhadas do Leça na divisão principal?" E foi por isto que decidi relembrar essas tardes de glória dos pupilos de Rodolfo Reis.

Estamos na época 93/94,quando o Leça consegue um honroso 9º lugar na Liga de Honra.A direcção olha com optimismo a época seguinte e aposta forte na glória leceira. É com naturalidade que,então,a subida é consumada.Nomes como Vladan,um mitico guarda-redes sérvio,Zé da Rocha, Alfaia,Mesquita e o poderoso Constantino imortalizaram o seu nome nos quadros de honra do futebol português.Quem não se lembra de Cao,campeão do mundo de juniores em Lisboa,um eximio recuperador de bolas?!Ou de Nando Có,um avançado africano de renome,dotado de uma técnica nunca antes vista e de um poderio físico ainda maior...
Esperemos que este clube,hoje não 2ªB,siga de novo um rumo glorioso,voltado ao convivio dos grandes.

Um noite na disco com o Zé Mourinho

Um fim de semana prolongado é tudo o que o trabalhador anseia e o patrão desespera, o meu patrão Dr. Rogério Mandamil e Mais se Houvesse e o Sr. Abramovich não fogem à regra.
Esta pequenina introdução para vos contar que o Zé veio passar a Páscoa a casa dos pais e como não podia deixar de ser lembrou-se de ligar aqui ao amigo.
Estava eu em casa a pensar nos factos marcantes do mundo futebolístico, nomeadamente a titularidade do Quim na selecção e o golo do Helder Postiga(Postigol como já é conhecido o rapaz), quando o telemóvel toca:
"Então Zé Cavra pah, sou eu, queres ir morfar qualquer coisa e depois ir até a uma disco ver as gajas?"
"Ok, Zé combinado" retorqui eu.
Passei por casa dele e com é usual fui muito bem recebido pelo Sr. Felix e DªMaria da Graça Mourinho que nutrem por mim uma afinidade ao ponto de me considerarem quase da família.
Fizemos um desvio para ir buscar o amigo Ashley Cole e lá fomos para uma noite de debate sobre toda a mecânica de fluidos envolta no futebol mundial.

(esta mania que o Ashley tem de ir para a noite com a camisola da selecção Inglesa irrita-me pah. Santa parolice)
Comemos na Adega dos Passarinhos (em Setubal) por entre amenas cavaqueiras de como um equipa que perde 3-0 sempre que joga fora contra uma equipa europeia minimamente decente se arrisca a ser campeã nacional, da subita amizade de Manuelele com os guardiolas contrários e das lacunas do chelsea ao nível do lado esquerdo da defesa.
Foi aí que eu disse: "Ashley tu para o ano é que podias ir para Standford Brigde man".
O Ashley concordou, mas o Zé disse: "Eh pah não, não falemos disso agora porque em Inglaterra as coisas não são assim. Sei que estás habituada aos assédios do nosso Porto ao Sokota e ao Maniche, mas em Inglaterra isso é punivel com perca de pontos. Agora que perdi o Robben não me lixem".
Pah, não se falou mais no assunto mas continuo a achar que o Ashley seria uma boa escolha, pq isto de se jogar com o Gallas no lado esquerdo não dá a profundidade desejada para a equipa fazer diambulações constantes pelos fancos.
Na disco (Conventual, tb em Setubal), , o Zé deu um autêntico show de dança deixando as gajas completamente loucas ao ponto de eu e o Ashley termos que intervir.

Não muda este Zé. Grande maluco!

27 março, 2005

Novo Visual - Novos Horizontes

Em época de Quaresma (Ricardo)

o nosso Blog apresenta um novo visual, mais colorido e com as fotografias que tanta faltinha faziam na edição anterior.
Special Thanks aos senhores Dipil de Lisboa (indiano) e Filipe Wolfpack de Sever do Vouga.
Foi introduzido um contador de visitas e ganhamos um novo moderador na pele do Dr. Gilberto Mandamil que funcionará como um carregador de piano para este Blog nos anos vindoiros.
Vamos criar uma nova rúbrica a apresentar todas as segundas feiras intitulada beldades exóticas onde o leitor poderá deliciar os olhos e equacionar se valerá mesmo a pena apostar na sua actual relação.
Começamos (a pedido do Dipil) com uma actriz indiana, Miss Universo em 1994 de nome
Aishwarya Rai



Recusou posar nua, contudo cedeu-nos amavelmente estas fotos.
Saudações desportivas e não só a todos

Estreia

É como muita honra que faço a minha estreia neste grande blog, onde vou poder expôr as minhas teses sobre a realidade do futebol português. Para 1º tema,escolhi os miticos jogadores nigerianos que o Vitória de Setúbal teve no seu plantel e que deixaram marcas não só no nosso país,mas por esse mundo fora(inclusivamente no Luxemburgo,país que José Veiga conhece bem por causa de uma certa casa de um certo clube que veste de azul e branco).Falo,obviamente, de Rashidi Yekini e Henry Makinwa,vulgo Maki.
Yekini deu os seus primeiros passos no Kaduna,da Nigéria, um equivalente a um Pastilhas. Em Setúbal, várias pessoas,moradores da zona do Bonfim principalmente, relatam que os vidros das suas casas foram danificados devido aos primeiros treinos do nigeriano,nos quais este ainda não estava familiarizado com as balizas europeias,nem com as bancadas,o que o obrigava a rematar para fora do estádio. Pouco a pouco, Rashidi realizou a sua adaptação,chegando mesmo a ser o artilheiro da 1ª Divisão em Portugal,num ano mágico para o Vitória. Era um jogador de estofo mundial,provando quando apontou o 1º golo nigeriano num mundial(mundial esse com a presença nigeriana graças aos seus 8 golos na qualificação) á Bulgária de Balakov,sendo considerado o melhor jogador africano um ano antes, em 1993. Quando os setubalenses estavam mais seguros em relação ás janelas das suas casas,Yekini vai para a Grécia,onde se lesiona gravemente num joelho,tal qual um Mantorras.Regressou ainda ás hostes sadinas,em 96.

Henry Makinwa é outro caso de glória em terras lusitanas. Igualmente com um periodo de adaptação curioso,no qual se assemelhava a um Azar Karadas, Maki foi um dos obreiros do Vitória uefeiro da era Cardoso. Dotado de um poderoso jogo físico,Maki compensava a sua pouca técnica com uma impressionante força.Fica para a história o golo que marcou de penalty á Roma,que valeu uma preciosa vitória para o Sado e as suas tardes á frente da baliza na companhia de Meyong.Mais tarde passaria por Barcelos,onde jogaria no Gil Vicente.

26 março, 2005

"Trincos"

Sempre tive uma relação umbilical com médios defensivos ou trincos como são carinhosamente chamados no nosso país.
O homem que joga à frente da defesa e a quem a redondinha atrapalha mais doque ao próprio central de marcação, o maior recuperador de bolas da equipa, o que erra mais passes por jogo e aquele que é mais vezes expulso numa época.
Apesar de serem a par dos laterais os únicos jogadores da equipa que não fazem o gosto ao pé, foram apelidados por Octávio "o Palmelão" Machado (tb ele outrora um trinco) como os melhores avançados da equipa.
A sua importância ao longo dos anos tens crescido no seio das equipas, tendo os misters em rasgo de sapiência impar abrido mão de um elemento do ataque para jogar não com 1 mas com 2 trincos.
Mas...e pq não 3 trincos?
Era usual as equipas para evitarem a "Borra"(o trinco pela sua raça não é atacado por essa síndroma) apresentarem-se no já demolido estádio das Antas coma seguinte desenho táctico. 1guardiola que iria fazer a exibição da sua vida, 4 defesas, 3(trincos), 2 alas e um ponta de lança alto e tosco que tinha a missão prender os centraiscontrários, não deixando de vir ajudar a defesa sempre que a sua equipa sofria um pontapé de canto.
Alguns treinadores viram no trinco potencial até então desconhecido, o trinco dá um bom lateral. Casos como Tahar El Kalej a defesa direito , Paulinho Santos a defesa esquerdo ,Rogério a lateral direito, Andrade a lateral direito, Valtinho como falso lateral esquerdo e até mesmo Andrade da Cruz Oceano a lateral direito. São parefraseando o poeta Artur Jorge de Melo Braga situações perfeitamente normais, perfeitamente naturais.
Para quando o trinco a ponta de lança?
A época de 2002-03, viu nascer o trinco goleador com 5 golos em outros tantos jogos, encarnando nesse grande jogador de futebol que é Fernando "Robtcop"Aguiar.

Saudações desportivas e reflictam sobre o assunto.

23 março, 2005

Júlio Cernadas Pereira (JUCA)


Vamos agora obrigar o amigo(a) leitor(a) a exercitar um pouco a mente e recordar o percurso de Júlio Cernadas Pereira, "Juca" para os amigos , como selecionador nacional.
Com a espinhosa missão de dirigir uma selecção em frangalhos no pós Saltilho, Juca cedo se apressou a abrir as portas do estrelato a grandes pensadores (comos pés) do futebol português.
Nomes como Costeado (Vit. Guimarães), Adão (Vit. Guimarães), Jaime das Mercês(Belenenses), Jorge Plácido (Desp.Chaves), Coelho (Boavista), Parente(Boavista), Nascimento (Vit. Guimarães), Carvalho(Vit. Guimarães), João "Skoda"Santos (Portimonense)

e os guardiolas António Jesus (Vit. Guimarães) e EduardoLúcio (Varzim), começaram a ser presença assídua nas convocatórias.

Na campanha para o Euro-88 a disputar na Alemanha, Portugal encheu de alegria os palcos europeus, sendo de salientar o empate a 2 bolas, conseguido na pérola doAtlântico, diante da sempre incómoda selecção de Malta.
Infelizmente, os comandados de Juca acabariam por falhar a presença na Alemanha(o futebol às vezes prega-nos destas partidas).
"Este homem merece uma 2ª oportunidade! Temos que dar continuidade ao seutrabalho", pensou certamente o Dr. Silva Resende (uma espécia de Gilberto Madaíldos 80s) e Juca lá permaneceu no comando técnico sendo o timoneiro da caravela lusitana rumo ao Itália90.
Uma fase de qualificação algo conturbada onde Silvino (+ tarde Silvino Louro)rubricou exibições elucidativas do porquê da internacionalização precoce deVitor Baía. Grandes frangos (na verdadeira essência da palavra) contra a Bélgica na Luz(1-1) e mais tarde em Praga (2-1) contra a saudosa Checoslováquia, fizeram comque Portugal chegasse ao ultimo jogo com as contas do costume. Era o triste fado lusitano em todo o seu esplendor, ganhar aos checos por 4-0.Com a luz engalanada, cedo se percebeu que seria muito díficil marcar 1, quanto mais 4.
Os assobios multiplicavam-se e Juca tem então um rasgo que demonstra agenialidade só ao alcance dos predestinados.Com 4(xiça 4??!) pontas de lança (ainda dizem que há falta deles) em campo e com 20minutos para se jogar, arrisca a táctica do "chuveirinho" perante um Steichkel(Gr) com 1,97mts e uma linha de defesas checos onde o mais pequeno era o médiodefensivo (nessa altura não se falava em trincos) com cerca de 1,85mts.
No final o teimoso 0-0 manteve-se e checoslováquia foi juntamente com a Belgica ao Mundial, caindo ambas nos oitavos de final diante Alemães e Ingleses respectivamente.
Juca veio a abandonar a selecção sendo-lhe vetado (injustamente diga-se depassagem) o direito de dirigir a selecção rumo ao Euro-92.Portugal viria a falhar uma vez mais a qualificação, bem feito!

Ainda o derby atípico

A seguinte análise foi proferida por António Rola, ex árbitro.

"Rui Jorge estava sentado sobre McCarthy e este tentou libertar-se, atingindo Rui Jorge na zona lombar com o cotovelo. O vermelho não me pareceu adequado. Impunha-se uma chamada de atenção ao jogador".

LINDO!
Reparem no simbolismo, "tentou libertar-se atingindo com Rui Jorge na zona lombar com o cotovelo"!!
Para quando afirmações do tipo: "demonstrou o seu desagrado pela falta sofrida, atingindo o infractor na cara com o cotovelo"?

A seguinte afirmação é da autoria do meu grande amigo Engº Xavier Macedo.

"Eu propunha q tu fizesses os comentários de arbitragem para os diversos orgãos de comunicação social, tal a tua enorme sapiência e isenção sobre o assunto :)
Mas só vens confirmar a tua descoberta de ontem sobre quem é o faccioso do grupo!

Gostei sobretudo da alusão à minha sapiência.
Obrigado amigo

22 março, 2005

Rescaldo de mais um derby atípico

O clássico de Alvalade já lá vai e mais uma vez as nossas previsões estavam correctas.
Todo o saber, verídicidade, conhecimento de causa e afins deste blog ficaram uma vez mais demonstrados.
Liedson resolveu e o nosso Porto perdeu.


Mais um derby atípico com os nortenhos em inferioridade numérica a serem completamente dominados.
Vitor Baía continua a arte de mal defender nos clássicos, contudo as bolas teimam em não entrar (e as que entram não são assinaladas).
Numa semana em que Benni Mcharty e Francesco Toti marcaram pontos na corrida para o avançado mais vezes expulso numa época, há quem diga que o Benfica pode encomendar as faixas.
Será?
Muitas queixas nas ultimas jornadas por parte do presidente do futebol clube do Porto e actual namorado de Carolina Salgado, o que nos leva (apesar de não ser nosso apanágio) a comentar a arbitragem de João "dá cá um abraço Eduardinho" Ferreira.

Lance nº1: Agressão de Benni Mcharty a Rui Jorge.
Decisão precipitada de João Ferreira.
Qual é o macho (que é macho) que não teria uma reacção similar sabendo que um gajo se está a pôr a cavalo nele?


Lance nº2 Expulsão de Seitaridis
Se o leitor fôr do SCP irá dizer que o Georcas cortou com a mão um lance degolo eminente.
Se fôr do nosso Porto irá afirmar que o Liedson se encontrava em dia não e a bola quanto muito iria à trave.
Se fôr do Benfica, defenderia a expulsão de ambos.
Este lance é delicado e depende do ponto de vista.

Melhores em campo:
Scp: João Moutinho (este miudo tem pinta de player)
Fcp: O grande capitão está enorme. Jorge Costa

Saudações desportivas.

Nostalgia. Recuerdos.

De certeza que o amigo leitor já recebeu um daqueles emails carregados de simbolismo onde se fala de como era para quem nasceu antes de 1980. Crianças que nasceram numa época onde não havia playstation, nem x-box (custa a acreditar como o meu amigo Xavier Macedo sobreviveu), nem internet...e que chegaram à idade adulta, sendo neste momento a espinha dorsal do sistemaprodutivo português.
Mas e no mundo do futebol?
Como era a vida dos jovens petizes na época em que António Borges,

Adelino Nunes, Phil Walker, Djão, N'Kama, N'diga, Basaula, Forbs, Chiquinho Carlos,

Bábá, Biri, ou até mesmo Tueba (a gazela africana) eram nomes comuns aos olhosdo cidadão médio?

Os anos 80 foram, sem dúvida a era de ouro marcada por visistas alucinantes deVizela, Ginásio de Alcobaça, Amora, Sporting da Covilhã, Recreio de Agueda, Associação desportiva e Fafe (sob o comando de mister Rachão) e Desportivo de Elvas ao convívio dos grandes.
Lembro-me de jogar futebol com somente uma baliza e guarda redes comum a ambas as equipas, num jogo denominado "o brasileiro".
Jogava-se na terra, no pátio ou na rua com paus espetados, mochilas, pedras ou peças de vestuário a fazerem de poste.
Como não haviam traves, os lances duvidosos sucediam, sendo muito comum ouvir-se: "Não, não foi golo. Ele não chegava à bola." A táctica era jogar sempre com o rapaz mais pequeno à baliza. LINDO!
Rezam as cronicas que Marco Tabuas começou a sua carreira assim.
A paixão pelo futebol era tal, ao ponto de se jogar futebol sem bola, um mix decaça-caça com jogo do mata.
Algo similar pratica-se hoje por muitos misters da super-liga quando decidem retirar as balizas nos treinos.
Quem nao se lembra de jogar à baliza-baliza com o irmão, o vizinho ou até mesmo um primo.
Ninguem fazia virgulas à Ronaldinho, nem fintas à Figo, jogava-se pelo prazer eo craque era quem corria mais.
Era frequente verem-se 30 putos à molhada num campo de batatas (idêntico aovelhinho Adelino Ribeiro Novo) com 20 metros de comprimento por 10 de largura, agladiarem-se pela posse do esférico.
Ninguém jogava com equipamentos oficiais, mas sim de calças de ganga, camisola, camisa, Kispo e sapatos.
O gajo mais forte do grupo, acumulava as funções de ponta de lança com as de árbitro, árbitro auxiliar (na altura "bandeirinha") e ainda tinha tempo para marcar e defender penaltys.
Belos anos, onde Humberto Coelho treinava o Salgueiros, Manuel José o Sportingde Braga, Carlos Cardoso as camadas jovens do Setubal e José Rachão tentava a sorte na Associação Desportiva de Fafe.
Em Trás-os-Montes Raul Águas, projectava um Desportivo de Chaves europeu, ondepontificavam Padrão, Radoslav Zdradkov (Radi), Gilberto, David, Vermelhinho, e tantos outros. Alvalade acolheu-o um ano mais tarde, com um projecto ambicioso que não passou da 10 jornada graças ao estalar do chicote!
No nosso Porto Quinito não sabia se havia de treinar, ou pedir autógrafos aos campeões europeus. 18 anos mais tarde Couceiro viria a sofrer do mesmo mal.